UE/Presidência: Líderes PPE e S&D destacam implementação do plano recuperação

01-01-2021
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Em declarações à Lusa, Manfred Weber, presidente da bancada do Partido Popular Europeu — o maior grupo do PE, que integra as delegações do PSD e CDS-PP — garante que “a presidência portuguesa terá no grupo PPE um parceiro construtivo nos seis meses desafiantes que se avizinham”, enquanto Iratxe García, presidente do grupo dos Socialistas e Democratas — que integra a delegação do PS — regozija-se por ser o primeiro-ministro António Costa a “liderar o processo de recuperação nos próximos seis meses”.

O líder do PPE começa por advertir que, “embora as vacinas representem uma luz ao fundo do túnel para os cidadãos europeus, a presidência portuguesa será confrontada com a crise de emprego que surgirá na sequência da pandemia”, razão acrescida para uma implementação sábia da ‘bazuca’ anti-covid-19.

“A utilização ambiciosa e orientada para o futuro dos fundos de recuperação será crucial para o relançamento das nossas economias”, defende, considerando por isso que “será particularmente importante que sejam feitos todos os esforços para assegurar que os fundos da crise sejam investidos na criação de oportunidades para as gerações futuras”.

“Esperamos uma verdadeira ambição do Conselho em matéria de clima e digitalização”, afirma Manfred Weber, sublinhando a necessidade de garantir a unidade entre os 27. “A Europa tem demonstrado repetidamente que a sua unidade é o seu maior trunfo, e que se estivermos divididos seremos fracos”, apontou.

O presidente do grupo do PPE na assembleia europeia destaca também outra das prioridades da presidência portuguesa, a da vertente da política externa, apontando que, encerrado finalmente o dossiê do ‘Brexit’, é este o momento de a Europa se concentrar nas outras relações.

“Agora que pusemos o Brexit para trás das costas, é tempo de concentrar a nossa energia no resto do mundo, e nos Estados Unidos e na China em particular. Precisamos urgentemente de reiniciar a nossa relação transatlântica com a presidência Biden e, finalmente, garantir condições de igualdade económica e política com a China”, defende.

A concluir, Manfred Weber garante então que “a presidência portuguesa terá no grupo PPE um parceiro construtivo nos seis meses desafiantes que se avizinham”.

Por seu turno, Iratxe García afirma que “esta é uma presidência muito importante para o grupo dos Socialistas e Democratas” e admite ter muitas expectativas, não só porque as prioridades políticas da presidência portuguesa e do S&D “coincidem”, mas também “porque o Governo de António Costa já demonstrou que sabe gerir uma profunda crise económica e social com políticas progressistas e não com austeridade”, pelo que “tem a capacidade e a experiência para liderar o processo de recuperação nos próximos seis meses”.

“O primeiro objetivo será a aplicação do Plano de Recuperação, isto é, o “NextGenerationEU” e o mecanismo de recuperação e resiliência. Embora a maior parte do trabalho técnico caiba à Comissão Europeia, os planos nacionais devem ser aprovados por maioria qualificada no Conselho. Essa aprovação será chave, e acredito que o Governo português conseguirá assegurá-la”, aponta a responsável espanhola.

“A outra prioridade da presidência portuguesa é o reforço do Pilar Social, que é de tal forma necessário que nós, socialistas, há muitos anos que o vimos a reclamar. Esta dimensão deve tornar-se concreta nas políticas do Pacto Ecológico e na Agenda Digital. Não pode haver progresso ecológico ou progresso tecnológico se não for acompanhado de progresso social”, afirma.

Nesse sentido, é sem surpresa que aponta como “muito importante para toda a família socialista europeia”, entre os eventos previstos para o primeiro semestre de 2021, a Cimeira Social agendada para o Porto, em maio.

“Para prepará-la, propusemos aos nossos membros — no Partido Socialista Europeu, comissários socialistas e ministros e ministras do Emprego, Assuntos Sociais, Saúde e Consumo, assim como Organizações Não-Governamentais — a criação de um ‘steering group’ [grupo de orientação] para preparar a cimeira do Porto e tornar possível a apresentação conjunta de um Plano de Ação para aplicar o Pilar dos Direitos Sociais”, apontou, enfatizando que este plano “deve ter objetivos vinculativos, com propostas específicas”.

Portugal inicia na próxima sexta-feira a sua quarta presidência semestral do Conselho da UE, até final de junho de 2021.

ACC // AMG

Em declarações à Lusa, Manfred Weber, presidente da bancada do Partido Popular Europeu — o maior grupo do PE, que integra as delegações do PSD e CDS-PP — garante que “a presidência portuguesa terá no grupo PPE um parceiro construtivo nos seis meses desafiantes que se avizinham”, enquanto Iratxe García, presidente do grupo dos Socialistas e Democratas — que integra a delegação do PS — regozija-se por ser o primeiro-ministro António Costa a “liderar o processo de recuperação nos próximos seis meses”.

O líder do PPE começa por advertir que, “embora as vacinas representem uma luz ao fundo do túnel para os cidadãos europeus, a presidência portuguesa será confrontada com a crise de emprego que surgirá na sequência da pandemia”, razão acrescida para uma implementação sábia da ‘bazuca’ anti-covid-19.

“A utilização ambiciosa e orientada para o futuro dos fundos de recuperação será crucial para o relançamento das nossas economias”, defende, considerando por isso que “será particularmente importante que sejam feitos todos os esforços para assegurar que os fundos da crise sejam investidos na criação de oportunidades para as gerações futuras”.

“Esperamos uma verdadeira ambição do Conselho em matéria de clima e digitalização”, afirma Manfred Weber, sublinhando a necessidade de garantir a unidade entre os 27. “A Europa tem demonstrado repetidamente que a sua unidade é o seu maior trunfo, e que se estivermos divididos seremos fracos”, apontou.

O presidente do grupo do PPE na assembleia europeia destaca também outra das prioridades da presidência portuguesa, a da vertente da política externa, apontando que, encerrado finalmente o dossiê do ‘Brexit’, é este o momento de a Europa se concentrar nas outras relações.

“Agora que pusemos o Brexit para trás das costas, é tempo de concentrar a nossa energia no resto do mundo, e nos Estados Unidos e na China em particular. Precisamos urgentemente de reiniciar a nossa relação transatlântica com a presidência Biden e, finalmente, garantir condições de igualdade económica e política com a China”, defende.

A concluir, Manfred Weber garante então que “a presidência portuguesa terá no grupo PPE um parceiro construtivo nos seis meses desafiantes que se avizinham”.

Por seu turno, Iratxe García afirma que “esta é uma presidência muito importante para o grupo dos Socialistas e Democratas” e admite ter muitas expectativas, não só porque as prioridades políticas da presidência portuguesa e do S&D “coincidem”, mas também “porque o Governo de António Costa já demonstrou que sabe gerir uma profunda crise económica e social com políticas progressistas e não com austeridade”, pelo que “tem a capacidade e a experiência para liderar o processo de recuperação nos próximos seis meses”.

“O primeiro objetivo será a aplicação do Plano de Recuperação, isto é, o “NextGenerationEU” e o mecanismo de recuperação e resiliência. Embora a maior parte do trabalho técnico caiba à Comissão Europeia, os planos nacionais devem ser aprovados por maioria qualificada no Conselho. Essa aprovação será chave, e acredito que o Governo português conseguirá assegurá-la”, aponta a responsável espanhola.

“A outra prioridade da presidência portuguesa é o reforço do Pilar Social, que é de tal forma necessário que nós, socialistas, há muitos anos que o vimos a reclamar. Esta dimensão deve tornar-se concreta nas políticas do Pacto Ecológico e na Agenda Digital. Não pode haver progresso ecológico ou progresso tecnológico se não for acompanhado de progresso social”, afirma.

Nesse sentido, é sem surpresa que aponta como “muito importante para toda a família socialista europeia”, entre os eventos previstos para o primeiro semestre de 2021, a Cimeira Social agendada para o Porto, em maio.

“Para prepará-la, propusemos aos nossos membros — no Partido Socialista Europeu, comissários socialistas e ministros e ministras do Emprego, Assuntos Sociais, Saúde e Consumo, assim como Organizações Não-Governamentais — a criação de um ‘steering group’ [grupo de orientação] para preparar a cimeira do Porto e tornar possível a apresentação conjunta de um Plano de Ação para aplicar o Pilar dos Direitos Sociais”, apontou, enfatizando que este plano “deve ter objetivos vinculativos, com propostas específicas”.

Portugal inicia na próxima sexta-feira a sua quarta presidência semestral do Conselho da UE, até final de junho de 2021.

ACC // AMG

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