OE2020: Aumento de salários na função pública é o possível, diz o secretário de Estado da Administração Pública

20-02-2020
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José Couto falava aos jornalista no fim de mais uma ronda negocial com as estruturas sindicais da administração pública, na qual apresentou uma proposta final que mantém a atualização salarial de 0,3% no próximo ano, decidida antes da aprovação do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), e que reforça de sete para 10 euros o aumento dos funcionários públicos que se encontram nas posições mais baixas da Tabela Remuneratória Única (TRU).

De acordo com os valores referidos pelo secretário de Estado, a atualização salarial da função pública em 2020 – a primeira desde 2009 – tem um custo de cerca de 95 milhões de euros, dos quais 26 milhões de euros correspondem à parcela da despesa com o aumento de 10 euros dos assistentes operacionais e técnicos que se encontram nos níveis 4 e 5 da TRU, ou seja, cuja remuneração atual está entre os 635,07 euros e os 683,13 euros.

Para 2021, e tal como já tinha sido referido pelo primeiro-ministro, António Costa, o secretário de Estado afirmou que o aumento será em linha com a inflação esperada para 2020 (1%), com o Governo a comprometer-se com este patamar mínimo caso a inflação registada seja inferior ou a cobrir a diferença, se superior.

Num comunicado emitido no final das reuniões com os sindicatos realizadas no dia 10 de fevereiro, o Ministério da Modernização dos Estado e da Administração Pública reiterava “o compromisso já assumido para 2021 de proceder a uma atualização salarial igual à taxa de inflação de 2020 inscrita no OE2020, garantindo que, se a taxa de inflação deste ano se situar acima da previsão, o aumento corresponderá à taxa efetivamente observada”, sendo que “no caso de a inflação verificada este ano ser inferior à estimada, o Governo compromete-se a manter o referencial mais elevado utilizado como estimativa no OE2020”.

Justificando a solução encontrada para 2020, José Couto precisou que o Governo “sempre disse que chegaria onde pudesse chegar com solidez" e recusou as acusações de que este processo negocial – reaberto já depois da aprovação do OE2020 – tenha sido um embuste, assinalando que foram dados “passos firmes” e que esta proposta permite reforçar os salários mais baixos.

“Quando há uma proposta do Governo e contrapropostas [dos sindicatos]” de valor muito superior, há “dificuldades de aproximação", referiu para precisar “que o caminho faz-se caminhando” e que há ainda um conjunto de matérias para negociar no âmbito do quadro plurianual.

Questionado sobre a ausência de qualquer resposta do Governo à expectativa dos dirigentes sindicais de que desta negociação pudesse sair um aumento de subsídio de refeição ou a reposição dos 25 dias úteis de férias, José Couto respondeu que nestas reuniões foram colocadas várias propostas, mas que a solução a que se chegou foi a do aumento reforçado de 10 euros para os funcionários públicos com remunerações mais baixas.

O desfecho deste processo negocial desagradou aos dirigentes da Frente Comum, Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) e da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) que saíram da reunião a assinalar disponibilidade para equacionar formas de luta e estudar uma resposta dos trabalhadores.

José Couto falava aos jornalista no fim de mais uma ronda negocial com as estruturas sindicais da administração pública, na qual apresentou uma proposta final que mantém a atualização salarial de 0,3% no próximo ano, decidida antes da aprovação do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), e que reforça de sete para 10 euros o aumento dos funcionários públicos que se encontram nas posições mais baixas da Tabela Remuneratória Única (TRU).

De acordo com os valores referidos pelo secretário de Estado, a atualização salarial da função pública em 2020 – a primeira desde 2009 – tem um custo de cerca de 95 milhões de euros, dos quais 26 milhões de euros correspondem à parcela da despesa com o aumento de 10 euros dos assistentes operacionais e técnicos que se encontram nos níveis 4 e 5 da TRU, ou seja, cuja remuneração atual está entre os 635,07 euros e os 683,13 euros.

Para 2021, e tal como já tinha sido referido pelo primeiro-ministro, António Costa, o secretário de Estado afirmou que o aumento será em linha com a inflação esperada para 2020 (1%), com o Governo a comprometer-se com este patamar mínimo caso a inflação registada seja inferior ou a cobrir a diferença, se superior.

Num comunicado emitido no final das reuniões com os sindicatos realizadas no dia 10 de fevereiro, o Ministério da Modernização dos Estado e da Administração Pública reiterava “o compromisso já assumido para 2021 de proceder a uma atualização salarial igual à taxa de inflação de 2020 inscrita no OE2020, garantindo que, se a taxa de inflação deste ano se situar acima da previsão, o aumento corresponderá à taxa efetivamente observada”, sendo que “no caso de a inflação verificada este ano ser inferior à estimada, o Governo compromete-se a manter o referencial mais elevado utilizado como estimativa no OE2020”.

Justificando a solução encontrada para 2020, José Couto precisou que o Governo “sempre disse que chegaria onde pudesse chegar com solidez" e recusou as acusações de que este processo negocial – reaberto já depois da aprovação do OE2020 – tenha sido um embuste, assinalando que foram dados “passos firmes” e que esta proposta permite reforçar os salários mais baixos.

“Quando há uma proposta do Governo e contrapropostas [dos sindicatos]” de valor muito superior, há “dificuldades de aproximação", referiu para precisar “que o caminho faz-se caminhando” e que há ainda um conjunto de matérias para negociar no âmbito do quadro plurianual.

Questionado sobre a ausência de qualquer resposta do Governo à expectativa dos dirigentes sindicais de que desta negociação pudesse sair um aumento de subsídio de refeição ou a reposição dos 25 dias úteis de férias, José Couto respondeu que nestas reuniões foram colocadas várias propostas, mas que a solução a que se chegou foi a do aumento reforçado de 10 euros para os funcionários públicos com remunerações mais baixas.

O desfecho deste processo negocial desagradou aos dirigentes da Frente Comum, Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) e da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) que saíram da reunião a assinalar disponibilidade para equacionar formas de luta e estudar uma resposta dos trabalhadores.

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