República Centro-Africana. 7.ª Força Nacional Destacada parte esta quarta-feira à noite

20-03-2020
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República Centro-Africana. 7.ª Força Nacional Destacada parte esta quarta-feira à noite

Este "é um dos mais exigentes cenários operacionais em que os militares portugueses estão envolvidos". Só este ano, cerca de 1.738 militares portugueses vão participar em 22 missões da NATO e UE.

Agência Lusa

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11 Mar 2020, 07:59

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▲A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias

TIAGO PETINGA/LUSA

▲A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias

TIAGO PETINGA/LUSA

A 7.ª Força Nacional Destacada, constituída por 180 militares, parte esta quarta-feira à noite para a República Centro-Africana (RCA), para integrar a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) naquele país, durante seis meses, foi anunciado.
De acordo com uma nota publicada na página na internet do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) portuguesas, este contingente é composto maioritariamente por paraquedistas, mas também integra “militares de outras unidades do Exército e ainda três controladores aéreos avançados da Força Aérea”. Os militares da 7.ª Força Nacional Destacada vão constituir a Força de Reação Rápida ao serviço da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da RCA (MINUSCA, na sigla inglesa).Segundo o discurso remetido à agência Lusa, o secretário de Estado da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, realçou que “este é um dos mais exigentes cenários operacionais em que os militares portugueses estão envolvidos”.O governante discursava durante a cerimónia de despedida deste contingente, no aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa, onde enalteceu que a presença portuguesa na RCA e a participação na MINUSCA representa “a manutenção do compromisso nacional para apoiar o processo de construção de paz sustentável” naquele país.

As Forças Nacionais Destacadas são, no quadro geral da política de defesa, um recurso extremamente valioso e insubstituível”, assegurou.A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.
O governo centro-africano controla um quinto do território, sendo o resto dividido por mais de 15 milícias que procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.Um acordo de paz foi assinado em Cartum, capital do Sudão, no início de fevereiro do ano passado pelo governo e por 14 grupos armados, e um mês mais tarde as partes entenderam-se sobre um governo inclusivo, no âmbito do processo de paz.Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da MINUSCA. Este ano, cerca de 1.738 militares portugueses vão participar em 22 missões da Organização do Tratado do Atlântico Norte, União Europeia, Nações Unidas e em missões bilaterais e multilaterais, que serão apoiadas por cinco navios, sete aeronaves e 66 viaturas táticas.De acordo com o documento disponibilizado em fevereiro na página oficial do EMGFA, a ONU vai integrar 474 militares em três missões, para as quais também foi destacada uma aeronave portuguesa C-295 e que participará numa missão de apoio ao “processo de transição” no Mali. Deste total, cerca de 197 militares e 66 viaturas táticas vão estar destacadas na RCA, para “apoiar a comunidade internacional na reforma do setor de segurança” daquele país.Segundo o documento divulgado, cerca de 41 militares portugueses vão também integrar a missão da União Europeia na RCA.

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11 Mar 2020, 07:59

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▲A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias

TIAGO PETINGA/LUSA

▲A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias

TIAGO PETINGA/LUSA

A 7.ª Força Nacional Destacada, constituída por 180 militares, parte esta quarta-feira à noite para a República Centro-Africana (RCA), para integrar a missão da Organização das Nações Unidas (ONU) naquele país, durante seis meses, foi anunciado.
De acordo com uma nota publicada na página na internet do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) portuguesas, este contingente é composto maioritariamente por paraquedistas, mas também integra “militares de outras unidades do Exército e ainda três controladores aéreos avançados da Força Aérea”. Os militares da 7.ª Força Nacional Destacada vão constituir a Força de Reação Rápida ao serviço da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da RCA (MINUSCA, na sigla inglesa).Segundo o discurso remetido à agência Lusa, o secretário de Estado da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, realçou que “este é um dos mais exigentes cenários operacionais em que os militares portugueses estão envolvidos”.O governante discursava durante a cerimónia de despedida deste contingente, no aeródromo de Figo Maduro, em Lisboa, onde enalteceu que a presença portuguesa na RCA e a participação na MINUSCA representa “a manutenção do compromisso nacional para apoiar o processo de construção de paz sustentável” naquele país.

As Forças Nacionais Destacadas são, no quadro geral da política de defesa, um recurso extremamente valioso e insubstituível”, assegurou.A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.
O governo centro-africano controla um quinto do território, sendo o resto dividido por mais de 15 milícias que procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.Um acordo de paz foi assinado em Cartum, capital do Sudão, no início de fevereiro do ano passado pelo governo e por 14 grupos armados, e um mês mais tarde as partes entenderam-se sobre um governo inclusivo, no âmbito do processo de paz.Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da MINUSCA. Este ano, cerca de 1.738 militares portugueses vão participar em 22 missões da Organização do Tratado do Atlântico Norte, União Europeia, Nações Unidas e em missões bilaterais e multilaterais, que serão apoiadas por cinco navios, sete aeronaves e 66 viaturas táticas.De acordo com o documento disponibilizado em fevereiro na página oficial do EMGFA, a ONU vai integrar 474 militares em três missões, para as quais também foi destacada uma aeronave portuguesa C-295 e que participará numa missão de apoio ao “processo de transição” no Mali. Deste total, cerca de 197 militares e 66 viaturas táticas vão estar destacadas na RCA, para “apoiar a comunidade internacional na reforma do setor de segurança” daquele país.Segundo o documento divulgado, cerca de 41 militares portugueses vão também integrar a missão da União Europeia na RCA.

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