Covid-19. Autarca de Guimarães apela ao uso de máscara na rua, DGS sublinha que essa não é a “única medida”

16-09-2020
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O presidente da Câmara de Guimarães apelou esta sexta-feira ao uso de máscaras nas ruas, além dos espaços fechados, referindo que a "prevenção em grupo" é uma "responsabilidade cívica", depois do número de infetados no concelho ter "aumentado muito".

Em declarações à Lusa, Domingos Bragança referiu ser "preocupante" que os infetados com covid-19 detetados estão "dispersos", pelo que admitiu "apertar a malha dentro do possível", nomeadamente com os horários do comércio.

Em sete dias foram registados 108 novos casos positivos no concelho, "sem que se perceba qual o foco" do contágio, disse.

Em conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, não avaliou a medida como positiva ou negativa, nem disse se pode vir a ser adotada no futuro. Mas ressalvou, em reposta aos jornalistas sobre as declarações do autarca, que o uso de máscaras é “uma das medidas” possíveis para travar o avanço da pandemia, mas não a "única medida".

"Fazemos o que sempre fizemos: colher informação junto dos especialistas, junto da literatura, e só depois da evidência de mais-valias é que recomendamos alguma coisa. Não quer dizer que, em situaçoes específicas com ajuntamentos maiores de pessoas, não venha a ser recomendada [a máscara]. Estamos abertos a outros métodos barreira, mas outra coisa é o seu uso universal", declarou.

Pouco antes, em resposta à mesma pergunta, a ministra da Saúde, Marta Temido, já tinha apontado para a "ponderação dos valores" e dos aspetos "mais relevantes tecnicamente e politicamente" para a determinação de medidas.

Objetivo é “conseguir viver o dia-a-dia”, diz autarca

"A dispersão destes casos é preocupante porque é um contágio em comunidade. Por isso, para nós, autarquia, mais do que pensar na imunidade de grupo, é importante pensar na prevenção de grupo, daí este apelo para o uso constante de máscara quando saímos das nossas casas, mesmo na rua e não apenas nos espaços fechados", disse Domingos Bragança.

O autarca referiu que o objetivo é "conseguir viver o dia-a-dia com esta nova realidade de pandemia, sem ter que encerrar novamente tudo", realçando que para que tal aconteça "é necessário cada um exercer a sua responsabilidade cívica de se proteger protegendo os outros".

Questionado sobre a possibilidade de intervir nos horários de funcionamento do comércio, Domingos Bragança adiantou que é uma hipótese.

"Temos que apertar a malha, ao mesmo tempo que apelamos ao espírito cívico para cumprimento das medidas preventivas. Sabemos desde ontem [quinta-feira] estas possibilidades de estabelecer horários e vamos decidindo como melhor nos defendermos a todos", respondeu.

"Estamos a prevenir o pior para desejar o melhor, mas temos que ter em conta todas as medidas preventivas mais apertadas que a lei nos concede neste estado de contingência", completou.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 910.300 mortos e mais de 28,2 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Portugal contabiliza esta sexta-feira mais três mortos relacionados com a covid-19 e 687 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O presidente da Câmara de Guimarães apelou esta sexta-feira ao uso de máscaras nas ruas, além dos espaços fechados, referindo que a "prevenção em grupo" é uma "responsabilidade cívica", depois do número de infetados no concelho ter "aumentado muito".

Em declarações à Lusa, Domingos Bragança referiu ser "preocupante" que os infetados com covid-19 detetados estão "dispersos", pelo que admitiu "apertar a malha dentro do possível", nomeadamente com os horários do comércio.

Em sete dias foram registados 108 novos casos positivos no concelho, "sem que se perceba qual o foco" do contágio, disse.

Em conferência de imprensa, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, não avaliou a medida como positiva ou negativa, nem disse se pode vir a ser adotada no futuro. Mas ressalvou, em reposta aos jornalistas sobre as declarações do autarca, que o uso de máscaras é “uma das medidas” possíveis para travar o avanço da pandemia, mas não a "única medida".

"Fazemos o que sempre fizemos: colher informação junto dos especialistas, junto da literatura, e só depois da evidência de mais-valias é que recomendamos alguma coisa. Não quer dizer que, em situaçoes específicas com ajuntamentos maiores de pessoas, não venha a ser recomendada [a máscara]. Estamos abertos a outros métodos barreira, mas outra coisa é o seu uso universal", declarou.

Pouco antes, em resposta à mesma pergunta, a ministra da Saúde, Marta Temido, já tinha apontado para a "ponderação dos valores" e dos aspetos "mais relevantes tecnicamente e politicamente" para a determinação de medidas.

Objetivo é “conseguir viver o dia-a-dia”, diz autarca

"A dispersão destes casos é preocupante porque é um contágio em comunidade. Por isso, para nós, autarquia, mais do que pensar na imunidade de grupo, é importante pensar na prevenção de grupo, daí este apelo para o uso constante de máscara quando saímos das nossas casas, mesmo na rua e não apenas nos espaços fechados", disse Domingos Bragança.

O autarca referiu que o objetivo é "conseguir viver o dia-a-dia com esta nova realidade de pandemia, sem ter que encerrar novamente tudo", realçando que para que tal aconteça "é necessário cada um exercer a sua responsabilidade cívica de se proteger protegendo os outros".

Questionado sobre a possibilidade de intervir nos horários de funcionamento do comércio, Domingos Bragança adiantou que é uma hipótese.

"Temos que apertar a malha, ao mesmo tempo que apelamos ao espírito cívico para cumprimento das medidas preventivas. Sabemos desde ontem [quinta-feira] estas possibilidades de estabelecer horários e vamos decidindo como melhor nos defendermos a todos", respondeu.

"Estamos a prevenir o pior para desejar o melhor, mas temos que ter em conta todas as medidas preventivas mais apertadas que a lei nos concede neste estado de contingência", completou.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 910.300 mortos e mais de 28,2 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Portugal contabiliza esta sexta-feira mais três mortos relacionados com a covid-19 e 687 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o último boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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