Vacinação Covid-19. “Seria quase criminoso” não dar prioridade aos mais idosos, diz bastonário

27-11-2020
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Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números “Seria quase criminoso” excluir idosos com mais de 75 anos, e sem doenças graves associadas, da lista prioritária do plano de vacinação contra a Covid-19, diz à Renascença o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defende que não dar prioridade aos idosos seria uma “ideia tonta”. Miguel Guimarães concorda e vai mais longe. “Partilho e acho que o Presidente da República foi simpático, porque excluir da vacinação da Covid-19 as pessoas mais frágeis, aquelas que têm uma taxa de mortalidade claramente superior, eu diria que isso, se fosse feito dessa forma, seria quase criminoso”, afirma o bastonário da Ordem dos Médicos. O primeiro-ministro, António Costa, considera que não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade e defendeu que há critérios técnicos que não podem ser aceites pelos políticos. Miguel Guimarães discorda desta última parte. “Primeiro, ainda ninguém definiu critérios técnicos ou científicos” e o grupo de trabalho “ainda está a ouvir pessoas”. “As questões técnicas de base científica não devem ser adulteradas pelas questões políticas. Devem ser respeitadas”, sublinha o bastonário.

Em declarações à Renascença, o responsável pelo grupo de trabalho, Francisco Ramos, disse que na primeira fase do plano de vacinação não haverá vacinas para todos os idosos, no entanto, a proposta apresentada pela DGS "não tem qualquer limite de idade para as pessoas internadas em lares". Para o bastonário da Ordem dos Médicos, "as prioridades não se definem pelas quantidades". “A prioridade define-se como prioridade, não se define por números. Portugal para conseguir imunidade através da vacina para Covid-19 vai ter que vacinar muitos milhões de pessoas. Senão, é uma farsa”, alerta Miguel Guimarães. Segundo uma proposta de especialistas da Direção-Geral da Saúde, reproduzida hoje nos jornais, as pessoas entre os 50 e os 75 anos com doenças graves, os funcionários e utentes de lares de idosos e os profissionais de saúde envolvidos na prestação direta de cuidados deverão ser os primeiros a ser vacinados contra a covid-19.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defende que não dar prioridade aos idosos seria uma “ideia tonta”. Miguel Guimarães concorda e vai mais longe. “Partilho e acho que o Presidente da República foi simpático, porque excluir da vacinação da Covid-19 as pessoas mais frágeis, aquelas que têm uma taxa de mortalidade claramente superior, eu diria que isso, se fosse feito dessa forma, seria quase criminoso”, afirma o bastonário da Ordem dos Médicos. O primeiro-ministro, António Costa, considera que não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade e defendeu que há critérios técnicos que não podem ser aceites pelos políticos. Miguel Guimarães discorda desta última parte. “Primeiro, ainda ninguém definiu critérios técnicos ou científicos” e o grupo de trabalho “ainda está a ouvir pessoas”. “As questões técnicas de base científica não devem ser adulteradas pelas questões políticas. Devem ser respeitadas”, sublinha o bastonário.

Em declarações à Renascença, o responsável pelo grupo de trabalho, Francisco Ramos, disse que na primeira fase do plano de vacinação não haverá vacinas para todos os idosos, no entanto, a proposta apresentada pela DGS "não tem qualquer limite de idade para as pessoas internadas em lares". Para o bastonário da Ordem dos Médicos, "as prioridades não se definem pelas quantidades". “A prioridade define-se como prioridade, não se define por números. Portugal para conseguir imunidade através da vacina para Covid-19 vai ter que vacinar muitos milhões de pessoas. Senão, é uma farsa”, alerta Miguel Guimarães. Segundo uma proposta de especialistas da Direção-Geral da Saúde, reproduzida hoje nos jornais, as pessoas entre os 50 e os 75 anos com doenças graves, os funcionários e utentes de lares de idosos e os profissionais de saúde envolvidos na prestação direta de cuidados deverão ser os primeiros a ser vacinados contra a covid-19.

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