Clima, pobreza e lições. As imagens do último dia das Conferências do Estoril

09-11-2019
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A sexta edição das Conferências do Estoril terminou esta quarta-feira com uma intervenção do Ministro das Finanças, Mário Centeno.

Ana Sanlez 29 Maio, 2019 • 23:35

O terceiro e último dia das Conferências do Estoril terminou como começou: com um governante a apelar a uma maior ação na luta contra as alterações climáticas. De manhã, o papel coube à Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino. Ao início da noite foi a vez de Mário Centeno a pedir a participação "de todos na construção deste futuro mais sustentável".

Sustentabilidade foi, aliás, a palavra de ordem do discurso do Ministro das Finanças, o último do evento bianual organizado pela Câmara de Cascais, desta vez em parceria com a Universidade Nova.

Primeiro no papel de ministro, Centeno começou por lembrar que a sustentabilidade "é um tema que nos une todas em as dimensões, seja social, económica ou financeira", e que "os recursos são finitos, por isso a sustentabilidade trabalha-se no presente com os olhos no futuro".

O ministro reconheceu que a ação climática foi um tema que "ganhou predominância no interesse dos portugueses" e que por isso "o investimento sustentável deve ser o novo paradigma dos mercados e das nossas sociedades".

Depois, já como presidente do Eurogrupo, como o próprio referiu, Mário Centeno discorreu sobre "o mais sustentável e prolongado período de recuperação económica que a Europa já viveu, com 24 trimestres consecutivos de crescimento".

No discurso de encerramento das Conferências, o ministro citou ainda Barack Obama, para dizer que "a Europa vive hoje o pináculo da civilização".

"Não há nem nunca houve no mundo nenhuma sociedade que beneficiou de mais rendimentos, saúde e educação. Estou convencido de que os europeus não sabem isto". Para o final ficou o apelo à participação ativa na construção de um futuro sustentável, porque "a Europa esta no melhor momento de sempre para o fazer".

Antes do encerramento oficial com o Ministro das Finanças, o auditório da Nova SBE ouviu as "lições do passado" de Durão Barroso e Jose Luis Zapatero. O último dia das Conferências ficou ainda marcado pela palestra da colunista do Washington Post e vencedora do Pulitzer em 2004 Anne Applebaum, sobre a crise da democracia.

De manhã o átrio da universidade já tinha estado repleto para ouvir o debate entre três prémios Nobel sobre a pobreza global enquanto crime contra a humanidade.

As Conferências do Estoril regressam em 2021 ao campus da Universidade Nova, em Carcavelos, assegurou no final o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras. Também o autarca não abandonou o palco sem fazer um apelo: "o vazio provocado pelo individualismo pede o regresso dos jovens à vida política. É contra os que têm medo que o medo acabe que os mais jovens têm de se erguer. Esta academia não lhes vai dar tréguas nem descanso".

A sexta edição das Conferências do Estoril terminou esta quarta-feira com uma intervenção do Ministro das Finanças, Mário Centeno.

Ana Sanlez 29 Maio, 2019 • 23:35

O terceiro e último dia das Conferências do Estoril terminou como começou: com um governante a apelar a uma maior ação na luta contra as alterações climáticas. De manhã, o papel coube à Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino. Ao início da noite foi a vez de Mário Centeno a pedir a participação "de todos na construção deste futuro mais sustentável".

Sustentabilidade foi, aliás, a palavra de ordem do discurso do Ministro das Finanças, o último do evento bianual organizado pela Câmara de Cascais, desta vez em parceria com a Universidade Nova.

Primeiro no papel de ministro, Centeno começou por lembrar que a sustentabilidade "é um tema que nos une todas em as dimensões, seja social, económica ou financeira", e que "os recursos são finitos, por isso a sustentabilidade trabalha-se no presente com os olhos no futuro".

O ministro reconheceu que a ação climática foi um tema que "ganhou predominância no interesse dos portugueses" e que por isso "o investimento sustentável deve ser o novo paradigma dos mercados e das nossas sociedades".

Depois, já como presidente do Eurogrupo, como o próprio referiu, Mário Centeno discorreu sobre "o mais sustentável e prolongado período de recuperação económica que a Europa já viveu, com 24 trimestres consecutivos de crescimento".

No discurso de encerramento das Conferências, o ministro citou ainda Barack Obama, para dizer que "a Europa vive hoje o pináculo da civilização".

"Não há nem nunca houve no mundo nenhuma sociedade que beneficiou de mais rendimentos, saúde e educação. Estou convencido de que os europeus não sabem isto". Para o final ficou o apelo à participação ativa na construção de um futuro sustentável, porque "a Europa esta no melhor momento de sempre para o fazer".

Antes do encerramento oficial com o Ministro das Finanças, o auditório da Nova SBE ouviu as "lições do passado" de Durão Barroso e Jose Luis Zapatero. O último dia das Conferências ficou ainda marcado pela palestra da colunista do Washington Post e vencedora do Pulitzer em 2004 Anne Applebaum, sobre a crise da democracia.

De manhã o átrio da universidade já tinha estado repleto para ouvir o debate entre três prémios Nobel sobre a pobreza global enquanto crime contra a humanidade.

As Conferências do Estoril regressam em 2021 ao campus da Universidade Nova, em Carcavelos, assegurou no final o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras. Também o autarca não abandonou o palco sem fazer um apelo: "o vazio provocado pelo individualismo pede o regresso dos jovens à vida política. É contra os que têm medo que o medo acabe que os mais jovens têm de se erguer. Esta academia não lhes vai dar tréguas nem descanso".

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