JORNAL DIGITAL LUSO: Falta de Orçamento do Estado enche parques da PSP com carros avariados

04-03-2020
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Há "dezenas e centenas" de carros e carrinhas paradas

© DR

Paulo
Rodrigues detalha que a falta de viaturas é transversal a vários
serviços, acrescentando que há mesmo várias divisões da PSP nas grandes
cidades que não têm disponível uma única carrinha para as Equipas de
Intervenção Rápida.

Em Lisboa há ainda casos de um carro patrulha usado por duas ou três esquadras.

Ouça as explicações dos polícias ao jornalista Nuno Guedes.

Carlos Meireles e Paulo Rodrigues explicam que a razão é o uso intensivo dado às viaturas da PSP, mas o
cenário agravou-se bastante no final de 2019 e início de 2020, sendo
que as explicações que lhes têm sido avançadas passam pela demora na
aprovação do Orçamento do Estado que obriga a gerir o orçamento policial
em duodécimos.
.

"Aquilo que no entanto não percebemos é
que várias dezenas ou mesmo centenas de viaturas estão completamente
inoperacionais apenas por pequenas avarias", adianta o dirigente da
ASPP. Em dezembro, por exemplo, conta Paulo Rodrigues, uma Equipa de
Intervenção Rápida teve de usar, num jogo do Benfica, uma viatura
vermelha de transporte de mercadorias porque não existia outra
disponível.

A falta de viaturas é transversal a vários serviços

© DR

Duas semanas para reparar um furo

O presidente do sindicato
dos chefes diz que "batemos no fundo" e avança um caso que se passou no
comando a que pertence: um carro novo teve um furo e esteve parado duas
semanas porque não existia dinheiro para reparar o pneu. "Isto não é
aceitável", afirma.

Carlos Meireles acrescenta que recentemente no
Porto pelo menos dois piquetes tiveram de andar apeados porque não
existiam viaturas disponíveis, sublinhando que o policiamento a pé tem
consequências negativas para a população e o cidadão comum. "Para os
polícias tanto faz andarem a pé ou de carro", diz.
.

"Como é óbvio a
resposta policial a um acidente demora mais tempo", sublinha Carlos
Meireles, pois "nós trabalhamos com as condições que o Estado nos dá".

O
presidente do sindicato dos chefes da PSP acredita que nunca viu tantos
polícias a andar a pé e que, "como se sabe, o Orçamento do Estado só
vai entrar em vigor em março"... Até lá "a PSP não tem verba e terá de
fazer milagres para reparar os veículos", conclui.

"Haverá sempre problemas nas forças de segurança", diz secretário de Estado

Confrontado
pela TSF com estes problemas que a PSP apresenta, o secretário de
Estado adjunto e da Administração Interna reconhece que a situação não
se resolve de um dia para o outro. No entanto, Antero Luís considera que
as dificuldades podem ser atenuadas se se fizer uma partilha de
serviços, como o Executivo sugere.

"Quando o Governo pôs no seu programa a questão dos serviços
partilhados, o que nós pretendemos no fundo é estudar soluções para
evitar estas situações", aponta o secretário de Estado. "Se nós
conseguirmos implementar, como está previsto, os serviços partilhados
entre as duas forças, por exemplo, das oficinas para reparação das
viaturas, provavelmente conseguiremos atenuar esse tipo de situações."

Antero Luís, entrevistado pelo jornalista Rui Silva, admite que este problema se pode estender por mais tempo.

O integrante do Governo admite que se trata de "milhares de viaturas, milhares de instalações".

Depois
de manifestar preocupação quanto aos efeitos da paralisação das forças
de segurança, Antero Luís considerou que "haverá sempre problemas nas
forças de segurança, mas a obrigação do Governo é ir resolvendo esses
problemas que vão aparecendo".

O secretário de Estado esclareceu à
TSF que tem havido avanços nas negociações entre os elementos GNR e
PSP. Contudo, Antero Luís não avançou em que áreas foram conseguidos
esses avanços.

Há "dezenas e centenas" de carros e carrinhas paradas

© DR

Paulo
Rodrigues detalha que a falta de viaturas é transversal a vários
serviços, acrescentando que há mesmo várias divisões da PSP nas grandes
cidades que não têm disponível uma única carrinha para as Equipas de
Intervenção Rápida.

Em Lisboa há ainda casos de um carro patrulha usado por duas ou três esquadras.

Ouça as explicações dos polícias ao jornalista Nuno Guedes.

Carlos Meireles e Paulo Rodrigues explicam que a razão é o uso intensivo dado às viaturas da PSP, mas o
cenário agravou-se bastante no final de 2019 e início de 2020, sendo
que as explicações que lhes têm sido avançadas passam pela demora na
aprovação do Orçamento do Estado que obriga a gerir o orçamento policial
em duodécimos.
.

"Aquilo que no entanto não percebemos é
que várias dezenas ou mesmo centenas de viaturas estão completamente
inoperacionais apenas por pequenas avarias", adianta o dirigente da
ASPP. Em dezembro, por exemplo, conta Paulo Rodrigues, uma Equipa de
Intervenção Rápida teve de usar, num jogo do Benfica, uma viatura
vermelha de transporte de mercadorias porque não existia outra
disponível.

A falta de viaturas é transversal a vários serviços

© DR

Duas semanas para reparar um furo

O presidente do sindicato
dos chefes diz que "batemos no fundo" e avança um caso que se passou no
comando a que pertence: um carro novo teve um furo e esteve parado duas
semanas porque não existia dinheiro para reparar o pneu. "Isto não é
aceitável", afirma.

Carlos Meireles acrescenta que recentemente no
Porto pelo menos dois piquetes tiveram de andar apeados porque não
existiam viaturas disponíveis, sublinhando que o policiamento a pé tem
consequências negativas para a população e o cidadão comum. "Para os
polícias tanto faz andarem a pé ou de carro", diz.
.

"Como é óbvio a
resposta policial a um acidente demora mais tempo", sublinha Carlos
Meireles, pois "nós trabalhamos com as condições que o Estado nos dá".

O
presidente do sindicato dos chefes da PSP acredita que nunca viu tantos
polícias a andar a pé e que, "como se sabe, o Orçamento do Estado só
vai entrar em vigor em março"... Até lá "a PSP não tem verba e terá de
fazer milagres para reparar os veículos", conclui.

"Haverá sempre problemas nas forças de segurança", diz secretário de Estado

Confrontado
pela TSF com estes problemas que a PSP apresenta, o secretário de
Estado adjunto e da Administração Interna reconhece que a situação não
se resolve de um dia para o outro. No entanto, Antero Luís considera que
as dificuldades podem ser atenuadas se se fizer uma partilha de
serviços, como o Executivo sugere.

"Quando o Governo pôs no seu programa a questão dos serviços
partilhados, o que nós pretendemos no fundo é estudar soluções para
evitar estas situações", aponta o secretário de Estado. "Se nós
conseguirmos implementar, como está previsto, os serviços partilhados
entre as duas forças, por exemplo, das oficinas para reparação das
viaturas, provavelmente conseguiremos atenuar esse tipo de situações."

Antero Luís, entrevistado pelo jornalista Rui Silva, admite que este problema se pode estender por mais tempo.

O integrante do Governo admite que se trata de "milhares de viaturas, milhares de instalações".

Depois
de manifestar preocupação quanto aos efeitos da paralisação das forças
de segurança, Antero Luís considerou que "haverá sempre problemas nas
forças de segurança, mas a obrigação do Governo é ir resolvendo esses
problemas que vão aparecendo".

O secretário de Estado esclareceu à
TSF que tem havido avanços nas negociações entre os elementos GNR e
PSP. Contudo, Antero Luís não avançou em que áreas foram conseguidos
esses avanços.

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