abro Paginas Encontro Espelhos: E não per tur bes o meu son ho

12-03-2020
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Não me perturbes.

Quero reclinar o meu peito no regaço da terra

descer num casulo de luz pairar como a bruma 

na urze calada e perfumada da serra.

E não perturbes o meu silêncio

que dorme nas folhas das minhas mãos.

Na criança adormecida em mim

ficam as pegadas na presença dos silêncios, 

nos diálogos e gestos escritos na areia polida 

das minhas palavras.

E não perturbes o meu silêncio

que dorme nas folhas das minhas mãos.

Não perturbes estas folhas que rodeiam o meu corpo 

povoando esta alma de música que ninguém ouve.

Não quero miscelâneas no meu poente.

Quero nascer os olhos em bocas de alegria.

Deixa ser-me criança, vestir de novo esta fantasia.

E não per tur bes o meu son ho.

Quero adormecer a noite enganar a lua

morrer o passado nesta inquietação

desta 

chama

nua

Manuela Barroso

daqui

imagem

Não me perturbes.

Quero reclinar o meu peito no regaço da terra

descer num casulo de luz pairar como a bruma 

na urze calada e perfumada da serra.

E não perturbes o meu silêncio

que dorme nas folhas das minhas mãos.

Na criança adormecida em mim

ficam as pegadas na presença dos silêncios, 

nos diálogos e gestos escritos na areia polida 

das minhas palavras.

E não perturbes o meu silêncio

que dorme nas folhas das minhas mãos.

Não perturbes estas folhas que rodeiam o meu corpo 

povoando esta alma de música que ninguém ouve.

Não quero miscelâneas no meu poente.

Quero nascer os olhos em bocas de alegria.

Deixa ser-me criança, vestir de novo esta fantasia.

E não per tur bes o meu son ho.

Quero adormecer a noite enganar a lua

morrer o passado nesta inquietação

desta 

chama

nua

Manuela Barroso

daqui

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