CDS, Iniciativa Liberal e Chega criticam Rui Rio

17-04-2020
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A direita à direita do PSD não gostou de ver Rui Rio sugerir que atacar o Governo com o único propósito de "criar instabilidade" é um gesto antipatriótico.

À saída da reunião com os especialistas de saúde, no Infarmed, Francisco Rodrigues dos Santos foi particularmente duro no tom. "Quando se veste o fato de estadista não nos podemos esquecer da gravata no armário", disse o líder do CDS, insistindo que a melhor forma de contribuir para a democracia é com o escrutínio e propostas alternativas.

Também João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, apontou o dedo ao líder do PSD. "A IL não acha que criticar o Governo seja antipatriótico. [Fazemos] um apelo a todos para que exerçam o seu sentido crítico. A união não se pode confundir com subserviência ou unanimismo artificial".

Antes, no Facebook, André Ventura aproveitou o episódio para anunciar o alegado fim do PSD como partido líder da oposição. "O Chega assumirá como dever nacional e patriótico, a partir de hoje, a liderança da oposição do Governo socialista, visto que os demais abdicaram da confiança e do mandato que o povo português neles depositou", sugeriu o deputado.

A carta aberta de Rui Rio está a ser interpretada como um apelo para que não se critique o Governo, ainda que o social-democrata nunca utilize a expressão ‘criticar’ - o próprio já criticou abertamente o Executivo socialista na decisão de permitir a libertação de alguns reclusos, por exemplo. David Justino, Salvador Malheiro e André Coelho Lima, três vices do PSD, já o fizeram também.

Rio escreve, aliás, contra a tentação de usar esta crise para fazer aproveitamentos políticos. A frase completa é esta: "Lamentavelmente, na vida política nem sempre essa união contra o inimigo comum acontece, pois, não raras vezes, aparecem os que não resistem à tentação de agravar os ataques aos governos em funções, aproveitando-se partidariamente das fragilidades políticas que a gestão de uma tão complexa realidade sempre acarreta. Em minha opinião, essa não é, neste momento, uma postura eticamente correta. E não é, acima de tudo, uma posição patriótica".

Ainda esta quarta-feira, no programa "Almoços Grátis", da TSF, David Justino, vice-presidente do PSD e número dois de Rio, teceu duras críticas a António Costa e à gestão mediática que o primeiro-ministro está a fazer. Mais tarde, no Twitter, garantiu que, tal como Rui Rio, não entende que o escrutínio democrático esteja suspenso.

A missiva de Rui Rio também foi e está a ser interpretada como um puxão de orelhas aos militantes do PSD, apesar de Rio terminar a carta com vários elogios aos sociais-democratas.

"Dos ecos que me vão chegando, concluo que a maioria dos nossos militantes tem também apoiado e assumido esta postura, o que não só me satisfaz, como muito me orgulha. Ver o nosso partido com sentido de Estado e da responsabilidade, é vê-lo a honrar o seu passado e a pôr Portugal à frente de tudo o mais. (...) Agradeço, sinceramente, enquanto presidente do PSD, mas também enquanto cidadão, o exemplo que, como militantes partidários, temos sido capazes de demonstrar aos nossos concidadãos. Muito obrigado!", escreveu o líder do PSD.

A direita à direita do PSD não gostou de ver Rui Rio sugerir que atacar o Governo com o único propósito de "criar instabilidade" é um gesto antipatriótico.

À saída da reunião com os especialistas de saúde, no Infarmed, Francisco Rodrigues dos Santos foi particularmente duro no tom. "Quando se veste o fato de estadista não nos podemos esquecer da gravata no armário", disse o líder do CDS, insistindo que a melhor forma de contribuir para a democracia é com o escrutínio e propostas alternativas.

Também João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, apontou o dedo ao líder do PSD. "A IL não acha que criticar o Governo seja antipatriótico. [Fazemos] um apelo a todos para que exerçam o seu sentido crítico. A união não se pode confundir com subserviência ou unanimismo artificial".

Antes, no Facebook, André Ventura aproveitou o episódio para anunciar o alegado fim do PSD como partido líder da oposição. "O Chega assumirá como dever nacional e patriótico, a partir de hoje, a liderança da oposição do Governo socialista, visto que os demais abdicaram da confiança e do mandato que o povo português neles depositou", sugeriu o deputado.

A carta aberta de Rui Rio está a ser interpretada como um apelo para que não se critique o Governo, ainda que o social-democrata nunca utilize a expressão ‘criticar’ - o próprio já criticou abertamente o Executivo socialista na decisão de permitir a libertação de alguns reclusos, por exemplo. David Justino, Salvador Malheiro e André Coelho Lima, três vices do PSD, já o fizeram também.

Rio escreve, aliás, contra a tentação de usar esta crise para fazer aproveitamentos políticos. A frase completa é esta: "Lamentavelmente, na vida política nem sempre essa união contra o inimigo comum acontece, pois, não raras vezes, aparecem os que não resistem à tentação de agravar os ataques aos governos em funções, aproveitando-se partidariamente das fragilidades políticas que a gestão de uma tão complexa realidade sempre acarreta. Em minha opinião, essa não é, neste momento, uma postura eticamente correta. E não é, acima de tudo, uma posição patriótica".

Ainda esta quarta-feira, no programa "Almoços Grátis", da TSF, David Justino, vice-presidente do PSD e número dois de Rio, teceu duras críticas a António Costa e à gestão mediática que o primeiro-ministro está a fazer. Mais tarde, no Twitter, garantiu que, tal como Rui Rio, não entende que o escrutínio democrático esteja suspenso.

A missiva de Rui Rio também foi e está a ser interpretada como um puxão de orelhas aos militantes do PSD, apesar de Rio terminar a carta com vários elogios aos sociais-democratas.

"Dos ecos que me vão chegando, concluo que a maioria dos nossos militantes tem também apoiado e assumido esta postura, o que não só me satisfaz, como muito me orgulha. Ver o nosso partido com sentido de Estado e da responsabilidade, é vê-lo a honrar o seu passado e a pôr Portugal à frente de tudo o mais. (...) Agradeço, sinceramente, enquanto presidente do PSD, mas também enquanto cidadão, o exemplo que, como militantes partidários, temos sido capazes de demonstrar aos nossos concidadãos. Muito obrigado!", escreveu o líder do PSD.

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