Depressão Dora. Proteção Civil espera desagravamento de condições meteorológicas no final de sábado

04-12-2020
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A depressão Dora, que está a afetar Portugal Continental, chegou na madrugada desta sexta-feira e trouxe chuva, ventos fortes, agitação marítima, mas também muita neve.

As condições meteorológicas adversas devem manter-se por mais 24 horas, confirmou o novo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes, que tomou posse esta sexta-feira.

“Mantemo-nos em estreita articulação com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), mas prevê-se que esta situação demorará mais 24 horas, com desagravamento no final do dia de amanhã [sábado]”, afirmou André Fernandes, assinalando a “relativa calma” do ponto de situação sobre os efeitos da depressão Dora em Portugal continental.

Em declarações aos jornalistas após a cerimónia, na qual esteve presente a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, o dirigente recém-empossado circunscreveu um impacto significativo do mau tempo a algumas regiões, com especial enfoque no Norte e nas terras altas.

Apenas algumas regiões do Norte, nomeadamente as regiões de Peneda-Perês, Estrela e o distrito de Viseu, têm alguma neve e a afetação normal neste tipo de situações. Há alguma queda de árvores, mas, do ponto de vista geral, estamos a acompanhar a situação e não há nada digno de registo”, sintetizou.

Proteção Civil registou 144 ocorrências até às 12h

A Proteção Civil registou, entre as 00h e as 12h desta sexta-feira, 144 ocorrências, a maioria relacionadas com a queda de árvores e neve. Em declarações à agência Lusa, o comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) Carlos Pereira avançou que, das 144 ocorrências, 68 foram relacionadas com queda de árvores e 48 de desobstrução de vias devido à neve.

Os distritos mais afetados foram Vila Real, Viseu, Coimbra e Leiria, referiu. A maior parte das ocorrências registaram-se entre as 9h e as 12h, hora em que “as pessoas começaram a sair de casa” e a ir para o trabalho. Até às 9h, a Proteção Civil tinha registo de 44 ocorrências, a maioria também relacionadas com a queda de árvores e de neve, de acordo com um balanço anterior feito à Lusa.

Segundo Carlos Pereira, nas últimas horas a situação tem estabilizado e “pouco mais tem havido”. O comandante notou também que as estradas de acesso ao maciço central da Serra da Estrela continuam encerradas devido à queda de neve. Carlos Pereira renovou ainda o apelo para que a população evite “circular perto da orla costeira”, devido à agitação marítima.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou sob aviso vermelho, o mais grave de uma escala de quatro, os distritos de Lisboa e Leiria devido à previsão de agitação marítima forte na sequência dos efeitos da depressão Dora em Portugal continental.

Estes dois distritos vão estar sob aviso vermelho, o mais grave de uma escala de quatro, entre as 12h e as 21h desta sexta-feira por causa da agitação marítima, prevendo-se ondas de noroeste com 7 a 8 metros de altura significativa, podendo atingir 14 metros de altura máxima.

Por causa da agitação marítima forte, o IPMA colocou também a costa dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Setúbal, Beja e Faro, o norte da Madeira e Porto Santo sob aviso laranja até às 00h de domingo.

O IPMA emitiu um aviso amarelo para os distritos de Braga, Vila Real, Viana do Castelo, Porto, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco devido à queda de neve acima de 1.400/1.600 metros, descendo gradualmente a cota para 700/900 metros, até às 6h de domingo.

Sob aviso amarelo (menos grave) estão ainda os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda e Castelo Branco devido à previsão de vento forte de noroeste, com rajadas até 95 quilómetros por hora nas terras altas até às 6h de sábado.

Viseu com estradas encerradas

As Estradas Nacionais (EN) 2 e 321 encontram-se cortadas devido à queda de neve registada na madrugada desta sexta-feira no norte do distrito de Viseu, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS). A EN 321 está cortada entre Castro Daire e Cinfães, na zona da serra do Montemuro, e a EN2 entre Castro Daire e Lamego, em Bigorne.

“Os limpa-neves estão a trabalhar desde as seis da manhã. Há situações esporádicas de carros que não conseguem andar, mas depois, quando passam os limpa-neves, circulam normalmente”, sublinhou o CDOS.

Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu, as Estradas Nacionais (EN) 2 e 321 encontram-se cortadas devido à queda de neve registada na madrugada desta sexta-feira no norte do distrito.

No distrito de Vila Real, as estradas também estiveram cortadas

A neve afetou algumas vias do distrito que chegaram a estar cortadas, como o Itinerário principal (IP4), a partir do nó da Campeã (concelho de Vila Real), as estradas nacionais 101(Mesão Frio — Amarante) e 312 (Carreira de Lebre — Ribeira de Pena), a Estrada Regional 311 (Boticas — Montalegre) e a Estrada Municipal 520 (Carvalhelhos — Alturas de Barroso).

Com circulação condicionada estiveram a Autoestrada 4 (A4), saída do Túnel do Marão (Vila Real) e as estradas nacional 304 (Campeã — Alto do Bolão) e 206 (serra da Padrela).

De acordo com o Comando Territorial de Vila Real, pelas 16h, “já não se encontram registados itinerários com condicionamentos à circulação rodoviária” motivados pela queda de neve. No entanto, “dada a probabilidade de formação de gelo” a GNR recomendou aos automobilistas que circulem “com a máxima precaução”.

Montalegre fechou escolas devido ao forte nevação

David Teixeira, vice-presidente da Câmara de Montalegre, distrito de Vila Real, disse à agência Lusa que os alunos do Agrupamento de Escolas Doutor Bento da Cruz vão ficar em casa por precaução e porque as previsões apontam para um agravamento do estado do tempo durante o dia.

As pessoas das terras altas – especialmente acima dos 600 metros de altitude e das regiões mais a Norte, acordaram com as casas ‘pintadas de branco’.

Linha do Metro do Porto interrompida em Gondomar devido a queda de árvore

A circulação do Metro do Porto na Linha Laranja (F) está interrompida em ambas as vias entre as estações da Levada e de Baguim, em Gondomar, devido à queda de uma árvore, adiantou esta sexta-feira à Lusa fonte da empresa.

A reparação dos estragos provocados pela árvore, que caiu sobre a via na zona de Rio Tinto, será uma operação bastante demorada, não havendo uma previsão exata para a retoma da circulação”, sublinhou, numa informação escrita à Lusa.

A Metro do Porto disponibiliza um serviço de transporte alternativo em autocarro com paragem nas estações Levada, Rio Tinto, Campaínha e Baguim, referiu. Contactada pela Lusa, fonte da empresa referiu que a árvore, de grande porte, caiu sobre a via às 11h48.

A queda da árvore provocou estragos em catenárias e destruiu braços de suspensão das catenárias, acrescentou a fonte.

Lisboa aciona fase preventiva do plano para proteger sem-abrigo do frio

A Câmara de Lisboa acionou a fase preventiva (azul) do plano de contingência para proteger os sem-abrigo do frio, devido à descida de temperatura prevista, foi esta sexta-feira anunciado.

Em comunicado, o gabinete do vereador dos Direitos Sociais, Manuel Grilo (BE), destaca que até domingo será dada uma resposta de “reforço de roupa, bebidas quentes e facilidade no acesso a equipamentos que possam promover a redução de risco de saúde das pessoas que se encontram na rua”.

Na nota é adiantado que as circunstâncias ainda não cumprem os critérios da Proteção Civil para a abertura de um pavilhão específico para acolher as pessoas em situação de sem-abrigo.

No entanto, “as equipas técnicas que todos os dias acompanham quem está na rua terão especial atenção às necessidades decorrentes da baixa de temperatura”, refere o gabinete do responsável pela pasta dos Direitos Sociais na autarquia.

A depressão Dora, que está a afetar Portugal Continental, chegou na madrugada desta sexta-feira e trouxe chuva, ventos fortes, agitação marítima, mas também muita neve.

As condições meteorológicas adversas devem manter-se por mais 24 horas, confirmou o novo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes, que tomou posse esta sexta-feira.

“Mantemo-nos em estreita articulação com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), mas prevê-se que esta situação demorará mais 24 horas, com desagravamento no final do dia de amanhã [sábado]”, afirmou André Fernandes, assinalando a “relativa calma” do ponto de situação sobre os efeitos da depressão Dora em Portugal continental.

Em declarações aos jornalistas após a cerimónia, na qual esteve presente a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, o dirigente recém-empossado circunscreveu um impacto significativo do mau tempo a algumas regiões, com especial enfoque no Norte e nas terras altas.

Apenas algumas regiões do Norte, nomeadamente as regiões de Peneda-Perês, Estrela e o distrito de Viseu, têm alguma neve e a afetação normal neste tipo de situações. Há alguma queda de árvores, mas, do ponto de vista geral, estamos a acompanhar a situação e não há nada digno de registo”, sintetizou.

Proteção Civil registou 144 ocorrências até às 12h

A Proteção Civil registou, entre as 00h e as 12h desta sexta-feira, 144 ocorrências, a maioria relacionadas com a queda de árvores e neve. Em declarações à agência Lusa, o comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) Carlos Pereira avançou que, das 144 ocorrências, 68 foram relacionadas com queda de árvores e 48 de desobstrução de vias devido à neve.

Os distritos mais afetados foram Vila Real, Viseu, Coimbra e Leiria, referiu. A maior parte das ocorrências registaram-se entre as 9h e as 12h, hora em que “as pessoas começaram a sair de casa” e a ir para o trabalho. Até às 9h, a Proteção Civil tinha registo de 44 ocorrências, a maioria também relacionadas com a queda de árvores e de neve, de acordo com um balanço anterior feito à Lusa.

Segundo Carlos Pereira, nas últimas horas a situação tem estabilizado e “pouco mais tem havido”. O comandante notou também que as estradas de acesso ao maciço central da Serra da Estrela continuam encerradas devido à queda de neve. Carlos Pereira renovou ainda o apelo para que a população evite “circular perto da orla costeira”, devido à agitação marítima.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou sob aviso vermelho, o mais grave de uma escala de quatro, os distritos de Lisboa e Leiria devido à previsão de agitação marítima forte na sequência dos efeitos da depressão Dora em Portugal continental.

Estes dois distritos vão estar sob aviso vermelho, o mais grave de uma escala de quatro, entre as 12h e as 21h desta sexta-feira por causa da agitação marítima, prevendo-se ondas de noroeste com 7 a 8 metros de altura significativa, podendo atingir 14 metros de altura máxima.

Por causa da agitação marítima forte, o IPMA colocou também a costa dos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Setúbal, Beja e Faro, o norte da Madeira e Porto Santo sob aviso laranja até às 00h de domingo.

O IPMA emitiu um aviso amarelo para os distritos de Braga, Vila Real, Viana do Castelo, Porto, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco devido à queda de neve acima de 1.400/1.600 metros, descendo gradualmente a cota para 700/900 metros, até às 6h de domingo.

Sob aviso amarelo (menos grave) estão ainda os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda e Castelo Branco devido à previsão de vento forte de noroeste, com rajadas até 95 quilómetros por hora nas terras altas até às 6h de sábado.

Viseu com estradas encerradas

As Estradas Nacionais (EN) 2 e 321 encontram-se cortadas devido à queda de neve registada na madrugada desta sexta-feira no norte do distrito de Viseu, disse à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS). A EN 321 está cortada entre Castro Daire e Cinfães, na zona da serra do Montemuro, e a EN2 entre Castro Daire e Lamego, em Bigorne.

“Os limpa-neves estão a trabalhar desde as seis da manhã. Há situações esporádicas de carros que não conseguem andar, mas depois, quando passam os limpa-neves, circulam normalmente”, sublinhou o CDOS.

Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu, as Estradas Nacionais (EN) 2 e 321 encontram-se cortadas devido à queda de neve registada na madrugada desta sexta-feira no norte do distrito.

No distrito de Vila Real, as estradas também estiveram cortadas

A neve afetou algumas vias do distrito que chegaram a estar cortadas, como o Itinerário principal (IP4), a partir do nó da Campeã (concelho de Vila Real), as estradas nacionais 101(Mesão Frio — Amarante) e 312 (Carreira de Lebre — Ribeira de Pena), a Estrada Regional 311 (Boticas — Montalegre) e a Estrada Municipal 520 (Carvalhelhos — Alturas de Barroso).

Com circulação condicionada estiveram a Autoestrada 4 (A4), saída do Túnel do Marão (Vila Real) e as estradas nacional 304 (Campeã — Alto do Bolão) e 206 (serra da Padrela).

De acordo com o Comando Territorial de Vila Real, pelas 16h, “já não se encontram registados itinerários com condicionamentos à circulação rodoviária” motivados pela queda de neve. No entanto, “dada a probabilidade de formação de gelo” a GNR recomendou aos automobilistas que circulem “com a máxima precaução”.

Montalegre fechou escolas devido ao forte nevação

David Teixeira, vice-presidente da Câmara de Montalegre, distrito de Vila Real, disse à agência Lusa que os alunos do Agrupamento de Escolas Doutor Bento da Cruz vão ficar em casa por precaução e porque as previsões apontam para um agravamento do estado do tempo durante o dia.

As pessoas das terras altas – especialmente acima dos 600 metros de altitude e das regiões mais a Norte, acordaram com as casas ‘pintadas de branco’.

Linha do Metro do Porto interrompida em Gondomar devido a queda de árvore

A circulação do Metro do Porto na Linha Laranja (F) está interrompida em ambas as vias entre as estações da Levada e de Baguim, em Gondomar, devido à queda de uma árvore, adiantou esta sexta-feira à Lusa fonte da empresa.

A reparação dos estragos provocados pela árvore, que caiu sobre a via na zona de Rio Tinto, será uma operação bastante demorada, não havendo uma previsão exata para a retoma da circulação”, sublinhou, numa informação escrita à Lusa.

A Metro do Porto disponibiliza um serviço de transporte alternativo em autocarro com paragem nas estações Levada, Rio Tinto, Campaínha e Baguim, referiu. Contactada pela Lusa, fonte da empresa referiu que a árvore, de grande porte, caiu sobre a via às 11h48.

A queda da árvore provocou estragos em catenárias e destruiu braços de suspensão das catenárias, acrescentou a fonte.

Lisboa aciona fase preventiva do plano para proteger sem-abrigo do frio

A Câmara de Lisboa acionou a fase preventiva (azul) do plano de contingência para proteger os sem-abrigo do frio, devido à descida de temperatura prevista, foi esta sexta-feira anunciado.

Em comunicado, o gabinete do vereador dos Direitos Sociais, Manuel Grilo (BE), destaca que até domingo será dada uma resposta de “reforço de roupa, bebidas quentes e facilidade no acesso a equipamentos que possam promover a redução de risco de saúde das pessoas que se encontram na rua”.

Na nota é adiantado que as circunstâncias ainda não cumprem os critérios da Proteção Civil para a abertura de um pavilhão específico para acolher as pessoas em situação de sem-abrigo.

No entanto, “as equipas técnicas que todos os dias acompanham quem está na rua terão especial atenção às necessidades decorrentes da baixa de temperatura”, refere o gabinete do responsável pela pasta dos Direitos Sociais na autarquia.

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