Indústria automóvel ibérica junta-se para reclamar posição como sector estratégico na economia

10-10-2020
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A indústria automóvel ibérica está a reclamar a sua posição como instrumento estratégico das economias de Portugal e Espanha "no sentido de alcançar os objetivos de recuperação económica dos dois países" e, pelo futuro do sector, pede um "maior compromisso" aos governos de Lisboa e de Madrid.

"O sector automóvel em Portugal e Espanha destacou-se como importante para o relançamento da economia, assim como um instrumento fundamental para a manutenção de emprego seguro e de qualidade", sublinham os presidentes das principais associações de construtores e componentes dos dois países numa declaração conjunta divulgada esta quinta-feira, aproveitando a oportunidade da realização da XXXI Cimeira Ibérica, que irá decorrer na Guarda, a 10 de outubro para defenderem "um compromisso e uma estratégia comum, para fazer face à recuperação da produção e da procura, afetadas pela COVID-19".

Num momento em que as metas de descarbonização e digitalização são definidas como prioridades de médio prazo para o sector automóvel na transição para a nova mobilidade, ANFAC (Asociación Española de Fabricantes de Automóviles y Camiones), SERNAUTO (Asociación Española de Proveedores de Automoción), ACAP (Associação Automóvel de Portugal) e AFIA (Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel), pedem o trabalho conjunto dos dois países para "garantir a a viabilidade sustentável da indústria automóvel na sua transformação para uma mobilidade sustentável, livre de emissões", destacando "o momento crucial que o setor está a passar, com o processo de reindustrialização, para fazer face aos desafios da descarbonização e digitalização que surgem para fazer face à nova indústria da mobilidade".

E "tudo isto, no contexto do forte impacto económico e industrial da crise Covid-19, o qual veio estabelecer novos objetivos, a curto prazo, de recuperação da procura e da produção. Por conseguinte, as Associações consideram necessário o trabalho conjunto e o compromisso das administrações e governos, com os principais representantes do sector, para restabelecer os níveis pré-crise e liderar esta transformação, garantindo que o sector automóvel ibérico possa manter a sua relevância e liderança no futuro", dizem.

Responsável por 11% do PIB espanhol e 6% do PIB português,a indústria automóvel representa 9% de emprego em Espanha e 12% em Portugal e "necessita de uma dotação financeira significativa para garantir não só a recuperação aos níveis pré-crise, mas também um maior crescimento sustentável para reforçar o seu papel como motor para os outros sectores da nossa economia", sustentam as 4 associações, já a pensar no próximo plano de recuperação desenhado na União Europeia para combater os efeitos da pandemia.

Defendem, também, ações bilaterais para responder às necessidades do sector e promover uma estratégia com instrumentos específicos em matérias económicas, laborais, regulamentares e de investimento que deem um forte apoio à indústria automóvel, em linha com a sua importância para a economia ibérica e o seu papel de importante motor da recuperação.

"O sector automóvel está imerso num processo de transformação para uma nova mobilidade que deve ser mais eficiente, sustentável e acessível. Por conseguinte, é necessário estabelecer as bases para a construção de uma estratégia e de um plano de ação que responda à transição para a mobilidade de emissões zero através de incentivos financeiros e não financeiros, renovação do parque circulante com a criação de um Plano de Incentivos ao Abate, desenvolvimento de uma poderosa infraestrutura de recarga, apoio ao desenvolvimento e implementação de condução autónoma e conectada, um roteiro coerente para o desenvolvimento de futuras normas de emissões de CO2 e um quadro regulamentar homogeneo para o transporte de bens entre os dois países", sustenta a declaração conjunta.

"Isto, em consonância com os objetivos de transformação ambiental e digital da União Europeia, permitindo que a indústria automóvel em Espanha e Portugal se mantenha na vanguarda desta transformação", concluem.

"Temos de aproveitar a recuperação para impulsionar a indústria em Espanha e Portugal, aumentar a nossa competitividade. O polo ibérico deve ser posicionado como um destino atrativo para os investimentos industriais, mas só o conseguiremos com o compromisso de todos: governos, administrações, câmaras municipais, agentes sociais e sociedade. É por isso que pedimos, em conjunto enquanto sector, este trabalho conjunto para a competitividade e o futuro da indústria automóvel ibérica, tanto a nível bilateral como nas políticas europeias." , sublinha José Vicente de los Mozos, presidente da ANFAC, enquanto María Helena Antolín, Presidente da SERNAUTO, alerta: "posicionarmo-nos como líderes é uma necessidade imperativa para o mercado ibérico" .

Do lado português, José Ramos, Presidente da ACAP, põe a tónica "na importância crucial" de um plano de incentivo ao abate de veículos antigos, sem esquecer que Portugal tem um dos parques circulantes mais velhos da Europa" e José Couto, Presidente da AFIA, destaca que "o efeito catalisador " da fileira automóvel noutros setores, "nomeadamente enquanto motor da capacidade competitiva do ecossistema científico". Assim, diz. "é fundamental estabelecer um quadro que garanta uma transformação cuidadosamente gerida para alcançar com sucesso a descarbonização e a digitalização da economia."

A indústria automóvel ibérica está a reclamar a sua posição como instrumento estratégico das economias de Portugal e Espanha "no sentido de alcançar os objetivos de recuperação económica dos dois países" e, pelo futuro do sector, pede um "maior compromisso" aos governos de Lisboa e de Madrid.

"O sector automóvel em Portugal e Espanha destacou-se como importante para o relançamento da economia, assim como um instrumento fundamental para a manutenção de emprego seguro e de qualidade", sublinham os presidentes das principais associações de construtores e componentes dos dois países numa declaração conjunta divulgada esta quinta-feira, aproveitando a oportunidade da realização da XXXI Cimeira Ibérica, que irá decorrer na Guarda, a 10 de outubro para defenderem "um compromisso e uma estratégia comum, para fazer face à recuperação da produção e da procura, afetadas pela COVID-19".

Num momento em que as metas de descarbonização e digitalização são definidas como prioridades de médio prazo para o sector automóvel na transição para a nova mobilidade, ANFAC (Asociación Española de Fabricantes de Automóviles y Camiones), SERNAUTO (Asociación Española de Proveedores de Automoción), ACAP (Associação Automóvel de Portugal) e AFIA (Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel), pedem o trabalho conjunto dos dois países para "garantir a a viabilidade sustentável da indústria automóvel na sua transformação para uma mobilidade sustentável, livre de emissões", destacando "o momento crucial que o setor está a passar, com o processo de reindustrialização, para fazer face aos desafios da descarbonização e digitalização que surgem para fazer face à nova indústria da mobilidade".

E "tudo isto, no contexto do forte impacto económico e industrial da crise Covid-19, o qual veio estabelecer novos objetivos, a curto prazo, de recuperação da procura e da produção. Por conseguinte, as Associações consideram necessário o trabalho conjunto e o compromisso das administrações e governos, com os principais representantes do sector, para restabelecer os níveis pré-crise e liderar esta transformação, garantindo que o sector automóvel ibérico possa manter a sua relevância e liderança no futuro", dizem.

Responsável por 11% do PIB espanhol e 6% do PIB português,a indústria automóvel representa 9% de emprego em Espanha e 12% em Portugal e "necessita de uma dotação financeira significativa para garantir não só a recuperação aos níveis pré-crise, mas também um maior crescimento sustentável para reforçar o seu papel como motor para os outros sectores da nossa economia", sustentam as 4 associações, já a pensar no próximo plano de recuperação desenhado na União Europeia para combater os efeitos da pandemia.

Defendem, também, ações bilaterais para responder às necessidades do sector e promover uma estratégia com instrumentos específicos em matérias económicas, laborais, regulamentares e de investimento que deem um forte apoio à indústria automóvel, em linha com a sua importância para a economia ibérica e o seu papel de importante motor da recuperação.

"O sector automóvel está imerso num processo de transformação para uma nova mobilidade que deve ser mais eficiente, sustentável e acessível. Por conseguinte, é necessário estabelecer as bases para a construção de uma estratégia e de um plano de ação que responda à transição para a mobilidade de emissões zero através de incentivos financeiros e não financeiros, renovação do parque circulante com a criação de um Plano de Incentivos ao Abate, desenvolvimento de uma poderosa infraestrutura de recarga, apoio ao desenvolvimento e implementação de condução autónoma e conectada, um roteiro coerente para o desenvolvimento de futuras normas de emissões de CO2 e um quadro regulamentar homogeneo para o transporte de bens entre os dois países", sustenta a declaração conjunta.

"Isto, em consonância com os objetivos de transformação ambiental e digital da União Europeia, permitindo que a indústria automóvel em Espanha e Portugal se mantenha na vanguarda desta transformação", concluem.

"Temos de aproveitar a recuperação para impulsionar a indústria em Espanha e Portugal, aumentar a nossa competitividade. O polo ibérico deve ser posicionado como um destino atrativo para os investimentos industriais, mas só o conseguiremos com o compromisso de todos: governos, administrações, câmaras municipais, agentes sociais e sociedade. É por isso que pedimos, em conjunto enquanto sector, este trabalho conjunto para a competitividade e o futuro da indústria automóvel ibérica, tanto a nível bilateral como nas políticas europeias." , sublinha José Vicente de los Mozos, presidente da ANFAC, enquanto María Helena Antolín, Presidente da SERNAUTO, alerta: "posicionarmo-nos como líderes é uma necessidade imperativa para o mercado ibérico" .

Do lado português, José Ramos, Presidente da ACAP, põe a tónica "na importância crucial" de um plano de incentivo ao abate de veículos antigos, sem esquecer que Portugal tem um dos parques circulantes mais velhos da Europa" e José Couto, Presidente da AFIA, destaca que "o efeito catalisador " da fileira automóvel noutros setores, "nomeadamente enquanto motor da capacidade competitiva do ecossistema científico". Assim, diz. "é fundamental estabelecer um quadro que garanta uma transformação cuidadosamente gerida para alcançar com sucesso a descarbonização e a digitalização da economia."

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