portugal dos pequeninos

07-05-2020
marcar artigo


A "lei da reprodução assistida" exclui do âmbito da sua aplicação as mulheres sós. Um homem (ou uma mulher) só também é penalizado nos impostos que paga pela circunstância de não acasalar. O Estado - mesmo este, "socialista" - e algumas beneméritas "associações" da dita sociedade civil pregam diariamente a virtude da constituição de uma "família" ou, no mínimo, da junção de um homem com uma mulher debaixo do mesmo tecto. Seguidamente o mesmo Estado e as mesmas "associações" promovem que se faça filhos em barda e o primeiro tira daí as devidas consequências. A solidão, como opção de vida, não é politicamente correcta e é severamente punida pelos costumes e pela organização financeira do Estado. Não sou de esquerda. Todavia não alcanço por que diabo uma mulher sozinha não pode recorrer à tal lei da reprodução assistida para ter um filho. Não é uma questão política. É uma escolha privada que merece tanto respeito como estar casado com a mesma pessoa cinquenta anos - com muitos cornos pelo meio - e ter, no mínimo, doze filhos, incluindo já os bastardos. Esta mania de regulamentar a vida dos outros, desde as "partes baixas" até aos cabelos, irrita-me. O voto pára à porta de casa. Não quero o Estado, sob a forma de deputados ou de governo, lá dentro.


A "lei da reprodução assistida" exclui do âmbito da sua aplicação as mulheres sós. Um homem (ou uma mulher) só também é penalizado nos impostos que paga pela circunstância de não acasalar. O Estado - mesmo este, "socialista" - e algumas beneméritas "associações" da dita sociedade civil pregam diariamente a virtude da constituição de uma "família" ou, no mínimo, da junção de um homem com uma mulher debaixo do mesmo tecto. Seguidamente o mesmo Estado e as mesmas "associações" promovem que se faça filhos em barda e o primeiro tira daí as devidas consequências. A solidão, como opção de vida, não é politicamente correcta e é severamente punida pelos costumes e pela organização financeira do Estado. Não sou de esquerda. Todavia não alcanço por que diabo uma mulher sozinha não pode recorrer à tal lei da reprodução assistida para ter um filho. Não é uma questão política. É uma escolha privada que merece tanto respeito como estar casado com a mesma pessoa cinquenta anos - com muitos cornos pelo meio - e ter, no mínimo, doze filhos, incluindo já os bastardos. Esta mania de regulamentar a vida dos outros, desde as "partes baixas" até aos cabelos, irrita-me. O voto pára à porta de casa. Não quero o Estado, sob a forma de deputados ou de governo, lá dentro.

marcar artigo