Ao contrário de Greta Thunberg, o ministro do Ambiente considerou muito positiva a proposta de Lei do Clima da UE

07-03-2020
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Em declarações aos jornalistas depois de participar numa reunião de ministros do Ambiente da União Europeia (UE), que contou também com a participação da jovem ativista sueca, João Pedro Matos Fernandes saudou a “fixação por lei da obrigação de toda a UE ser neutra em carbono em 2050” e sublinhou que só não ficam consagradas na legislação as metas para 2030 por questões práticas.

“Apesar de haver um conjunto de países, e entre eles Portugal, que querem que essas metas sejam definidas já em junho, para, de forma muito serena, podermos ir à próxima COP [Conferência das Partes] do Clima em Glasgow com uma posição única e comprometida, no melhor dos sentidos, por parte da UE, percebemos que a Comissão tem regras próprias e que não vai ser fácil fixar essas regras para 2030” disse, exemplificando com “o caso do plano nacional de energia e clima da Polónia, que prevê apenas suma redução de emissões em 7%”.

Notando que, por isso, “muito dificilmente antes de setembro vai ser possível fixar essas mesmas regras [para 2030]”, o ministro defendeu que tal “não deveria atrasar a aprovação da própria lei” apresentada na quarta-feira pelo executivo comunitário, e salientou que a meta vinculativa de neutralidade carbónica da UE para 2050 “é um facto muito relevante e que não pode de forma alguma ser colocado em segundo lugar”.

“Não há nenhuma região do mundo que tenha tido este grau de compromisso. Repito, Portugal é um dos países mais progressistas dentro dos membros da UE, e é de facto muito positivo esta obrigação”, disse, admitindo que, em matéria de cumprimento das metas, Portugal está numa “posição confortável”, pois “está a fazer o grande esforço da redução das emissões nesta década de [20]20/30”.

Questionado sobre as intervenções de Greta Thunberg, Matos Fernandes começou por dizer que o papel da ativista “é fundamental”.

“Fundamental. Fundamental para conseguir que a geração dela, a minha geração, a geração dos meus pais perceba melhor o que está em causa e que tem que fazer aqui um esforço muito grande e é esse esforço que a UE está a fazer”, apontou.

Já quanto às críticas de Greta Thunberg à Lei Europeia do Clima, que a ativista classificou como uma “capitulação”, o ministro discordou em absoluto, voltando a realçar o papel de liderança da UE.

“Esta é uma lei que faz aquilo que nunca nenhuma outra tinha feito, que é de facto ser obrigatório em 2050 este continente – que não é o continente todo, mas este conjunto de Estados-membros e uma economia tão importante no mundo e responsável por uma parcela grande de emissões – seja neutra em carbono”, sublinhou.

Reforçando que percebe “aqueles que gostariam que houvesse já também metas fixadas na lei para 2030”, o ministro insistiu que “essas metas vão ser fixadas ao lado da lei certamente no próximo mês de setembro” e salientou que, se porventura, “na altura a própria lei ainda estiver longe de ser aprovada, talvez possam vir a ser incorporadas” já no texto legislativo.

Greta Thunberg teceu duras críticas à proposta de Lei Europeia do Clima adotada na véspera pela Comissão Europeia, numa reunião à qual assistiu, considerando que se trata de uma "capitulação" perante a crise climática.

“Não faz nenhum sentido. Se a nossa casa está em chamas, não esperamos uns anos para apagar o fogo. No entanto, é isso que a Comissão propõe hoje”, disse, referindo-se à proposta de lei adotada pelo executivo comunitário com o objetivo de garantir a neutralidade carbónica da União Europeia num horizonte temporal de 30 anos (até 2050).

A Comissão Europeia adotou uma proposta legislativa para garantir o cumprimento do compromisso recentemente assumido pela União Europeia de alcançar a neutralidade carbónica até 2050, um dos pilares do Pacto Ecológico, a grande ‘bandeira’ da Comissão liderada por Ursula von der Leyen.

Em declarações aos jornalistas depois de participar numa reunião de ministros do Ambiente da União Europeia (UE), que contou também com a participação da jovem ativista sueca, João Pedro Matos Fernandes saudou a “fixação por lei da obrigação de toda a UE ser neutra em carbono em 2050” e sublinhou que só não ficam consagradas na legislação as metas para 2030 por questões práticas.

“Apesar de haver um conjunto de países, e entre eles Portugal, que querem que essas metas sejam definidas já em junho, para, de forma muito serena, podermos ir à próxima COP [Conferência das Partes] do Clima em Glasgow com uma posição única e comprometida, no melhor dos sentidos, por parte da UE, percebemos que a Comissão tem regras próprias e que não vai ser fácil fixar essas regras para 2030” disse, exemplificando com “o caso do plano nacional de energia e clima da Polónia, que prevê apenas suma redução de emissões em 7%”.

Notando que, por isso, “muito dificilmente antes de setembro vai ser possível fixar essas mesmas regras [para 2030]”, o ministro defendeu que tal “não deveria atrasar a aprovação da própria lei” apresentada na quarta-feira pelo executivo comunitário, e salientou que a meta vinculativa de neutralidade carbónica da UE para 2050 “é um facto muito relevante e que não pode de forma alguma ser colocado em segundo lugar”.

“Não há nenhuma região do mundo que tenha tido este grau de compromisso. Repito, Portugal é um dos países mais progressistas dentro dos membros da UE, e é de facto muito positivo esta obrigação”, disse, admitindo que, em matéria de cumprimento das metas, Portugal está numa “posição confortável”, pois “está a fazer o grande esforço da redução das emissões nesta década de [20]20/30”.

Questionado sobre as intervenções de Greta Thunberg, Matos Fernandes começou por dizer que o papel da ativista “é fundamental”.

“Fundamental. Fundamental para conseguir que a geração dela, a minha geração, a geração dos meus pais perceba melhor o que está em causa e que tem que fazer aqui um esforço muito grande e é esse esforço que a UE está a fazer”, apontou.

Já quanto às críticas de Greta Thunberg à Lei Europeia do Clima, que a ativista classificou como uma “capitulação”, o ministro discordou em absoluto, voltando a realçar o papel de liderança da UE.

“Esta é uma lei que faz aquilo que nunca nenhuma outra tinha feito, que é de facto ser obrigatório em 2050 este continente – que não é o continente todo, mas este conjunto de Estados-membros e uma economia tão importante no mundo e responsável por uma parcela grande de emissões – seja neutra em carbono”, sublinhou.

Reforçando que percebe “aqueles que gostariam que houvesse já também metas fixadas na lei para 2030”, o ministro insistiu que “essas metas vão ser fixadas ao lado da lei certamente no próximo mês de setembro” e salientou que, se porventura, “na altura a própria lei ainda estiver longe de ser aprovada, talvez possam vir a ser incorporadas” já no texto legislativo.

Greta Thunberg teceu duras críticas à proposta de Lei Europeia do Clima adotada na véspera pela Comissão Europeia, numa reunião à qual assistiu, considerando que se trata de uma "capitulação" perante a crise climática.

“Não faz nenhum sentido. Se a nossa casa está em chamas, não esperamos uns anos para apagar o fogo. No entanto, é isso que a Comissão propõe hoje”, disse, referindo-se à proposta de lei adotada pelo executivo comunitário com o objetivo de garantir a neutralidade carbónica da União Europeia num horizonte temporal de 30 anos (até 2050).

A Comissão Europeia adotou uma proposta legislativa para garantir o cumprimento do compromisso recentemente assumido pela União Europeia de alcançar a neutralidade carbónica até 2050, um dos pilares do Pacto Ecológico, a grande ‘bandeira’ da Comissão liderada por Ursula von der Leyen.

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