Nomeações para a TAP geram tensão à esquerda – O Jornal Económico

08-06-2020
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A nomeação de novos corpos sociais para a TAP está a gerar desconforto nos partidos de esquerda que apoiam o Governo. O PCP critica as escolhas do Executivo e o Bloco de Esquerda questiona no Parlamento quais foram os critérios seguidos nas nomeações.

Os novos membros do Conselho de Administração incluem Miguel Frasquilho como presidente e como vogais Diogo Lacerda Machado, Esmeralda Dourado, Bernardo Trindade, Ana Pinho, António Menezes.

Depois de Catarina Martins, líder do Bloco, ter afirmado que o Governo tem de acabar com “velhos hábitos” na nomeação de administradores para empresas públicas, o partido deu sequência parlamentar a estas críticas. Numa pergunta dirigida ao Governo, entregue ontem no Parlamento, o deputado Heitor de Sousa frisa que “nenhuma explicação foi fornecida pelo Governo para justificar estas escolhas”.

O deputado lembra que Lacerda Machado “é uma figura próxima do primeiro-ministro e teve intervenção direta, em nome do Estado, em vários processos negociais delicados, nomeadamente a recuperação por parte do Estado do controlo público sobre a TAP”. Para o Bloco, existe há décadas “uma partilha de influências entre as forças de governo, repartindo entre si o exclusivo da representação nas nomeações para os conselhos de administração das empresas do Estado, recriando uma rede de interesses, que se reproduz dentro das próprias empresas”.

Assim, acrescenta, “não pode ser escamoteada a opacidade, a falta de transparência e ausência de critérios que, em regra, acompanham estas nomeações, desde sempre. Com frequência, nomeados e ex-nomeados, transitam entre diversas empresas públicas e privadas, como se tais transações fossem naturais e eterna”.

E questiona: “Em que critérios fundamenta o Governo as escolhas anunciadas sobre os novos membros do Conselho de Administração da TAP? Como explica o Governo que apenas um entre seis dos membros agora nomeados para o Conselho de Administração – António Menezes – apresente experiência profissional no setor do transporte aéreo?”

No PCP, as nomeações também não caíram bem. O PCP criticou a escolha dos representantes do Estado, considerando que o nome de Diogo Lacerda Machado está ligado a discutíveis opções de gestão. “Os nomes indicados para a TAP, onde se inclui Miguel Frasquilho, quadro do PSD que esteve ligado ao BES e à política de privatizações de anteriores governos, e de Lacerda Machado ligado a discutíveis opções de gestão da TAP, entre outros, merece crítica do PCP”, referem os comunistas numa nota divulgada ontem.

A nomeação de novos corpos sociais para a TAP está a gerar desconforto nos partidos de esquerda que apoiam o Governo. O PCP critica as escolhas do Executivo e o Bloco de Esquerda questiona no Parlamento quais foram os critérios seguidos nas nomeações.

Os novos membros do Conselho de Administração incluem Miguel Frasquilho como presidente e como vogais Diogo Lacerda Machado, Esmeralda Dourado, Bernardo Trindade, Ana Pinho, António Menezes.

Depois de Catarina Martins, líder do Bloco, ter afirmado que o Governo tem de acabar com “velhos hábitos” na nomeação de administradores para empresas públicas, o partido deu sequência parlamentar a estas críticas. Numa pergunta dirigida ao Governo, entregue ontem no Parlamento, o deputado Heitor de Sousa frisa que “nenhuma explicação foi fornecida pelo Governo para justificar estas escolhas”.

O deputado lembra que Lacerda Machado “é uma figura próxima do primeiro-ministro e teve intervenção direta, em nome do Estado, em vários processos negociais delicados, nomeadamente a recuperação por parte do Estado do controlo público sobre a TAP”. Para o Bloco, existe há décadas “uma partilha de influências entre as forças de governo, repartindo entre si o exclusivo da representação nas nomeações para os conselhos de administração das empresas do Estado, recriando uma rede de interesses, que se reproduz dentro das próprias empresas”.

Assim, acrescenta, “não pode ser escamoteada a opacidade, a falta de transparência e ausência de critérios que, em regra, acompanham estas nomeações, desde sempre. Com frequência, nomeados e ex-nomeados, transitam entre diversas empresas públicas e privadas, como se tais transações fossem naturais e eterna”.

E questiona: “Em que critérios fundamenta o Governo as escolhas anunciadas sobre os novos membros do Conselho de Administração da TAP? Como explica o Governo que apenas um entre seis dos membros agora nomeados para o Conselho de Administração – António Menezes – apresente experiência profissional no setor do transporte aéreo?”

No PCP, as nomeações também não caíram bem. O PCP criticou a escolha dos representantes do Estado, considerando que o nome de Diogo Lacerda Machado está ligado a discutíveis opções de gestão. “Os nomes indicados para a TAP, onde se inclui Miguel Frasquilho, quadro do PSD que esteve ligado ao BES e à política de privatizações de anteriores governos, e de Lacerda Machado ligado a discutíveis opções de gestão da TAP, entre outros, merece crítica do PCP”, referem os comunistas numa nota divulgada ontem.

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