André Ventura elege lista para a direção nacional à terceira tentativa e critica "jogos de bastidores"

01-01-2021
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A lista para a direção nacional do Chega foi aprovada à terceira tentativa, com 247 votos favoráveis e apenas 25 contra, mostrando que o cenário de uma demissão de André Ventura, reeleito presidente com 99,4% dos votos há apenas duas semanas, foi o bastante para que algumas dezenas de congressistas descontentes com as lutas internas do partido, e com alguns nomes propostos por Ventura, optassem pela abstenção.

A grande diferença entre a terceira e a segunda votação, na qual a lista de vice-presidentes e vogais do Chega apresentada pelo fundador, deputado único e líder do partido obtivera 219 votos favoráveis e 121 contrários, ficando a apenas oito votos dos dois terços impostos pelos estatutos para a sua aprovação, residiu no “desaparecimento” da oposição. Na terceira votação, realizada já no final da tarde de domingo, houve apenas mais 28 votos a favor e menos 96 votos contra.

Aclamado pelos apoiantes, depois de o speaker da convenção reconhecer que “foi difícil mas se fosse fácil não era para nós”, André Ventura não poupou críticas à oposição interna que o deixou à beira da demissão. “Podíamos ter saído daqui um partido muito diferente do que somos, mas na hora certa o partido voltou à urna para dizer que não aceita outro caminho”, começou por dizer, dirigindo-se “àqueles que pensavam que seríamos um partido como os outros, em que com jogadas dos bastidores se define o poder interno”.

“Enquanto presidente reeleito com 99,4% dos votos”, Ventura prometeu “mudanças para que o poder no Chega nunca seja retirado aos militantes”, deixando antever alterações estatutárias num futuro próximo, e acrescentou que “os outros partidos que já estavam a abrir o champanhe hoje à tarde podem desenganar-se. Saio ainda com mais vontade de lutar por vocês e de lutar por Portugal”. Dirigindo-se a Rui Rio e António Costa, Catarina Martins ou Jerónimo de Sousa, o presidente do partido disse que “ainda aqui estou e vou continuar enquanto este partido, com esta força, assim continuar”.

Minutos antes da terceira votação, na qual não foi alterado nenhum nome na lista, André Ventura admitira demitir-se caso persistisse o impasse que marcou o segundo dia de uma convenção que deveria ter sido de consagração, com mensagens de vídeo de aliados políticos como a francesa Marine Le Pen e o italiano Matteo Salvini, e de lançamento para os desafios eleitorais nas regionais dos Açores, nas presidenciais e nas autárquicas.

Para trás ficara o choque da primeira votação, com 193 votos contra e apenas 183 votos favoráveis, mostrando que o apoio à estratégia do presidente não seria tão grande quanto a votação massiva nas eleições diretas faria imaginar. Além dos problemas internos no partido, patentes durante os trabalhos da convenção nacional, o que levou alguns oradores a recomendar que a lavagem de roupa ficasse para outros fóruns, a profusão de militantes recentes na equipa escolhida por André Ventura terá criado alguns anticorpos.

A direção nacional juntou aos vice-presidentes Diogo Pacheco de Amorim, Nuno Afonso e José Dias o investigador e professor universitário Gabriel Mithá Ribeiro e o diplomata Tânger Correia, enquanto também entre os vogais se deu a entrada de dois ex-candidatos a deputados pelo Aliança, Tiago Sousa Dias e Rui Paulo Sousa.

A lista para a direção nacional do Chega foi aprovada à terceira tentativa, com 247 votos favoráveis e apenas 25 contra, mostrando que o cenário de uma demissão de André Ventura, reeleito presidente com 99,4% dos votos há apenas duas semanas, foi o bastante para que algumas dezenas de congressistas descontentes com as lutas internas do partido, e com alguns nomes propostos por Ventura, optassem pela abstenção.

A grande diferença entre a terceira e a segunda votação, na qual a lista de vice-presidentes e vogais do Chega apresentada pelo fundador, deputado único e líder do partido obtivera 219 votos favoráveis e 121 contrários, ficando a apenas oito votos dos dois terços impostos pelos estatutos para a sua aprovação, residiu no “desaparecimento” da oposição. Na terceira votação, realizada já no final da tarde de domingo, houve apenas mais 28 votos a favor e menos 96 votos contra.

Aclamado pelos apoiantes, depois de o speaker da convenção reconhecer que “foi difícil mas se fosse fácil não era para nós”, André Ventura não poupou críticas à oposição interna que o deixou à beira da demissão. “Podíamos ter saído daqui um partido muito diferente do que somos, mas na hora certa o partido voltou à urna para dizer que não aceita outro caminho”, começou por dizer, dirigindo-se “àqueles que pensavam que seríamos um partido como os outros, em que com jogadas dos bastidores se define o poder interno”.

“Enquanto presidente reeleito com 99,4% dos votos”, Ventura prometeu “mudanças para que o poder no Chega nunca seja retirado aos militantes”, deixando antever alterações estatutárias num futuro próximo, e acrescentou que “os outros partidos que já estavam a abrir o champanhe hoje à tarde podem desenganar-se. Saio ainda com mais vontade de lutar por vocês e de lutar por Portugal”. Dirigindo-se a Rui Rio e António Costa, Catarina Martins ou Jerónimo de Sousa, o presidente do partido disse que “ainda aqui estou e vou continuar enquanto este partido, com esta força, assim continuar”.

Minutos antes da terceira votação, na qual não foi alterado nenhum nome na lista, André Ventura admitira demitir-se caso persistisse o impasse que marcou o segundo dia de uma convenção que deveria ter sido de consagração, com mensagens de vídeo de aliados políticos como a francesa Marine Le Pen e o italiano Matteo Salvini, e de lançamento para os desafios eleitorais nas regionais dos Açores, nas presidenciais e nas autárquicas.

Para trás ficara o choque da primeira votação, com 193 votos contra e apenas 183 votos favoráveis, mostrando que o apoio à estratégia do presidente não seria tão grande quanto a votação massiva nas eleições diretas faria imaginar. Além dos problemas internos no partido, patentes durante os trabalhos da convenção nacional, o que levou alguns oradores a recomendar que a lavagem de roupa ficasse para outros fóruns, a profusão de militantes recentes na equipa escolhida por André Ventura terá criado alguns anticorpos.

A direção nacional juntou aos vice-presidentes Diogo Pacheco de Amorim, Nuno Afonso e José Dias o investigador e professor universitário Gabriel Mithá Ribeiro e o diplomata Tânger Correia, enquanto também entre os vogais se deu a entrada de dois ex-candidatos a deputados pelo Aliança, Tiago Sousa Dias e Rui Paulo Sousa.

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