portugal contemporâneo

24-06-2020
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Nos últimos posts tenho utilizado a figura da minha mãe para desenvolver vários argumentos.

Ora, acontece que faz hoje exactamente quatro anos que a minha mãe faleceu. Ao evocar o acontecimento, eu não pretendo  gerar em ninguém uma atitude de "cara de enterro". É diferente o que me anima.

Aquilo a que pretendo responder é à questão seguinte: "Qual é o sentimento principal que uma mãe inspira, e ao qual todos os outros se resumem? Qual é o significado da mãe? Em síntese, o que é isso de ser mãe?"

Sucedeu que, nesse dia,  as primeiras palavras que eu escrevi após receber a notícia do falecimento da minha mãe, deixei-as registadas neste blogue. (Nessa altura eu escrevia em estrangeiro). Estão aqui: "Mãezinha, onde é que vais?".

Olhando para trás, à distância de quatro anos, porque é que eu escrevi aquilo, que sentimento espontâneo me terá inspirado para me exprimir daquela maneira?

Quando eu era criança, eu devo ter-lhe feito aquela pergunta centenas de vezes, presumo que sempre que ela saía de casa para tratar dos outros afazeres da sua vida. Por que é que eu haveria de querer saber  onde é que a minha mãe ia? Na realidade, aquilo que eu devia querer saber não era tanto onde é que ela ia e o que  ia fazer. O que eu devia querer saber é se ela voltava. Porque sem ela ao pé de mim faltava-me alguma coisa importante. E, agora, que ela partia definitivamente, essa mesma coisa iria faltar-me definitivamente. 

Nos últimos posts tenho utilizado a figura da minha mãe para desenvolver vários argumentos.

Ora, acontece que faz hoje exactamente quatro anos que a minha mãe faleceu. Ao evocar o acontecimento, eu não pretendo  gerar em ninguém uma atitude de "cara de enterro". É diferente o que me anima.

Aquilo a que pretendo responder é à questão seguinte: "Qual é o sentimento principal que uma mãe inspira, e ao qual todos os outros se resumem? Qual é o significado da mãe? Em síntese, o que é isso de ser mãe?"

Sucedeu que, nesse dia,  as primeiras palavras que eu escrevi após receber a notícia do falecimento da minha mãe, deixei-as registadas neste blogue. (Nessa altura eu escrevia em estrangeiro). Estão aqui: "Mãezinha, onde é que vais?".

Olhando para trás, à distância de quatro anos, porque é que eu escrevi aquilo, que sentimento espontâneo me terá inspirado para me exprimir daquela maneira?

Quando eu era criança, eu devo ter-lhe feito aquela pergunta centenas de vezes, presumo que sempre que ela saía de casa para tratar dos outros afazeres da sua vida. Por que é que eu haveria de querer saber  onde é que a minha mãe ia? Na realidade, aquilo que eu devia querer saber não era tanto onde é que ela ia e o que  ia fazer. O que eu devia querer saber é se ela voltava. Porque sem ela ao pé de mim faltava-me alguma coisa importante. E, agora, que ela partia definitivamente, essa mesma coisa iria faltar-me definitivamente. 

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