Covid-19. Está tudo pronto: este Hospital de Campanha do Porto pode receber até 320 doentes (“e não há razão para achar que é preciso mais”)

22-04-2020
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Nos próximos dois a três dias são “12 a 16 doentes” a inaugurar o Hospital de Campanha do Porto, localizado no Pavilhão Rosa Mota, no Porto. Com o tempo vão ser mais. Tantos que é previsível “dar resposta a 20% dos doentes que as unidades têm internados”, refere António Araújo, presidente do conselho regional da Ordem dos Médicos e coordenador da gestão hospitalar.

Todos têm de testar positivo para a covid-19 e vir de uma unidade hospitalar mas sem apresentar sintomas graves da doença. “Trata-se de doentes assintomáticos, que não têm condições de isolamento no seu domicílio, doentes assintomáticos com alguma disfunção por outra doença não respiratória, a necessitarem de cuidados médicos básicos e doentes em fase de recuperação, à espera de negativar o teste", descreve também António Araújo, que visitou o local esta segunda-feira.

O pavilhão, reabilitado há quatro meses para receber concertos, tem agora capacidade para acolher 320 doentes do Centro Hospitalar Universitário do Porto e do Centro Hospitalar de São João, os hospitais de linha da frente para o combate à pandemia de covid-19 na cidade do Porto. E “não há razão para achar que é preciso mais”, garante Eduardo Pinheiro, secretário de Estado da Mobilidade e responsável pela coordenação da execução do estado de emergência na região Norte.

Sala de concertos vai funcionar como hospital até fim de julho

Há um posto de comando ao centro e 27 “enfermarias” geometricamente organizadas no pavilhão. Em cada enfermaria há seis camas e um frasco de gel desinfetante. No piso de baixo, outrora usado pelos camarins dos artistas, há uma zona ampla com outras 160 camas preparadas para receber infetados pelo novo coronavírus, mas só quando as camas do rés-do-chão não forem suficientes.

As linhas vermelhas e verdes dispersas pelo chão exprimem “zonas sujas” e “zonas limpas”, respetivamente, "fundamentais para a segurança de todos, principalmente dos profissionais de saúde”, explica António Araújo. E vão ser 150 pessoas das áreas da saúde - todos voluntários, orientados por três coordenadores (um da área médica, outro da área de enfermagem e um terceiro da área auxiliar).

Este hospital de retaguarda, a funcionar até 31 de julho e criado em parte com dinheiro de donativos particulares mas também com investimento da autarquia (até agora foram conseguidos 300 mil euros só em chamadas telefónicas), é um “complemento à estratégia nacional” proposto pela Câmara do Porto, pela sua “perceção e em função dos recursos que existem”, diz o presidente da autarquia, Rui Moreira.

Eduardo Pinheiro admite a necessidade de outros espaços de retaguarda para doentes assintomáticos ou sintomáticos ligeiros. "Já foram identificados vários locais do ponto de vista de instalações físicas", assegura, sem para já identificar quais.

Nos próximos dois a três dias são “12 a 16 doentes” a inaugurar o Hospital de Campanha do Porto, localizado no Pavilhão Rosa Mota, no Porto. Com o tempo vão ser mais. Tantos que é previsível “dar resposta a 20% dos doentes que as unidades têm internados”, refere António Araújo, presidente do conselho regional da Ordem dos Médicos e coordenador da gestão hospitalar.

Todos têm de testar positivo para a covid-19 e vir de uma unidade hospitalar mas sem apresentar sintomas graves da doença. “Trata-se de doentes assintomáticos, que não têm condições de isolamento no seu domicílio, doentes assintomáticos com alguma disfunção por outra doença não respiratória, a necessitarem de cuidados médicos básicos e doentes em fase de recuperação, à espera de negativar o teste", descreve também António Araújo, que visitou o local esta segunda-feira.

O pavilhão, reabilitado há quatro meses para receber concertos, tem agora capacidade para acolher 320 doentes do Centro Hospitalar Universitário do Porto e do Centro Hospitalar de São João, os hospitais de linha da frente para o combate à pandemia de covid-19 na cidade do Porto. E “não há razão para achar que é preciso mais”, garante Eduardo Pinheiro, secretário de Estado da Mobilidade e responsável pela coordenação da execução do estado de emergência na região Norte.

Sala de concertos vai funcionar como hospital até fim de julho

Há um posto de comando ao centro e 27 “enfermarias” geometricamente organizadas no pavilhão. Em cada enfermaria há seis camas e um frasco de gel desinfetante. No piso de baixo, outrora usado pelos camarins dos artistas, há uma zona ampla com outras 160 camas preparadas para receber infetados pelo novo coronavírus, mas só quando as camas do rés-do-chão não forem suficientes.

As linhas vermelhas e verdes dispersas pelo chão exprimem “zonas sujas” e “zonas limpas”, respetivamente, "fundamentais para a segurança de todos, principalmente dos profissionais de saúde”, explica António Araújo. E vão ser 150 pessoas das áreas da saúde - todos voluntários, orientados por três coordenadores (um da área médica, outro da área de enfermagem e um terceiro da área auxiliar).

Este hospital de retaguarda, a funcionar até 31 de julho e criado em parte com dinheiro de donativos particulares mas também com investimento da autarquia (até agora foram conseguidos 300 mil euros só em chamadas telefónicas), é um “complemento à estratégia nacional” proposto pela Câmara do Porto, pela sua “perceção e em função dos recursos que existem”, diz o presidente da autarquia, Rui Moreira.

Eduardo Pinheiro admite a necessidade de outros espaços de retaguarda para doentes assintomáticos ou sintomáticos ligeiros. "Já foram identificados vários locais do ponto de vista de instalações físicas", assegura, sem para já identificar quais.

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