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Governo avança com quatro medidas para mitigar impacto da covid-19 no combate aos incêndios
A secretária de Estado da Administração Interna adiantou que existem vários planos de contingência ao nível da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e das diferentes forças que integram o dispositivo.
Lusa
13 de Maio de 2020, 14:12
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Patrícia Gaspar
ANTvìNIO COTRIM
A secretária de Estado da Administração Interna anunciou nesta quarta-feira que estão previstas “quatro grandes medidas” para mitigar “o eventual impacto da redução de operacionais” que possam ficar infectados com covid-19 durante os meses de combate a incêndios rurais.Na comissão parlamentar de Agricultura e Mar, Patrícia Gaspar afirmou que “a redução do risco de contaminação por covid-19” entre os operacionais envolvidos no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIR) é um “aspecto absolutamente fundamental este ano”.
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A secretária de Estado adiantou que existem vários planos de contingência ao nível da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e das diferentes forças que integram o dispositivo.
Segundo a governante, a ANEPC está a ultimar um documento operacional “com regras muito específicas para actuação no teatro de operação” e existem medidas prevista para “mitigar o impacto da eventual redução” de operacionais resultante de casos de infecção com o novo coronavírus, que provoca a doença covid-19.“Temos neste momento quatro grandes medidas pensadas, que têm a ver com a rotatividade do dispositivo, utilização de forças de redundância, balanceamento (equilíbrio) de meios entre distritos e reforço da vigilância em áreas críticas”, disse a secretária de Estado na sua intervenção inicial.Para Patrícia Gaspar, o DECIR em 2020 tem o desafio de garantir o combate aos incêndios rurais e a protecção da floresta e, em simultâneo, proteger os operacionais que possam contrair covid-19, sendo por isso necessário “mitigar eventuais impactos desta situação”.O DECIR conta este ano com 11.827 operacionais, apoiados por 2.664 veículos e 60 meios aéreos, o que representa, segundo Patrícia Gaspar, “um acréscimo de 3% face aos números de 2019 e um acréscimo de 18% face à média dos últimos anos”.A secretária de Estado destacou que este ano estão também previstos vários mecanismos de apoio e de reforço ao ataque ampliado, quando os incêndios atingem “situações de maior complexidade”.Como exemplo, referiu que estão previstos até 18 grupos de reforço em diferentes distritos que podem ser balanceados em função dos riscos e das ocorrências e equipas de postos de comando preparadas para incêndios de maior de complexidade, bem como equipas de reconhecimento e avaliação e máquinas pesados ao nível concelhio para apoiar a extinção e operações de rescaldo.
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“Os números são nesta fase de alguma forma encorajadores. O ano 2020 é o melhor dos últimos dez, quer em termos do número de ocorrências, quer em termos de área ardida”, sustentou.A secretária de Estado, que foi ouvida na comissão parlamentar de Agricultura e Mar sobre o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais para 2020, disse ainda que foram distribuídos 700 mil equipamentos de protecção individual pelos corpos de bombeiros no âmbito do material pago pelo Estado para combater a covid-19.
Patrícia Gaspar acrescentou que está a decorrer um concurso para aquisição de 10 mil equipamentos de protecção individual para combater incêndios, tendo este procedimento sofrido atrasos.
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