Mais recuperações do que mortes, o vislumbre de uma “abertura gradual” da economia e Maria de Sousa: covid-19, ponto da situação nacional

15-04-2020
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No plano económico, esta terça-feira não foi um dia com boas perspetivas. O FMI prevê uma recessão de 8% em Portugal em 2020, foi anunciado, o que, a verificar-se, se afigura como a maior recessão em quase 100 anos.

Do ponto de vista da pandemia propriamente dita, há que olhar, como habitualmente, para os números. Na atualização diária, a Direção-Geral da Saúde registou mais 32 mortes, 70 pessoas recuperadas e 514 novos casos de covid-19 em Portugal. O que – olhando para os totais – nos deixa com 17.448 infetados, 567 mortos e 347 recuperados.

Para a doença, o país soube esta terça-feira ter perdido a imunologista Maria de Sousa. Cientista, escritora e professora catedrática no Porto, era membro habitual do júri do Prémio Pessoa. Tinha 80 anos.

A diretora-geral da Saúde confirmou que um terço das pessoas que morreram infetadas com o novo vírus são utentes de lares e de residências para idosos, ainda que vão surgindo notícias mais otimistas: esta terça-feira, os idosos do Lar Nossa Senhora das Dores continuaram a regressar faseadamente ao edifício, localizado no centro de Vila Real. O primeiro caso de covid-19 foi detetado neste lar no dia 22 de março, um doente oncológico que foi também o primeiro a regressar na segunda-feira ao lar, depois de recuperado da infeção.

Por outro lado, o secretário de Estado da Saúde garantiu que os "tempos de resposta" do SNS24 "foram otimizados". O SNS24, "continua a ser a porta de entrada preferencial das pessoas suspeitas de covid-19 no Serviço Nacional de Saúde". A linha atende "cerca de 11 mil pessoas por dia".

Ainda as máscaras. Conhecidas as novas orientações quanto à sua utilização, o presidente do Infarmed veio adiantar que as máscaras sociais, que começaram a ser produzidas pela indústria têxtil nacional conforme especificações definidas, podem ser de algodão ou poliéster e que muitas serão reutilizáveis.

Já esta noite, falou o ministro da Economia. No final de uma maratona de reuniões com economistas e académicos, Pedro Siza Vieira elogiou a disciplina dos portugueses, por ter permitido ganhar algum tempo, o que abre caminho para o próximo passo, disse: “a abertura gradual de alguma atividade económica”.

Siza Vieira também elogiou a capacidade de resposta dos serviços de saúde, mas, segundo o ministro, ainda não está definido que sectores estarão na linha da frente. Como foi o governo que decretou o fecho do comércio a retalho e da restauração, “devemos preparar medidas dirigidas a estes sectores, mas sempre em função do risco que enfrentamos em cada momento” especificou.

E algum alento é preciso. Mais de 20% das empresas fecharam portas definitivamente por conta da covid-19 e mais de 25% estão a operar sem metade dos trabalhadores, concluiu o primeiro inquérito semanal que o INE e o Banco de Portugal estão a realizar para aferir os efeitos da pandemia.

Outra notícia do dia diz respeito à Comissão de Proteção de Dados (CNPD), que alerta para riscos de uso de dados de telemóveis no combate à pandemia. A CNPD tem fortes reservas em relação à proposta de usar dados para identificar possíveis focos de contágio da covid-19.

A terminar, e sobretudo a pensar no país que continua confinado entre quatro paredes, o Museu Berardo, o Museu Nacional de Arte Antiga e os museus Gulbenkian são alguns dos espaços museológicos de Lisboa que anunciaram estar a reforçar os seus conteúdos em plataforma digitais. Manter-se-ão assim visitáveis, mesmo encerrados.

No plano económico, esta terça-feira não foi um dia com boas perspetivas. O FMI prevê uma recessão de 8% em Portugal em 2020, foi anunciado, o que, a verificar-se, se afigura como a maior recessão em quase 100 anos.

Do ponto de vista da pandemia propriamente dita, há que olhar, como habitualmente, para os números. Na atualização diária, a Direção-Geral da Saúde registou mais 32 mortes, 70 pessoas recuperadas e 514 novos casos de covid-19 em Portugal. O que – olhando para os totais – nos deixa com 17.448 infetados, 567 mortos e 347 recuperados.

Para a doença, o país soube esta terça-feira ter perdido a imunologista Maria de Sousa. Cientista, escritora e professora catedrática no Porto, era membro habitual do júri do Prémio Pessoa. Tinha 80 anos.

A diretora-geral da Saúde confirmou que um terço das pessoas que morreram infetadas com o novo vírus são utentes de lares e de residências para idosos, ainda que vão surgindo notícias mais otimistas: esta terça-feira, os idosos do Lar Nossa Senhora das Dores continuaram a regressar faseadamente ao edifício, localizado no centro de Vila Real. O primeiro caso de covid-19 foi detetado neste lar no dia 22 de março, um doente oncológico que foi também o primeiro a regressar na segunda-feira ao lar, depois de recuperado da infeção.

Por outro lado, o secretário de Estado da Saúde garantiu que os "tempos de resposta" do SNS24 "foram otimizados". O SNS24, "continua a ser a porta de entrada preferencial das pessoas suspeitas de covid-19 no Serviço Nacional de Saúde". A linha atende "cerca de 11 mil pessoas por dia".

Ainda as máscaras. Conhecidas as novas orientações quanto à sua utilização, o presidente do Infarmed veio adiantar que as máscaras sociais, que começaram a ser produzidas pela indústria têxtil nacional conforme especificações definidas, podem ser de algodão ou poliéster e que muitas serão reutilizáveis.

Já esta noite, falou o ministro da Economia. No final de uma maratona de reuniões com economistas e académicos, Pedro Siza Vieira elogiou a disciplina dos portugueses, por ter permitido ganhar algum tempo, o que abre caminho para o próximo passo, disse: “a abertura gradual de alguma atividade económica”.

Siza Vieira também elogiou a capacidade de resposta dos serviços de saúde, mas, segundo o ministro, ainda não está definido que sectores estarão na linha da frente. Como foi o governo que decretou o fecho do comércio a retalho e da restauração, “devemos preparar medidas dirigidas a estes sectores, mas sempre em função do risco que enfrentamos em cada momento” especificou.

E algum alento é preciso. Mais de 20% das empresas fecharam portas definitivamente por conta da covid-19 e mais de 25% estão a operar sem metade dos trabalhadores, concluiu o primeiro inquérito semanal que o INE e o Banco de Portugal estão a realizar para aferir os efeitos da pandemia.

Outra notícia do dia diz respeito à Comissão de Proteção de Dados (CNPD), que alerta para riscos de uso de dados de telemóveis no combate à pandemia. A CNPD tem fortes reservas em relação à proposta de usar dados para identificar possíveis focos de contágio da covid-19.

A terminar, e sobretudo a pensar no país que continua confinado entre quatro paredes, o Museu Berardo, o Museu Nacional de Arte Antiga e os museus Gulbenkian são alguns dos espaços museológicos de Lisboa que anunciaram estar a reforçar os seus conteúdos em plataforma digitais. Manter-se-ão assim visitáveis, mesmo encerrados.

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