Ambientalistas pedem máscaras reutilizáveis, Governo diz que as descartáveis não são para reciclar

26-05-2020
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AmbienteCapital Verde Ambientalistas pedem máscaras reutilizáveis, Governo diz que as descartáveis não são para reciclar Bárbara Silva 15 Abril, 2020 Em plena pandemia de Covid-19, o uso de máscaras pela população em geral continua a não gerar consenso. No início do mês de abril, a Organização Mundial de Saúde admitiu alargar uso de máscaras à população em geral, frisando que a prioridade deve continuar a ser para profissionais de saúde, sobretudo devido à escassez de equipamentos de proteção descartáveis a nível mundial. Aos países que decidam generalizar o uso de máscara, a OMS deixou um recado: avaliar bem os riscos. Esta semana, a ministra da Saúde, Marta Temido, disse que máscaras não cirúrgicas podem ser usadas pela população em espaços interiores fechados e com elevado número de pessoas, como supermercados e transportes públicos, uma opinião secundada pela Direção Geral da Saúde, como medida de proteção adicional ao distanciamento social, à higiene das mãos e à etiqueta respiratória. Logo depois, o presidente do Infarmed, Rui Ivo atestou que as “máscaras sociais” podem ser de algodão ou poliéster, e que muitas serão reutilizáveis. DGS recomenda uso de máscara. Aprenda aqui a fazer a sua Ler Mais Neste contexto, os ambientalistas da associação Zero já vieram também aconselhar a que a máscara social seja reutilizável, ficando as máscaras cirúrgicas apenas para quem delas necessita, nomeadamente profissionais de saúde e a muitos outros que estão a prestar serviço público, além de outros grupos de risco.“A atual crise de saúde pública aumentou de forma exponencial o uso de máscaras cirúrgicas em utilizações de curta duração, aumentando de forma muito significativa a produção deste tipo de resíduo. Ao mesmo tempo, o grande aumento da procura levou à sua escassez, o que pode colocar em causa a possibilidade de todos aqueles que estão mais expostos a uma possível contaminação estarem bem protegidos”, argumenta a Zero, acrescentando: “É fundamental reduzir a pressão da procura deste tipo de bens”. A organização não-governamental de ambiente (ONGA) defende que que a reutilização das máscaras sociais/comunitárias é, portanto, essencial para reduzir impacte ambiental e social. Máscaras há muitas. Saiba como são e para que serve cada uma Ler Mais Além de garantir a disponibilidade das máscaras cirúrgicas para os grupos prioritários, as ditas “máscaras sociais” — usadas como complemento ao distanciamento social, lavagem frequente das mãos e confinamento em casa — permitirão “reduzir de forma muito significativa a produção de resíduos que, na melhor das hipóteses, acabarão por ir para aterro ou serem queimados, havendo ainda o risco de acabarem abandonados no ambiente ou até mesmo nas nossas praias, se não forem encaminhados corretamente, à semelhança do que já está a acontecer noutros países”.Diz a Zero que existem vários recursos na internet que ensinam a fazer este tipo de máscaras, sendo no entanto “fundamental usá-las e higienizá-las bem, após cada utilização”: lavar muito bem as mãos antes de colocar, antes de retirar e após retirar; retirar pelos elásticos e nunca pela frente; lavar muito bem com água quente e sabão ou então colocar na máquina; lavar a máscara após cada utilização curta.Do lado do Governo, a secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, voltou a apelar para que as máscaras descartáveis sejam deitadas no lixo comum e não colocadas nos ecopontos, para reciclagem. Numa mensagem em vídeo divulgada na rede social Twitter, a governante apelou aos cidadãos para reforçarem “o respeito e o apoio” às pessoas que trabalham na recolha de resíduos e na limpeza urbana, protegendo-os de material que possa estar contaminado.No vídeo divulgado nas redes sociais, Inês dos Santos Costa pede que “máscaras, luvas ou lenços” sejam postos no lixo comum e nunca nos contentores de reciclagem que servem para papel, embalagens de plástico ou metal e vidro.A secretária de Estado sublinha que em domicílios onde haja casos de covid-19, todos os resíduos devem ser deitados fora usando “pelo menos dois sacos do lixo até dois terços da sua capacidade”, atados e postos nos contentores do lixo comum.Apelou a que, se não houver casos, todo o lixo reciclável seja posto nos ecopontos respetivos, respeitando “horários de recolha e capacidade dos contentores”.Inês dos Santos Costa apelou ainda a que se evite colocar “monstros” como móveis, sofás ou colchões na via pública, indicando que “este é um tempo de emergência e não se pode sobrecarregar a limpeza urbana com este serviço adicional”. Relacionados Deputado do PSD demite-se por “falta de confiança” de Rio O deputado do PSD Pedro Rodrigues demitiu-se do cargo de coordenador da bancada na Comissão… Jogos da I Liga vão permitir cinco substituições até ao fim da temporada As equipas da I Liga portuguesa de futebol vão poder fazer cinco substituições e ter… PS confia na “solidariedade” da UE para responder à crise O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, manifestou-se confiante na solidariedade da União Europeia…

AmbienteCapital Verde Ambientalistas pedem máscaras reutilizáveis, Governo diz que as descartáveis não são para reciclar Bárbara Silva 15 Abril, 2020 Em plena pandemia de Covid-19, o uso de máscaras pela população em geral continua a não gerar consenso. No início do mês de abril, a Organização Mundial de Saúde admitiu alargar uso de máscaras à população em geral, frisando que a prioridade deve continuar a ser para profissionais de saúde, sobretudo devido à escassez de equipamentos de proteção descartáveis a nível mundial. Aos países que decidam generalizar o uso de máscara, a OMS deixou um recado: avaliar bem os riscos. Esta semana, a ministra da Saúde, Marta Temido, disse que máscaras não cirúrgicas podem ser usadas pela população em espaços interiores fechados e com elevado número de pessoas, como supermercados e transportes públicos, uma opinião secundada pela Direção Geral da Saúde, como medida de proteção adicional ao distanciamento social, à higiene das mãos e à etiqueta respiratória. Logo depois, o presidente do Infarmed, Rui Ivo atestou que as “máscaras sociais” podem ser de algodão ou poliéster, e que muitas serão reutilizáveis. DGS recomenda uso de máscara. Aprenda aqui a fazer a sua Ler Mais Neste contexto, os ambientalistas da associação Zero já vieram também aconselhar a que a máscara social seja reutilizável, ficando as máscaras cirúrgicas apenas para quem delas necessita, nomeadamente profissionais de saúde e a muitos outros que estão a prestar serviço público, além de outros grupos de risco.“A atual crise de saúde pública aumentou de forma exponencial o uso de máscaras cirúrgicas em utilizações de curta duração, aumentando de forma muito significativa a produção deste tipo de resíduo. Ao mesmo tempo, o grande aumento da procura levou à sua escassez, o que pode colocar em causa a possibilidade de todos aqueles que estão mais expostos a uma possível contaminação estarem bem protegidos”, argumenta a Zero, acrescentando: “É fundamental reduzir a pressão da procura deste tipo de bens”. A organização não-governamental de ambiente (ONGA) defende que que a reutilização das máscaras sociais/comunitárias é, portanto, essencial para reduzir impacte ambiental e social. Máscaras há muitas. Saiba como são e para que serve cada uma Ler Mais Além de garantir a disponibilidade das máscaras cirúrgicas para os grupos prioritários, as ditas “máscaras sociais” — usadas como complemento ao distanciamento social, lavagem frequente das mãos e confinamento em casa — permitirão “reduzir de forma muito significativa a produção de resíduos que, na melhor das hipóteses, acabarão por ir para aterro ou serem queimados, havendo ainda o risco de acabarem abandonados no ambiente ou até mesmo nas nossas praias, se não forem encaminhados corretamente, à semelhança do que já está a acontecer noutros países”.Diz a Zero que existem vários recursos na internet que ensinam a fazer este tipo de máscaras, sendo no entanto “fundamental usá-las e higienizá-las bem, após cada utilização”: lavar muito bem as mãos antes de colocar, antes de retirar e após retirar; retirar pelos elásticos e nunca pela frente; lavar muito bem com água quente e sabão ou então colocar na máquina; lavar a máscara após cada utilização curta.Do lado do Governo, a secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, voltou a apelar para que as máscaras descartáveis sejam deitadas no lixo comum e não colocadas nos ecopontos, para reciclagem. Numa mensagem em vídeo divulgada na rede social Twitter, a governante apelou aos cidadãos para reforçarem “o respeito e o apoio” às pessoas que trabalham na recolha de resíduos e na limpeza urbana, protegendo-os de material que possa estar contaminado.No vídeo divulgado nas redes sociais, Inês dos Santos Costa pede que “máscaras, luvas ou lenços” sejam postos no lixo comum e nunca nos contentores de reciclagem que servem para papel, embalagens de plástico ou metal e vidro.A secretária de Estado sublinha que em domicílios onde haja casos de covid-19, todos os resíduos devem ser deitados fora usando “pelo menos dois sacos do lixo até dois terços da sua capacidade”, atados e postos nos contentores do lixo comum.Apelou a que, se não houver casos, todo o lixo reciclável seja posto nos ecopontos respetivos, respeitando “horários de recolha e capacidade dos contentores”.Inês dos Santos Costa apelou ainda a que se evite colocar “monstros” como móveis, sofás ou colchões na via pública, indicando que “este é um tempo de emergência e não se pode sobrecarregar a limpeza urbana com este serviço adicional”. Relacionados Deputado do PSD demite-se por “falta de confiança” de Rio O deputado do PSD Pedro Rodrigues demitiu-se do cargo de coordenador da bancada na Comissão… Jogos da I Liga vão permitir cinco substituições até ao fim da temporada As equipas da I Liga portuguesa de futebol vão poder fazer cinco substituições e ter… PS confia na “solidariedade” da UE para responder à crise O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, manifestou-se confiante na solidariedade da União Europeia…

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