João Galamba diz que Sócrates “envergonha qualquer socialista”

24-12-2019
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Depois de Carlos César, presidente do PS, o ter feito de manhã aos microfones da TSF, à noite foi a vez de o porta-voz do PS, João Galamba admitir que se sente "envergonhado" com o caso de José Sócrates. Na rubrica Esquerda-Direita, na SIC-Notícias, o deputado foi o segundo dirigente do partido a quebrar o silêncio da direção socialista sobre as acusações ao ex-primeiro-ministro.

À pergunta sobre se também se sentia "envergonhado" tal como César, Galamba respondeu: "Acho que é o sentimento de qualquer socialista, quando vê ex-dirigentes, no caso um ex-primeiro-ministro e secretário-geral do PS acusado de corrupção e branqueamento de capitais. Obviamente, envergonha qualquer socialista, sobretudo se as matérias de que é acusado vierem a confirmar-se."

Só depois de falar de Sócrates é que o porta-voz do PS mencionou Manuel Pinho, que alegadamente detinha uma offshore onde o GES depositava uma verba mensal: "Estamos sobretudo perplexos com a revelação pública, de um ministro de um Governo do PS, que recebia mensalmente verbas quando disse que tinha cessado toda e qualquer relação com o BES. Gerou perplexidade em toda a gente".

Estas declarações de dirigentes do PS, feitas quando o primeiro-ministro está numa viagem ao Canadá, são uma alteração total à atitude que vigorava há uma semana no partido. Num artigo publicado pelo Expresso este sábado, todos os quadros mais altos do partido se recusaram a prestar declarações sobre o assunto. O eurodeputado Carlos Zorrinho chegou mesmo a dizer: "O pior para o PS era desenterrar esqueletos e virar-se para o passado". No mesmo artigo, publicado há apenas cinco dias, afirmava:"Deixemos os tribunais julgar livremente o passado e tiremos as consequências políticas na organização, nas prioridades e na forma de fazer política no futuro (o congresso deve focar-se nisso)".

Só Ana Gomes e João Cravinho admitiram ao Expresso que o PS devia fazer uma "discussão profunda" - palavras de Cravinho - sobre o caso Sócrates. A eurodeputada foi mais longe, ao dizer que "o PS deve demarcar-se de quem esteve no Governo para se servir" e ao referir-se ao ex-primeiro ministro nos seguintes termos: "O PS não se deve deixar controlar por um mitómano com vida financeira desregrada e que se prestou e ao seu Governo a ser inflitrado e manipulado por interesses de um grupo financeiro".

O ex-candidato presidencial Manuel Alegre também apelou ao PS, em declarações ao Expresso de sábado, para debater "a corrupção e a captura do Estado e da política por interesses privados e dos negócios".

Depois de Carlos César, presidente do PS, o ter feito de manhã aos microfones da TSF, à noite foi a vez de o porta-voz do PS, João Galamba admitir que se sente "envergonhado" com o caso de José Sócrates. Na rubrica Esquerda-Direita, na SIC-Notícias, o deputado foi o segundo dirigente do partido a quebrar o silêncio da direção socialista sobre as acusações ao ex-primeiro-ministro.

À pergunta sobre se também se sentia "envergonhado" tal como César, Galamba respondeu: "Acho que é o sentimento de qualquer socialista, quando vê ex-dirigentes, no caso um ex-primeiro-ministro e secretário-geral do PS acusado de corrupção e branqueamento de capitais. Obviamente, envergonha qualquer socialista, sobretudo se as matérias de que é acusado vierem a confirmar-se."

Só depois de falar de Sócrates é que o porta-voz do PS mencionou Manuel Pinho, que alegadamente detinha uma offshore onde o GES depositava uma verba mensal: "Estamos sobretudo perplexos com a revelação pública, de um ministro de um Governo do PS, que recebia mensalmente verbas quando disse que tinha cessado toda e qualquer relação com o BES. Gerou perplexidade em toda a gente".

Estas declarações de dirigentes do PS, feitas quando o primeiro-ministro está numa viagem ao Canadá, são uma alteração total à atitude que vigorava há uma semana no partido. Num artigo publicado pelo Expresso este sábado, todos os quadros mais altos do partido se recusaram a prestar declarações sobre o assunto. O eurodeputado Carlos Zorrinho chegou mesmo a dizer: "O pior para o PS era desenterrar esqueletos e virar-se para o passado". No mesmo artigo, publicado há apenas cinco dias, afirmava:"Deixemos os tribunais julgar livremente o passado e tiremos as consequências políticas na organização, nas prioridades e na forma de fazer política no futuro (o congresso deve focar-se nisso)".

Só Ana Gomes e João Cravinho admitiram ao Expresso que o PS devia fazer uma "discussão profunda" - palavras de Cravinho - sobre o caso Sócrates. A eurodeputada foi mais longe, ao dizer que "o PS deve demarcar-se de quem esteve no Governo para se servir" e ao referir-se ao ex-primeiro ministro nos seguintes termos: "O PS não se deve deixar controlar por um mitómano com vida financeira desregrada e que se prestou e ao seu Governo a ser inflitrado e manipulado por interesses de um grupo financeiro".

O ex-candidato presidencial Manuel Alegre também apelou ao PS, em declarações ao Expresso de sábado, para debater "a corrupção e a captura do Estado e da política por interesses privados e dos negócios".

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