abro Paginas Encontro Espelhos: tu unes de novo as minhas asas à curva do céu

20-12-2019
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Todas as minhas fontes vêm de ti

As nascentes

E amo-te com a constância do moribundo que respira

Já sem saber de que lado o visita a morte

Procuro a ligação entre ti e a luz muito miudinha depois dos temporais

Entre a luz e os estilhaços nas ruas bombardeadas

Desconheço o colar onde unes tudo

Procuro entender como é que moldas

Os meus pés ao equilíbrio que os desloca no chão

Sei que és tu que me levantas

Que remendas o meu corpo cada dia

Em ti encontro a pulsação

Que rebenta - uma artéria como nunca

Tinha jorrado. Cratera onde durmo

Recluso, árvore à chuva

Em dificuldade extrema 

De respiração

Ponho a cabeça entre os ramos, lanço os braços para fora

Como um pássaro entre um bando 

De disparos

Tu moves as agulhas, tu unes de novo

As minhas asas à curva do céu

Daniel Faria

Todas as minhas fontes vêm de ti

As nascentes

E amo-te com a constância do moribundo que respira

Já sem saber de que lado o visita a morte

Procuro a ligação entre ti e a luz muito miudinha depois dos temporais

Entre a luz e os estilhaços nas ruas bombardeadas

Desconheço o colar onde unes tudo

Procuro entender como é que moldas

Os meus pés ao equilíbrio que os desloca no chão

Sei que és tu que me levantas

Que remendas o meu corpo cada dia

Em ti encontro a pulsação

Que rebenta - uma artéria como nunca

Tinha jorrado. Cratera onde durmo

Recluso, árvore à chuva

Em dificuldade extrema 

De respiração

Ponho a cabeça entre os ramos, lanço os braços para fora

Como um pássaro entre um bando 

De disparos

Tu moves as agulhas, tu unes de novo

As minhas asas à curva do céu

Daniel Faria

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