O secretário de Estado da Energia, João Galamba, irá ainda esta semana enviar à Comissão Europeia uma proposta de criação de mecanismos transfronteiriços de apoio ao hidrogénio, que visa responder ao que o governante classifica como uma falha de mercado na aposta que a Europa está a fazer no hidrogénio.
"Todos os países terão verbas, mas há uma falha de mercado, porque essas verbas são destinadas a apoiar apenas os seus próprios projetos. Não há nenhum mecanismo de apoio adequado a esta realidade de natureza transfronteiriça", declarou João Galamba no encerramento de uma conferência virtual da Apren - Associação de Energias Renováveis e da AP2H2 - Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio.
Com os apoios e subsídios atualmente previstos, notou o secretário de Estado da Energia, não há incentivo a que nenhum país apoie projetos exportadores, uma vez que estaria a subsidiar empreendimentos e apostas que teriam como principais beneficiários outros países.
"Como os apoios existentes são só para o mercado interno, não vamos ter projetos de maior escala em países mais competitivos e teremos um subdimensionamento dos projetos", advertiu João Galamba na conferência da Apren e da AP2H2.
"Nenhum projeto em Portugal ou noutros países será dimensionado para exportar se não houver garantias de aquisição do respetivo hidrogénio", acrescentou o secretário de Estado da Energia.
Por isso, o Governo português "ainda esta semana" irá enviar a Bruxelas uma carta com uma proposta para operacionalizar mecanismos de apoio transfronteiriço, que permitam articular entre vários Estados-membros a concessão de subsídios ou apoios e a apropriação, para efeitos estatísticos e de cumprimento de metas de energia renovável, da produção apoiada.
João Galamba admitiu que a proposta não é a melhor, e que o ideal seria que Bruxelas promovesse um mercado europeu de leilões para atribuir de forma competitiva apoios à produção de hidrogénio com contratos por diferenças (CfD na sigla inglesa), para fazer face ao sobrecusto que o hidrogénio ainda tem face ao gás natural.
"O melhor seria um mecanismo de CfD europeu. Mas esta nossa proposta parece-nos um "second best" e parece-nos eficaz", defendeu o secretário de Estado da Energia.
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O secretário de Estado da Energia, João Galamba, irá ainda esta semana enviar à Comissão Europeia uma proposta de criação de mecanismos transfronteiriços de apoio ao hidrogénio, que visa responder ao que o governante classifica como uma falha de mercado na aposta que a Europa está a fazer no hidrogénio.
"Todos os países terão verbas, mas há uma falha de mercado, porque essas verbas são destinadas a apoiar apenas os seus próprios projetos. Não há nenhum mecanismo de apoio adequado a esta realidade de natureza transfronteiriça", declarou João Galamba no encerramento de uma conferência virtual da Apren - Associação de Energias Renováveis e da AP2H2 - Associação Portuguesa para a Promoção do Hidrogénio.
Com os apoios e subsídios atualmente previstos, notou o secretário de Estado da Energia, não há incentivo a que nenhum país apoie projetos exportadores, uma vez que estaria a subsidiar empreendimentos e apostas que teriam como principais beneficiários outros países.
"Como os apoios existentes são só para o mercado interno, não vamos ter projetos de maior escala em países mais competitivos e teremos um subdimensionamento dos projetos", advertiu João Galamba na conferência da Apren e da AP2H2.
"Nenhum projeto em Portugal ou noutros países será dimensionado para exportar se não houver garantias de aquisição do respetivo hidrogénio", acrescentou o secretário de Estado da Energia.
Por isso, o Governo português "ainda esta semana" irá enviar a Bruxelas uma carta com uma proposta para operacionalizar mecanismos de apoio transfronteiriço, que permitam articular entre vários Estados-membros a concessão de subsídios ou apoios e a apropriação, para efeitos estatísticos e de cumprimento de metas de energia renovável, da produção apoiada.
João Galamba admitiu que a proposta não é a melhor, e que o ideal seria que Bruxelas promovesse um mercado europeu de leilões para atribuir de forma competitiva apoios à produção de hidrogénio com contratos por diferenças (CfD na sigla inglesa), para fazer face ao sobrecusto que o hidrogénio ainda tem face ao gás natural.
"O melhor seria um mecanismo de CfD europeu. Mas esta nossa proposta parece-nos um "second best" e parece-nos eficaz", defendeu o secretário de Estado da Energia.