Ajustes directos, máfias partidárias e corrupção

11-05-2020
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Concordo com a proposta do CDS para a criação de uma comissão eventual de inquérito à compra de material médico para combate à pandemia, na sequência de uma série de dúvidas levantadas sobre os ajustes directos efectuados nesse contexto.

Bem sei que a urgência da situação implica decisões rápidas, e que a abertura de um concurso público seria incompatível com a celeridade necessária, mas é importante que se dissipem todas as dúvidas, nomeadamente aquelas que gravitam em torno dos contratos que envolvem João Cotta, antigo sócio do Secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo, e o Grupo Mello.

O ideal seria aproveitar a oportunidade para criar uma entidade capaz de escrutinar e vigiar todos os contratos públicos que se efectuam neste país, no governo, nas autarquias e nas empresas públicas, em particular quando se tratam de ajustes directos, um dos principais subterfúgios da corrupção que alimenta clientelas partidárias, sejam elas os boys e girls que abanam as bandeiras, sejam os empresários corruptos que prestam serviços e financiam as campanhas dos seus amigos políticos a custo zero, para, posteriormente, serem compensados à custa os contribuintes.

Parte significativa dos contratos celebrados por ajuste directo, bem como os políticos criminosos que os usam para alimentar clientelas partidárias, são um dos maiores cancros sociais e económicos deste país. São um assalto permanente aos cofres públicos, que contribui para enterrar ainda mais as contas deste país, são uma afronta à igualdade de oportunidades e a prova viva de que as máfias partidárias estão, infelizmente, muito bem de saúde. O lugar destes criminosos não é em governos ou câmaras municipais. É na prisão. Sem cauções ou penas suspensas.

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Concordo com a proposta do CDS para a criação de uma comissão eventual de inquérito à compra de material médico para combate à pandemia, na sequência de uma série de dúvidas levantadas sobre os ajustes directos efectuados nesse contexto.

Bem sei que a urgência da situação implica decisões rápidas, e que a abertura de um concurso público seria incompatível com a celeridade necessária, mas é importante que se dissipem todas as dúvidas, nomeadamente aquelas que gravitam em torno dos contratos que envolvem João Cotta, antigo sócio do Secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo, e o Grupo Mello.

O ideal seria aproveitar a oportunidade para criar uma entidade capaz de escrutinar e vigiar todos os contratos públicos que se efectuam neste país, no governo, nas autarquias e nas empresas públicas, em particular quando se tratam de ajustes directos, um dos principais subterfúgios da corrupção que alimenta clientelas partidárias, sejam elas os boys e girls que abanam as bandeiras, sejam os empresários corruptos que prestam serviços e financiam as campanhas dos seus amigos políticos a custo zero, para, posteriormente, serem compensados à custa os contribuintes.

Parte significativa dos contratos celebrados por ajuste directo, bem como os políticos criminosos que os usam para alimentar clientelas partidárias, são um dos maiores cancros sociais e económicos deste país. São um assalto permanente aos cofres públicos, que contribui para enterrar ainda mais as contas deste país, são uma afronta à igualdade de oportunidades e a prova viva de que as máfias partidárias estão, infelizmente, muito bem de saúde. O lugar destes criminosos não é em governos ou câmaras municipais. É na prisão. Sem cauções ou penas suspensas.

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