Tudo sobre a 4ª remodelação do Governo de António Costa

30-12-2019
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Os sinais são inequívocos: as europeias estão a ser encaradas como uma batalha decisiva por António Costa. Depois de meses de expectativa, e de um processo que geriu com grande reserva, o primeiro-ministro decidiu retirar duas peças nucleares do Governo — Pedro Marques e Maria Manuel Leitão Marques — e colocá-las na linha da frente das próximas eleições, arriscando uma remodelação a poucos meses das legislativas e promovendo a ascensão de outras três figuras igualmente relevantes no universo costista: Pedro Nuno Santos, Mariana Vieira da Silva e Duarte Cordeiro, que deixa a vice-presidência da Câmara de Lisboa e assume o papel de pivot do Governo no Parlamento. São quatro, contando com Nelson de Souza, mais técnico e menos político, mas da absoluta confiança de Costa. Com a casa arrumada no Governo, o líder socialista arrancou este sábado, em Vila Nova de Gaia, a todo vapor para as europeias com a apresentação formal de Pedro Marques como cabeça de lista do PS. Este domingo foi conhecido o novo elenco governamental, já aprovado pelo Presidente da República. PEDRO NUNO SANTOS Ministro das Infraestruturas e da Habitação

FOTO LUSA

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares será promovido a ministro com a tutela das Infraestruturas e Habitação. Operacional da ‘geringonça’, era há muito dado como ministeriável. Mas a promoção só acontece agora. No último congresso, o antigo líder da JS concentrou os holofotes, defendeu uma viragem à esquerda e posicionou-se como candidato à sucessão. A ousadia mereceu reprovação e um esfriamento temporário da relação com Costa. Com esta remodelação, o ‘pedronunismo’ acaba premiado. Pedro Nuno Santos passa de secretário de Estado a ministro com direito a três secretarias. Uma delas é de Ana Pinho, secretária de Estado da Habitação, que deixa a tutela de João Pedro Matos Fernandes. Há depois duas "contratações" fora do Governo. Jorge Moreno Delgado, que ocupa a presidência da Metro do Porto, é o secretário de Estado das Infraestruturas. Sai, assim, de funções Guilherme W. d'Oliveira Martins, que estava no cargo desde o início da legislatura, em 2015. Alberto Souto de Miranda, que estava até aqui como administrador da Caixa Geral de Depósitos e que foi administrador da Anacom (Autoridade Nacional das Comunicações), torna-se secretário de Estado Adjunto e das Comunicações. Antes, foi presidente da Câmara Municipal de Aveiro, primeiro como independente, depois pelo PS. NELSON DE SOUZA Ministro do Planeamento

Rui Duarte Silva

A saída de Pedro Marques para a campanha das eleições europeias (o seu Ministério será dividido em dois) promove a ascensão não apenas de Pedro Nuno Santos, mas também de Nelson de Souza: o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão ficará com tutela dos fundos comunitários. Próximo de Vieira da Silva e Ferro Rodrigues desde os tempos da faculdade, foi secretário de Estado nos governos de António Guterres e diretor municipal de finanças de Costa na Câmara de Lisboa. Com um perfil mais técnico do que político, merece a absoluta confiança do primeiro-ministro. No seu Ministério, haverá uma secretaria de Estado, do Desenvolvimento Regional. Fica nas mãos de Maria do Céu Antunes Albuquerque, que estava, até aqui, e desde 2009, à frente da Câmara Municipal de Abrantes, pelo PS. DUARTE CORDEIRO Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro e dos Assuntos Parlamentares

Rui Duarte Silva

O número dois de Fernando Medina está de saída da Câmara de Lisboa. Duarte Cordeiro sucede a Pedro Nuno Santos na secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares, de quem é muito próximo, e a Mariana Vieira da Silva, que era a secretaria de Estado Adjunta do primeiro-ministro. Costa chama para o epicentro do combate eleitoral um dos jovens quadros com mais experiência política — foi seu diretor de campanha nas últimas legislativas. À experiência parlamentar e autárquica, Cordeiro junta assim a experiência governativa, deixando a sombra de Medina. Fica, nas suas novas funções, na dependência do primeiro-ministro. MARIANA VIEIRA DA SILVA Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa

Rui Duarte Silva

Os sinais são inequívocos: as europeias estão a ser encaradas como uma batalha decisiva por António Costa. Depois de meses de expectativa, e de um processo que geriu com grande reserva, o primeiro-ministro decidiu retirar duas peças nucleares do Governo — Pedro Marques e Maria Manuel Leitão Marques — e colocá-las na linha da frente das próximas eleições, arriscando uma remodelação a poucos meses das legislativas e promovendo a ascensão de outras três figuras igualmente relevantes no universo costista: Pedro Nuno Santos, Mariana Vieira da Silva e Duarte Cordeiro, que deixa a vice-presidência da Câmara de Lisboa e assume o papel de pivot do Governo no Parlamento. São quatro, contando com Nelson de Souza, mais técnico e menos político, mas da absoluta confiança de Costa. Com a casa arrumada no Governo, o líder socialista arrancou este sábado, em Vila Nova de Gaia, a todo vapor para as europeias com a apresentação formal de Pedro Marques como cabeça de lista do PS. Este domingo foi conhecido o novo elenco governamental, já aprovado pelo Presidente da República. PEDRO NUNO SANTOS Ministro das Infraestruturas e da Habitação

FOTO LUSA

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares será promovido a ministro com a tutela das Infraestruturas e Habitação. Operacional da ‘geringonça’, era há muito dado como ministeriável. Mas a promoção só acontece agora. No último congresso, o antigo líder da JS concentrou os holofotes, defendeu uma viragem à esquerda e posicionou-se como candidato à sucessão. A ousadia mereceu reprovação e um esfriamento temporário da relação com Costa. Com esta remodelação, o ‘pedronunismo’ acaba premiado. Pedro Nuno Santos passa de secretário de Estado a ministro com direito a três secretarias. Uma delas é de Ana Pinho, secretária de Estado da Habitação, que deixa a tutela de João Pedro Matos Fernandes. Há depois duas "contratações" fora do Governo. Jorge Moreno Delgado, que ocupa a presidência da Metro do Porto, é o secretário de Estado das Infraestruturas. Sai, assim, de funções Guilherme W. d'Oliveira Martins, que estava no cargo desde o início da legislatura, em 2015. Alberto Souto de Miranda, que estava até aqui como administrador da Caixa Geral de Depósitos e que foi administrador da Anacom (Autoridade Nacional das Comunicações), torna-se secretário de Estado Adjunto e das Comunicações. Antes, foi presidente da Câmara Municipal de Aveiro, primeiro como independente, depois pelo PS. NELSON DE SOUZA Ministro do Planeamento

Rui Duarte Silva

A saída de Pedro Marques para a campanha das eleições europeias (o seu Ministério será dividido em dois) promove a ascensão não apenas de Pedro Nuno Santos, mas também de Nelson de Souza: o secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão ficará com tutela dos fundos comunitários. Próximo de Vieira da Silva e Ferro Rodrigues desde os tempos da faculdade, foi secretário de Estado nos governos de António Guterres e diretor municipal de finanças de Costa na Câmara de Lisboa. Com um perfil mais técnico do que político, merece a absoluta confiança do primeiro-ministro. No seu Ministério, haverá uma secretaria de Estado, do Desenvolvimento Regional. Fica nas mãos de Maria do Céu Antunes Albuquerque, que estava, até aqui, e desde 2009, à frente da Câmara Municipal de Abrantes, pelo PS. DUARTE CORDEIRO Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro e dos Assuntos Parlamentares

Rui Duarte Silva

O número dois de Fernando Medina está de saída da Câmara de Lisboa. Duarte Cordeiro sucede a Pedro Nuno Santos na secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares, de quem é muito próximo, e a Mariana Vieira da Silva, que era a secretaria de Estado Adjunta do primeiro-ministro. Costa chama para o epicentro do combate eleitoral um dos jovens quadros com mais experiência política — foi seu diretor de campanha nas últimas legislativas. À experiência parlamentar e autárquica, Cordeiro junta assim a experiência governativa, deixando a sombra de Medina. Fica, nas suas novas funções, na dependência do primeiro-ministro. MARIANA VIEIRA DA SILVA Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa

Rui Duarte Silva

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