O País aguenta?

16-11-2019
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Os “vistos dourados” mostram um regime a cair de podre. Arrastaram já a queda do ministro da Administração Interna e colocaram a ministra da Justiça em “quarentena”: nunca mais ninguém a viu.

O director do SEF acaba de se demitir depois de conhecidas as medidas de coação impostas pelo juiz de instrução aos suspeitos detidos há cinco dias por alegadas práticas de corrupção, peculato, tráfico de influências.

As medidas de coacção são drásticas, em alguns casos, extremas – prisão preventiva para o principal suspeito e para a secretária-geral do ministério da Justiça, e prisão domiciliária para o director do SEF e para outros, sinal de que as provas indiciárias são fortes e insofismáveis. É certo que os arguidos têm direito à presunção de inocência e não lhes faltarão meios financeiros e outros para uma defesa forte. Os grandes escritórios de advogados entraram já em acção. (Uma boa profissão nos tempos que correm).

O governo nomeou entretanto uma académica para a Administração Interna. A escolha teria virtualidades se se tratasse de um governo “normal”. A escolhida, Anabela Rodrigues, tem um currículo brilhante e é uma mulher, o que faz a diferença num país e num governo dominado por homens (apesar de Paula Teixeira da Cruz não fazer jus a essa diferença).

Mas Anabela Rodrigues não possui experiência política e vai integrar um governo sem liderança, dividido entre dois partidos que se guerreiam nos jornais e nos corredores do poder. Chega ao governo num momento em que os dois partidos que o integram entraram já em campanha eleitoral, quando se perfilam já candidatos a eventuais novas lideranças.

A nova ministra ficará dependente dos secretários de Estado e dos quadros que resistirem à hecatombe judicial que se abateu sobre o ministério. Precisava de fazer, ela sim, um varrimento, mas não terá poder para isso. Outros ministros não políticos, como Nuno Crato e Poiares Maduro, este último também um brilhante académico, “perderam-se” como académicos e não se” encontraram” como políticos. Oxalá Anabela Rodrigues consiga vencer o enguiço.

Os “vistos dourados” mostram um regime a cair de podre. Arrastaram já a queda do ministro da Administração Interna e colocaram a ministra da Justiça em “quarentena”: nunca mais ninguém a viu.

O director do SEF acaba de se demitir depois de conhecidas as medidas de coação impostas pelo juiz de instrução aos suspeitos detidos há cinco dias por alegadas práticas de corrupção, peculato, tráfico de influências.

As medidas de coacção são drásticas, em alguns casos, extremas – prisão preventiva para o principal suspeito e para a secretária-geral do ministério da Justiça, e prisão domiciliária para o director do SEF e para outros, sinal de que as provas indiciárias são fortes e insofismáveis. É certo que os arguidos têm direito à presunção de inocência e não lhes faltarão meios financeiros e outros para uma defesa forte. Os grandes escritórios de advogados entraram já em acção. (Uma boa profissão nos tempos que correm).

O governo nomeou entretanto uma académica para a Administração Interna. A escolha teria virtualidades se se tratasse de um governo “normal”. A escolhida, Anabela Rodrigues, tem um currículo brilhante e é uma mulher, o que faz a diferença num país e num governo dominado por homens (apesar de Paula Teixeira da Cruz não fazer jus a essa diferença).

Mas Anabela Rodrigues não possui experiência política e vai integrar um governo sem liderança, dividido entre dois partidos que se guerreiam nos jornais e nos corredores do poder. Chega ao governo num momento em que os dois partidos que o integram entraram já em campanha eleitoral, quando se perfilam já candidatos a eventuais novas lideranças.

A nova ministra ficará dependente dos secretários de Estado e dos quadros que resistirem à hecatombe judicial que se abateu sobre o ministério. Precisava de fazer, ela sim, um varrimento, mas não terá poder para isso. Outros ministros não políticos, como Nuno Crato e Poiares Maduro, este último também um brilhante académico, “perderam-se” como académicos e não se” encontraram” como políticos. Oxalá Anabela Rodrigues consiga vencer o enguiço.

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