João Leão sobre o desemprego: "o pior ainda está para vir". Negociações com parceiros da esquerda correm "bastante bem"

16-09-2020
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João Leão mostrou-se confiante na aprovação do Orçamento do Estado (OE) para 2021 na primeira entrevista como ministro das Finanças, esta quarta-feira, na RTP. O ministro das Finanças revelou que estão a correr "bastante bem" as negociações em curso com outros partidos quanto a um "Orçamento de esquerda" que "não acrescenta crise à crise".

Habituado às negociações com a esquerda enquanto secretário de Estado do Orçamento de Mário Centeno, João Leão diz que todos os partidos têm as suas prioridades e mostra-se convencido de que o Orçamento do Estado para 2021 será aprovado com o “mesmo tipo de apoios parlamentares” dos orçamentos anteriores.

Sobre o aumento dos rendimentos exigido pelos partidos à sua esquerda, o ministro das Finanças prometeu um diálogo em concertação social sobre como prosseguir o aumento do salário mínimo nacional com significado. "Mas o mundo mudou em março" diz sobre se esse aumento chegará aos €35.

Quanto aos números do próximo Orçamento, o sucessor de Mário Centeno acrescentou não estar "obcecado com excedentes" já que agora a "grande prioridade" é a de recuperar a economia, o emprego e os rendimentos de forma "responsável" para que o país continue a beneficiar de taxas de juro baixas.

Para este ano, mantém a previsão de um défice em torno de 7% do PIB.

Será inscrita alguma verba para o Novo Banco no Orçamento para 2021? É "extemporâneo"

João Leão considerou "extemporâneo" ou "prematuro" falar de eventuais novas transferências para o Novo Banco no próximo Orçamento para 2021. E esquivou-se a responder diretamente às perguntas sobre se o governo dará luz verde a novas transferências para o Novo Banco ou se vai inscrever qualquer verba para a instituição.

"Ainda falta um mês para a entrega do Orçamento do Estado", disse o ministro das Finanças. "Ainda não foi sequer discutida em Conselho de Ministros" a "parte final do Orçamento com esse tipo de opções".

João Leão acrescentou que só teve acesso à auditoria ao Novo Banco, "com mais de 300 páginas", há uma semana, e que está agora a ler os resultados dessa auditoria e a discutir a leitura que faz desse documento. Neste momento, disse, "estamos concentrados nos dados da auditoria".

O ministro das Finanças acrescentou: "ainda só vamos a meio do ano". E adiantou que o Novo Banco se deve concentrar "na melhor gestão e valorização dos seus ativos" e "com o maior rigor" possível. "Essa é que deve ser a grande prioridade", afirmou.

João Leão acrescentou que terá ainda de falar com o supervisor e consultar outras autoridades para fazer a avaliação da situação. "Ainda é prematuro partir já para valores".

Desemprego: “o pior ainda está para vir”

Na entrevista à RTP, o ministro das Finanças referiu que a economia portuguesa já bateu “no fundo” e que o terceiro trimestre até trouxe sinais de recuperação “acima do que estávamos à espera”.

João Leão deu os exemplos da recuperação do nível dos pagamentos na rede Multibanco, da atividade da construção, das receitas do IRS ou nas exportações, mas não quis “exagerar os sinais positivos” pois o “cenário é de grande incerteza” e tudo vai depender “da evolução da pandemia”.

Ao nível do emprego e do desemprego, o ministro das Finanças admite que “o pior ainda está para vir” e antecipa que o a taxa de desemprego permaneça entre os 9% e os 10% em 2020 e em 2021.

João Leão mostrou-se confiante na aprovação do Orçamento do Estado (OE) para 2021 na primeira entrevista como ministro das Finanças, esta quarta-feira, na RTP. O ministro das Finanças revelou que estão a correr "bastante bem" as negociações em curso com outros partidos quanto a um "Orçamento de esquerda" que "não acrescenta crise à crise".

Habituado às negociações com a esquerda enquanto secretário de Estado do Orçamento de Mário Centeno, João Leão diz que todos os partidos têm as suas prioridades e mostra-se convencido de que o Orçamento do Estado para 2021 será aprovado com o “mesmo tipo de apoios parlamentares” dos orçamentos anteriores.

Sobre o aumento dos rendimentos exigido pelos partidos à sua esquerda, o ministro das Finanças prometeu um diálogo em concertação social sobre como prosseguir o aumento do salário mínimo nacional com significado. "Mas o mundo mudou em março" diz sobre se esse aumento chegará aos €35.

Quanto aos números do próximo Orçamento, o sucessor de Mário Centeno acrescentou não estar "obcecado com excedentes" já que agora a "grande prioridade" é a de recuperar a economia, o emprego e os rendimentos de forma "responsável" para que o país continue a beneficiar de taxas de juro baixas.

Para este ano, mantém a previsão de um défice em torno de 7% do PIB.

Será inscrita alguma verba para o Novo Banco no Orçamento para 2021? É "extemporâneo"

João Leão considerou "extemporâneo" ou "prematuro" falar de eventuais novas transferências para o Novo Banco no próximo Orçamento para 2021. E esquivou-se a responder diretamente às perguntas sobre se o governo dará luz verde a novas transferências para o Novo Banco ou se vai inscrever qualquer verba para a instituição.

"Ainda falta um mês para a entrega do Orçamento do Estado", disse o ministro das Finanças. "Ainda não foi sequer discutida em Conselho de Ministros" a "parte final do Orçamento com esse tipo de opções".

João Leão acrescentou que só teve acesso à auditoria ao Novo Banco, "com mais de 300 páginas", há uma semana, e que está agora a ler os resultados dessa auditoria e a discutir a leitura que faz desse documento. Neste momento, disse, "estamos concentrados nos dados da auditoria".

O ministro das Finanças acrescentou: "ainda só vamos a meio do ano". E adiantou que o Novo Banco se deve concentrar "na melhor gestão e valorização dos seus ativos" e "com o maior rigor" possível. "Essa é que deve ser a grande prioridade", afirmou.

João Leão acrescentou que terá ainda de falar com o supervisor e consultar outras autoridades para fazer a avaliação da situação. "Ainda é prematuro partir já para valores".

Desemprego: “o pior ainda está para vir”

Na entrevista à RTP, o ministro das Finanças referiu que a economia portuguesa já bateu “no fundo” e que o terceiro trimestre até trouxe sinais de recuperação “acima do que estávamos à espera”.

João Leão deu os exemplos da recuperação do nível dos pagamentos na rede Multibanco, da atividade da construção, das receitas do IRS ou nas exportações, mas não quis “exagerar os sinais positivos” pois o “cenário é de grande incerteza” e tudo vai depender “da evolução da pandemia”.

Ao nível do emprego e do desemprego, o ministro das Finanças admite que “o pior ainda está para vir” e antecipa que o a taxa de desemprego permaneça entre os 9% e os 10% em 2020 e em 2021.

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