Governo vai introduzir mudanças de forma gradual em Matemática – O Jornal Económico

10-12-2020
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João Costa criticou as políticas educativas do antigo ministro da Educação Nuno Crato para justificar os resultados dos alunos portugueses do 4.º ano no TIMMS – Trends in International Mathematics and Science Study, hoje publicados, após uma apresentação aos jornalistas na terça-feira.

O TIMMS, hoje divulgado, mostra que estes alunos pioraram o seu desempenho a Matemática, tendo descido de 541 pontos nas provas de 2015 para 525 pontos (numa escala de 1 a 1000).

Segundo Luís Pereira dos Santos, presidente do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), esta descida a Matemática a “estatisticamente significativa”.

Segundo o secretário de Estado, houve mudanças feitas pela equipa de Nuno Crato que geraram “maiores dificuldades na aprendizagem”.

João Costa garantiu que a Matemática é “a disciplina com maior investimento público”, mas o resultado das medidas não tem tido grande impacto no sucesso académico dos alunos.

Por isso, disse, é preciso “olhar para o programa como um todo”, sublinhando que existem problemas que já estão identificados, tais como “a transição dos programas de 2009 para as metas curriculares”.

“Houve uma grande antecipação de conteúdos nas metas, alguns dos itens que eram ensinados no 5.º ano passaram para o 3.º ano, por exemplo”, referiu, sublinhando que esta mudança feita durante o mandato de Nuno Crato “gerou maiores dificuldades na aprendizagem”.

Além disso, acrescentou, “as metas curriculares também põem as estratégias de ensino muito centradas no formalismo, numa interpretação mais abstrata do que aquilo que potencia uma melhor aprendizagem que é ir fazendo este equilíbrio entre conteúdos, aquilo que se aprende, e a aplicação desse conhecimento”.

Por outro lado, o responsável recusou qualquer relação entre o pior desempenho destes alunos e o fim dos exames nacionais do 4.º ano – uma medida do atual ministro, Tiago Brandão Rodrigues.

Há dois anos, o secretário de estado criou o Grupo de Trabalho de Matemática, coordenado por Jaime Carvalho da Silva, com a missão de elaborar um conjunto de recomendações sobre o ensino, a aprendizagem e a avaliação na disciplina de Matemática.

Em declarações aos jornalistas, João Costa admitiu que estariam para breve as mudanças, mas que primeiro é preciso que o documento elaborado pelo GTM seja alvo de discussão pública.

“Não me vou comprometer com nenhum prazo de entrada em vigor, porque eu quero que seja objeto de discussão publica e podemos ter intervenções mais de fundo sobre a proposta ou menos profundas. Mas como temos vindo a fazer, esta intervenção será sempre alvo de uma entrada em vigor gradual”, concluiu.

Segundo o TIMMS, os alunos do 4.º ano pioraram nas três áreas em análise a Matemática.

Numa comparação entre as suas capacidades para “Conhecer”, “Aplicar” e “Raciocinar”, nota-se que os alunos pioraram nas três áreas, sendo que aquela onde mais pioraram foi na dimensão de “Conhecer”.

João Costa criticou as políticas educativas do antigo ministro da Educação Nuno Crato para justificar os resultados dos alunos portugueses do 4.º ano no TIMMS – Trends in International Mathematics and Science Study, hoje publicados, após uma apresentação aos jornalistas na terça-feira.

O TIMMS, hoje divulgado, mostra que estes alunos pioraram o seu desempenho a Matemática, tendo descido de 541 pontos nas provas de 2015 para 525 pontos (numa escala de 1 a 1000).

Segundo Luís Pereira dos Santos, presidente do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), esta descida a Matemática a “estatisticamente significativa”.

Segundo o secretário de Estado, houve mudanças feitas pela equipa de Nuno Crato que geraram “maiores dificuldades na aprendizagem”.

João Costa garantiu que a Matemática é “a disciplina com maior investimento público”, mas o resultado das medidas não tem tido grande impacto no sucesso académico dos alunos.

Por isso, disse, é preciso “olhar para o programa como um todo”, sublinhando que existem problemas que já estão identificados, tais como “a transição dos programas de 2009 para as metas curriculares”.

“Houve uma grande antecipação de conteúdos nas metas, alguns dos itens que eram ensinados no 5.º ano passaram para o 3.º ano, por exemplo”, referiu, sublinhando que esta mudança feita durante o mandato de Nuno Crato “gerou maiores dificuldades na aprendizagem”.

Além disso, acrescentou, “as metas curriculares também põem as estratégias de ensino muito centradas no formalismo, numa interpretação mais abstrata do que aquilo que potencia uma melhor aprendizagem que é ir fazendo este equilíbrio entre conteúdos, aquilo que se aprende, e a aplicação desse conhecimento”.

Por outro lado, o responsável recusou qualquer relação entre o pior desempenho destes alunos e o fim dos exames nacionais do 4.º ano – uma medida do atual ministro, Tiago Brandão Rodrigues.

Há dois anos, o secretário de estado criou o Grupo de Trabalho de Matemática, coordenado por Jaime Carvalho da Silva, com a missão de elaborar um conjunto de recomendações sobre o ensino, a aprendizagem e a avaliação na disciplina de Matemática.

Em declarações aos jornalistas, João Costa admitiu que estariam para breve as mudanças, mas que primeiro é preciso que o documento elaborado pelo GTM seja alvo de discussão pública.

“Não me vou comprometer com nenhum prazo de entrada em vigor, porque eu quero que seja objeto de discussão publica e podemos ter intervenções mais de fundo sobre a proposta ou menos profundas. Mas como temos vindo a fazer, esta intervenção será sempre alvo de uma entrada em vigor gradual”, concluiu.

Segundo o TIMMS, os alunos do 4.º ano pioraram nas três áreas em análise a Matemática.

Numa comparação entre as suas capacidades para “Conhecer”, “Aplicar” e “Raciocinar”, nota-se que os alunos pioraram nas três áreas, sendo que aquela onde mais pioraram foi na dimensão de “Conhecer”.

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