Covid-19. Marta Temido e a falta de profissionais de saúde: “O mercado não tem gente disponível de imediato”

06-11-2020
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Marta Temido admitiu esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas, que o país não está livre "de ter mortalidade elevada nos próximos dias", dada a situação da pandemia, principalmente na região norte. "Não podemos baixar a guarda", avisou, e é necessário "aliviar a pressão a montante [dos hospitais] porque se houver 10 milhões de infetados não há capacidade de resposta".

A ministra da Saúde visitou pela manhã o ACES de Vale de Sousa Norte, seguindo depois para as instalações do hospital que faz parte do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e que tem sofrido uma grande pressão de doentes internados e de fluxo de urgências nas duas últimas semanas.

A governante admitiu “algum alívio" no hospital que "está no centro do furacão neste momento", "fruto de um conjunto de transferências nos últimos dias” para hospitais como os privados Fernando Pessoa e Hospitalar Militar, mas também, diz Marta Temido, para hospitais do SNS, “desde o Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro, até Unidade de Saúde do Nordeste, Unidade de Saúde do Alto Minho, Hospital de Braga, Centro Hospitalar e Universitário do Porto, Hospital de São João" e, nos últimos dias, até para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Garante que “todas as unidades de saúde da região colaboraram ativamente” para aliviar a pressão do hospital com mais casos do país, com 169 doentes internados - dez em cuidados intensivos A prioridade é “que os meios que neste momento existem no hospital de Penafiel sejam mantidos”.

No entanto, quanto à contratação de novos profissionais para o hospital, a responsável pela tutela da Saúde diz que "o mercado não tem a disponibilidade que tem noutros momentos" nem "tem gente disponível de imediato para ser contratada", com mais de 200 profissionais de sáude infetados ou em isolamento na região.

O problema não estanca entre fronteiras, "acontece em toda a Europa". "Por isso estamos a ver outras formas de resolver o problema", assegura, nomeadamente a transferência de doentes para outras unidades de saúde.

Ministra afasta hipótese de falta de planeamento do Tâmega e Sousa

Para responder às críticas de alguns autarcas da região quando alegam que pode ter havido alguma falta de planeamento do hospital para responder à crise pandémica, Marta Temido responde: "Naturalmente que houve planeamento". Só que "uma pandemia como esta tem tido tem uma resposta dificil por maior planeamento que haja. Se nós voltássemos atrás, todos faríamos coisas de maneira diferente".

O país não está livre de voltar a sentir a mesma pressão sentida pelo hospital do norte nas últimas semanas, nem "de ter letalidade elevada nos próximos dias". "Temos de perceber a gravidade do que estamos a enfrentar e temos de estar unidos na resposta", diz ainda, numa altura em que há 340 doentes covid-19 em cuidados intensivos e 2.065 em enfermaria.

Marta Temido admitiu esta sexta-feira, em declarações aos jornalistas, que o país não está livre "de ter mortalidade elevada nos próximos dias", dada a situação da pandemia, principalmente na região norte. "Não podemos baixar a guarda", avisou, e é necessário "aliviar a pressão a montante [dos hospitais] porque se houver 10 milhões de infetados não há capacidade de resposta".

A ministra da Saúde visitou pela manhã o ACES de Vale de Sousa Norte, seguindo depois para as instalações do hospital que faz parte do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa e que tem sofrido uma grande pressão de doentes internados e de fluxo de urgências nas duas últimas semanas.

A governante admitiu “algum alívio" no hospital que "está no centro do furacão neste momento", "fruto de um conjunto de transferências nos últimos dias” para hospitais como os privados Fernando Pessoa e Hospitalar Militar, mas também, diz Marta Temido, para hospitais do SNS, “desde o Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro, até Unidade de Saúde do Nordeste, Unidade de Saúde do Alto Minho, Hospital de Braga, Centro Hospitalar e Universitário do Porto, Hospital de São João" e, nos últimos dias, até para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Garante que “todas as unidades de saúde da região colaboraram ativamente” para aliviar a pressão do hospital com mais casos do país, com 169 doentes internados - dez em cuidados intensivos A prioridade é “que os meios que neste momento existem no hospital de Penafiel sejam mantidos”.

No entanto, quanto à contratação de novos profissionais para o hospital, a responsável pela tutela da Saúde diz que "o mercado não tem a disponibilidade que tem noutros momentos" nem "tem gente disponível de imediato para ser contratada", com mais de 200 profissionais de sáude infetados ou em isolamento na região.

O problema não estanca entre fronteiras, "acontece em toda a Europa". "Por isso estamos a ver outras formas de resolver o problema", assegura, nomeadamente a transferência de doentes para outras unidades de saúde.

Ministra afasta hipótese de falta de planeamento do Tâmega e Sousa

Para responder às críticas de alguns autarcas da região quando alegam que pode ter havido alguma falta de planeamento do hospital para responder à crise pandémica, Marta Temido responde: "Naturalmente que houve planeamento". Só que "uma pandemia como esta tem tido tem uma resposta dificil por maior planeamento que haja. Se nós voltássemos atrás, todos faríamos coisas de maneira diferente".

O país não está livre de voltar a sentir a mesma pressão sentida pelo hospital do norte nas últimas semanas, nem "de ter letalidade elevada nos próximos dias". "Temos de perceber a gravidade do que estamos a enfrentar e temos de estar unidos na resposta", diz ainda, numa altura em que há 340 doentes covid-19 em cuidados intensivos e 2.065 em enfermaria.

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