Nuno Artur Silva volta a dizer que vai vender Produções Fictícias

15-11-2019
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Depois de uma legislatura com três ministros e constantemente debaixo do fogo de um setor que acreditou que um governo da esquerda tinha tudo para ter ido mais além na área da cultura, o ministério da reconduzida Graça Fonseca contará, para a próxima legislatura, com dois secretários de Estado. Ângela Ferreira, que de secretária de Estado da Cultura é reconduzida mas agora com uma nova pasta - Património Cultural - e Nuno Artur Silva, ex-administrador da RTP, para a também nova secretaria de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.

A criação desta última pode ser interpretada como uma tentativa da tutela de acalmar um setor cuja contestação foi causando mossa à governação de Luís Filipe Castro Mendes e do seu secretário de Estado, Miguel Honrado. Mas se uma das áreas que deram mais dores de cabeça à tutela ao longo da última legislatura foi justamente a do Cinema e do Audiovisual - com a guerra em que se transformou a alteração do decreto que regulamenta a Lei do Cinema -, também Nuno Artur Silva, o novo secretário de Estado, teve a sua história, com a RTP, à qual chegou em 2015 como administrador para a área dos conteúdos, e que deixou em 2018, depois de o Conselho Geral Independente (CGI), supervisor da rádio e televisão públicas, ter decidido não o reconduzir no cargo.

O argumento então apresentado foi o da “irresolução do conflito de interesses entre a sua posição na empresa e os seus interesses patrimoniais privados”. Isto porque Nuno Artur Silva continuava ligado à Produções Fictícias, produtora de conteúdos que fundou em 1993 e que detém o Canal Q. Na altura, escreveu no Facebook que tinha sido “alvo de uma campanha difamatória reles, miserável, sem escrúpulos” com o intuito de impedir a sua continuidade na RTP.

Assim que tomou posse como administrador, em 2015, fez saber que tencionava vender a sua participação nas Produções Fictícias, mas o negócio acabou por nunca se concretizar.

Ontem, o dia em que foi anunciado como secretário de Estado, escreveu no Facebook: “De cada vez que apresento um espetáculo de stand up comedy sou convidado para um cargo público”. Era um post em que anunciava que o convite o obrigava a cancelar Onde É Que Eu Ia?, espetáculo com António Jorge Gonçalves que tinha estreia prevista para 8 de novembro no Capitólio. Em declarações ao Público, dava (de novo) conta de que tenciona vender as Produções Fictícias, desta vez de forma mais perentópria: “No momento em que tomar posse como secretário de Estado, já não serei acionista das Produções Fictícias e consequentemente do Canal Q”, garantiu.

E se, no caso da RTP, a CGI encontrava incompatibilidades entre as funções, agora que Nuno Artur Silva está prestes a tomar posse como secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, o presidente daquele organismo, Nuno Feijó, também em declarações ao Público, olha para a nomeação como uma “excelente notícia”. E considera que a questão do conflito de interesses já não se coloca porque “o secretário de Estado não vai ter uma interferência na gestão direta da empresa”.

Depois de uma legislatura com três ministros e constantemente debaixo do fogo de um setor que acreditou que um governo da esquerda tinha tudo para ter ido mais além na área da cultura, o ministério da reconduzida Graça Fonseca contará, para a próxima legislatura, com dois secretários de Estado. Ângela Ferreira, que de secretária de Estado da Cultura é reconduzida mas agora com uma nova pasta - Património Cultural - e Nuno Artur Silva, ex-administrador da RTP, para a também nova secretaria de Estado do Cinema, Audiovisual e Media.

A criação desta última pode ser interpretada como uma tentativa da tutela de acalmar um setor cuja contestação foi causando mossa à governação de Luís Filipe Castro Mendes e do seu secretário de Estado, Miguel Honrado. Mas se uma das áreas que deram mais dores de cabeça à tutela ao longo da última legislatura foi justamente a do Cinema e do Audiovisual - com a guerra em que se transformou a alteração do decreto que regulamenta a Lei do Cinema -, também Nuno Artur Silva, o novo secretário de Estado, teve a sua história, com a RTP, à qual chegou em 2015 como administrador para a área dos conteúdos, e que deixou em 2018, depois de o Conselho Geral Independente (CGI), supervisor da rádio e televisão públicas, ter decidido não o reconduzir no cargo.

O argumento então apresentado foi o da “irresolução do conflito de interesses entre a sua posição na empresa e os seus interesses patrimoniais privados”. Isto porque Nuno Artur Silva continuava ligado à Produções Fictícias, produtora de conteúdos que fundou em 1993 e que detém o Canal Q. Na altura, escreveu no Facebook que tinha sido “alvo de uma campanha difamatória reles, miserável, sem escrúpulos” com o intuito de impedir a sua continuidade na RTP.

Assim que tomou posse como administrador, em 2015, fez saber que tencionava vender a sua participação nas Produções Fictícias, mas o negócio acabou por nunca se concretizar.

Ontem, o dia em que foi anunciado como secretário de Estado, escreveu no Facebook: “De cada vez que apresento um espetáculo de stand up comedy sou convidado para um cargo público”. Era um post em que anunciava que o convite o obrigava a cancelar Onde É Que Eu Ia?, espetáculo com António Jorge Gonçalves que tinha estreia prevista para 8 de novembro no Capitólio. Em declarações ao Público, dava (de novo) conta de que tenciona vender as Produções Fictícias, desta vez de forma mais perentópria: “No momento em que tomar posse como secretário de Estado, já não serei acionista das Produções Fictícias e consequentemente do Canal Q”, garantiu.

E se, no caso da RTP, a CGI encontrava incompatibilidades entre as funções, agora que Nuno Artur Silva está prestes a tomar posse como secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, o presidente daquele organismo, Nuno Feijó, também em declarações ao Público, olha para a nomeação como uma “excelente notícia”. E considera que a questão do conflito de interesses já não se coloca porque “o secretário de Estado não vai ter uma interferência na gestão direta da empresa”.

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