Dezanove elementos do Governo têm ligações empresariais. Algumas não foram declaradas nos registos de interesses

15-03-2020
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Sete ministros e 12 secretários de Estado do atual Governo têm ligações diretas ou indiretas a empresas, ou seja, ou são sócios ou vivem maritalmente com quem tem quota em empresas, revela o “Público” esta terça-feira. Algumas desta ligações não foram declaradas nos registos de interesses, aponta a investigação do jornal.

Nuno Artur Silva, por exemplo, além de ser dono direto de um parte das Produções Fictícias (PF), foi, até há pouco tempo, proprietário de parte restante da produtora através de uma empresa chamada Seems.

O jornal revela que a Seems se trata de uma SGPS unipessoal criada a partir das PF em 2010, com Nuno Artur Silva como único dono de todas as quotas, e cuja gerência fora assumida pela mulher em 2015, quando aquele entrou para a administração da RTP. A empresa só foi dissolvida a 30 de Dezembro de 2019.

Por sua vez, João Catarino, secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, é acionista de três empresas em Proença-a-Nova. A esposa é ainda a sócia-gerente (com 55%) da empresa Aeroflora – com seis contratos com entidades estatais, sobretudo autarquias, no valor de 118 mil euros.

Vilma Marlene da Silva, esposa do secretário de Estado da Mobilidade Eduardo Pinheiro, detém 10% da empresa de consultoria em planeamento Território XXI. Em 2015, quando abriu atividade, eram 70%. Desde então já recebeu do Estado 1,945 milhões de euros em 32 contratos com municípios.

Catarina Sarmento de Matos indica no seu registo de interesses que tem uma quota pessoal de 500 euros (10%) na empresa de artigos de desporto Nautipro, em São Pedro de Moel, com o marido. O marido da governante é, no entanto, sócio noutras quatro empresas – e isso não consta no registo de interesses da secretária de Estado, o que é obrigatório.

O secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Mário Belo Morgado, declara ter 165 ações da Azul Lusitano, uma sociedade gestora de participações sociais com sede no Luxemburgo. Esta empresa é dona de outra sociedade de prestação de serviços, com o mesmo nome, em Portugal, que tem como gerente um familiar do secretário de Estado que é igualmente gerente ou sócio-gerente numa lista de mais 13 empresas.

Carlos Miguel, secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, declara ter uma participação de 5000 euros numa Cooperativa de Comunicação e Cultura, em Torres Vedras. Até junho de 2018, foi sócio-gerente da empresa imobiliária Árvore de Papel, quando já estava no Governo com a pasta das Autarquias Locais, acumulando ilegalmente os cargos.

Sete ministros e 12 secretários de Estado do atual Governo têm ligações diretas ou indiretas a empresas, ou seja, ou são sócios ou vivem maritalmente com quem tem quota em empresas, revela o “Público” esta terça-feira. Algumas desta ligações não foram declaradas nos registos de interesses, aponta a investigação do jornal.

Nuno Artur Silva, por exemplo, além de ser dono direto de um parte das Produções Fictícias (PF), foi, até há pouco tempo, proprietário de parte restante da produtora através de uma empresa chamada Seems.

O jornal revela que a Seems se trata de uma SGPS unipessoal criada a partir das PF em 2010, com Nuno Artur Silva como único dono de todas as quotas, e cuja gerência fora assumida pela mulher em 2015, quando aquele entrou para a administração da RTP. A empresa só foi dissolvida a 30 de Dezembro de 2019.

Por sua vez, João Catarino, secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, é acionista de três empresas em Proença-a-Nova. A esposa é ainda a sócia-gerente (com 55%) da empresa Aeroflora – com seis contratos com entidades estatais, sobretudo autarquias, no valor de 118 mil euros.

Vilma Marlene da Silva, esposa do secretário de Estado da Mobilidade Eduardo Pinheiro, detém 10% da empresa de consultoria em planeamento Território XXI. Em 2015, quando abriu atividade, eram 70%. Desde então já recebeu do Estado 1,945 milhões de euros em 32 contratos com municípios.

Catarina Sarmento de Matos indica no seu registo de interesses que tem uma quota pessoal de 500 euros (10%) na empresa de artigos de desporto Nautipro, em São Pedro de Moel, com o marido. O marido da governante é, no entanto, sócio noutras quatro empresas – e isso não consta no registo de interesses da secretária de Estado, o que é obrigatório.

O secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Mário Belo Morgado, declara ter 165 ações da Azul Lusitano, uma sociedade gestora de participações sociais com sede no Luxemburgo. Esta empresa é dona de outra sociedade de prestação de serviços, com o mesmo nome, em Portugal, que tem como gerente um familiar do secretário de Estado que é igualmente gerente ou sócio-gerente numa lista de mais 13 empresas.

Carlos Miguel, secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, declara ter uma participação de 5000 euros numa Cooperativa de Comunicação e Cultura, em Torres Vedras. Até junho de 2018, foi sócio-gerente da empresa imobiliária Árvore de Papel, quando já estava no Governo com a pasta das Autarquias Locais, acumulando ilegalmente os cargos.

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