Hidrogénio dá gás a nova troca de críticas entre João Galamba e Salvador Malheiro

18-08-2020
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Já tinham trocado acusações no Twitter, e esta segunda-feira o secretário de Estado da Energia, João Galamba, e o vice-presidente do PSD, Salvador Malheiro, voltaram a envolver-se numa discussão acesa na mesma rede social, por causa de uma publicação de Salvador Malheiro sobre o plano nacional para o hidrogénio.

"Todos somos a favor do H2 [hidrogénio]. Mas estipular metas sem começar pelas redes de distribuição, pela tecnologia, pela descentralização e não acautelando que tal plano não terá custos para os contribuintes a favor de lobbies... merece a nossa reprovação", escreveu Salvador Malheiro na sua conta no Twitter.

Minutos depois, João Galamba respondeu-lhe. "Só posso concluir que não leu a estratégia nem percebeu que o Decreto-Lei do sistema de gás já foi promulgado. Seja na estratégia, seja no diploma do sistema nacional de gás, as questões que levanta estão clara e cabalmente respondidas. Parece que passou a haver um desporto nacional chamado opinar sem ler", reagiu o secretário de Estado na sua conta pessoal no Twitter.

Malheiro disse depois que Galamba "conclui muito mal". "E em termos de entendimento da matéria o que nos separa é uma dimensão aproximadamente igual ao inverso da constante de Stefan-Boltzmann [uma lei da física de final do século XIX da responsabilidade do esloveno Jozef Stefan e do austríaco Ludwig Boltzmann]. E não parta outra vez para o insulto (como já fez com outros). Fica-lhe mesmo mal enquanto governante da nação", respondeu Salvador Malheiro.

João Galamba reiterou que as dúvidas de Malheiro estão respondidas na estratégia do hidrogénio e nos decretos-lei que lhe estão associados. E disse que "é mesmo um dos pilares da estratégia não haver qualquer custo para os consumidores de energia".

Mas Salvador Malheiro não ficou convencido, afirmando que as redes não estão preparadas e que a tecnologia prevista não é mais eficiente. "Garante-se que os consumidores/contribuintes nada pagarão no futuro? Não. Está-se a fazer um frete a alguém? Demonstre que não", exortou o vice-presidente do PSD.

Na sua réplica, João Galamba notou que "Portugal tem das redes de gás (sobretudo distribuição) mais bem preparadas de toda a Europa", com um nível de preparação substancialmente mais alto do que as da Holanda. "Sobre a garantia de que os consumidores não pagam o regime de apoio a produção e que não terão qualquer custo acrescido, isso é um dos pilares da estratégia e está dito como será feito", acrescentou o secretário de Estado da Energia.

"Sobre fazer um frete a alguém, e apesar da insinuação gratuita, a ENH2 [estratégia nacional para o hidrogénio] está totalmente alinhada com a estratégia, objetivos e mecanismos de financiamento europeus. Se tem alguma dúvida, é perguntar. Se só tem insinuações e quer inverter o ónus da prova, lamento mas não tenho muito para lhe dizer", comentou ainda João Galamba.

Já tinham trocado acusações no Twitter, e esta segunda-feira o secretário de Estado da Energia, João Galamba, e o vice-presidente do PSD, Salvador Malheiro, voltaram a envolver-se numa discussão acesa na mesma rede social, por causa de uma publicação de Salvador Malheiro sobre o plano nacional para o hidrogénio.

"Todos somos a favor do H2 [hidrogénio]. Mas estipular metas sem começar pelas redes de distribuição, pela tecnologia, pela descentralização e não acautelando que tal plano não terá custos para os contribuintes a favor de lobbies... merece a nossa reprovação", escreveu Salvador Malheiro na sua conta no Twitter.

Minutos depois, João Galamba respondeu-lhe. "Só posso concluir que não leu a estratégia nem percebeu que o Decreto-Lei do sistema de gás já foi promulgado. Seja na estratégia, seja no diploma do sistema nacional de gás, as questões que levanta estão clara e cabalmente respondidas. Parece que passou a haver um desporto nacional chamado opinar sem ler", reagiu o secretário de Estado na sua conta pessoal no Twitter.

Malheiro disse depois que Galamba "conclui muito mal". "E em termos de entendimento da matéria o que nos separa é uma dimensão aproximadamente igual ao inverso da constante de Stefan-Boltzmann [uma lei da física de final do século XIX da responsabilidade do esloveno Jozef Stefan e do austríaco Ludwig Boltzmann]. E não parta outra vez para o insulto (como já fez com outros). Fica-lhe mesmo mal enquanto governante da nação", respondeu Salvador Malheiro.

João Galamba reiterou que as dúvidas de Malheiro estão respondidas na estratégia do hidrogénio e nos decretos-lei que lhe estão associados. E disse que "é mesmo um dos pilares da estratégia não haver qualquer custo para os consumidores de energia".

Mas Salvador Malheiro não ficou convencido, afirmando que as redes não estão preparadas e que a tecnologia prevista não é mais eficiente. "Garante-se que os consumidores/contribuintes nada pagarão no futuro? Não. Está-se a fazer um frete a alguém? Demonstre que não", exortou o vice-presidente do PSD.

Na sua réplica, João Galamba notou que "Portugal tem das redes de gás (sobretudo distribuição) mais bem preparadas de toda a Europa", com um nível de preparação substancialmente mais alto do que as da Holanda. "Sobre a garantia de que os consumidores não pagam o regime de apoio a produção e que não terão qualquer custo acrescido, isso é um dos pilares da estratégia e está dito como será feito", acrescentou o secretário de Estado da Energia.

"Sobre fazer um frete a alguém, e apesar da insinuação gratuita, a ENH2 [estratégia nacional para o hidrogénio] está totalmente alinhada com a estratégia, objetivos e mecanismos de financiamento europeus. Se tem alguma dúvida, é perguntar. Se só tem insinuações e quer inverter o ónus da prova, lamento mas não tenho muito para lhe dizer", comentou ainda João Galamba.

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