portugal dos pequeninos

07-05-2020
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Ao ressequido Saramago vai ser atribuída a Casa dos Bicos, durante pelo menos uma década, para asilar a sua "fundação". Não tenho nada contra a "fundação" do sr. Saramago. Todavia, é interessante verificar como estas figuras "nacionais" não dispensam a muleta estatal, directa ou pela via camarária, para montagem da respectiva tenda. Berardo "apropriou-se" literalmente do CCB, um equipamento do ministério da cultura pago pelos contribuintes, e Saramago fica com um edifício da CML para se perpetuar. Há muitas formas de "subsídio-dependência" e de o Estado se acocorar perante estas "honras nacionais". Esta, apesar de mais sofisticada e do sotaque espanhol, é apenas uma delas.Adenda: O acto foi consumado e, uma vez mais, o Estado - nas pessoas do ministro da cultura, o advogado Pinto Ribeiro, e do presidente da CML, António Costa - bajulou o antigo director do DN do velho PREC, nos termos repugnantes desta notícia. Pinto Ribeiro, essa quintessência praticamente nula que Sócrates colocou a estagiar na Ajuda, até falou em "reconciliação" de Portugal com o sr. Saramago como se alguém lhe devesse alguma coisa. Costa orou sobre a "mesquinhez da direita portuguesa" e desfez-se em salamaleques, certamente em nome da "esquerda moderna", perante o escritor estalinista. Nenhum dos três se enxerga. Metem-me nojo.


Ao ressequido Saramago vai ser atribuída a Casa dos Bicos, durante pelo menos uma década, para asilar a sua "fundação". Não tenho nada contra a "fundação" do sr. Saramago. Todavia, é interessante verificar como estas figuras "nacionais" não dispensam a muleta estatal, directa ou pela via camarária, para montagem da respectiva tenda. Berardo "apropriou-se" literalmente do CCB, um equipamento do ministério da cultura pago pelos contribuintes, e Saramago fica com um edifício da CML para se perpetuar. Há muitas formas de "subsídio-dependência" e de o Estado se acocorar perante estas "honras nacionais". Esta, apesar de mais sofisticada e do sotaque espanhol, é apenas uma delas.Adenda: O acto foi consumado e, uma vez mais, o Estado - nas pessoas do ministro da cultura, o advogado Pinto Ribeiro, e do presidente da CML, António Costa - bajulou o antigo director do DN do velho PREC, nos termos repugnantes desta notícia. Pinto Ribeiro, essa quintessência praticamente nula que Sócrates colocou a estagiar na Ajuda, até falou em "reconciliação" de Portugal com o sr. Saramago como se alguém lhe devesse alguma coisa. Costa orou sobre a "mesquinhez da direita portuguesa" e desfez-se em salamaleques, certamente em nome da "esquerda moderna", perante o escritor estalinista. Nenhum dos três se enxerga. Metem-me nojo.

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