PAN pede avaliação independente e urgente à venda da GNB Vida pelo Novo Banco – O Jornal Económico

11-09-2020
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O PAN – Pessoas, Animais, Natureza pede, com carácter de urgência, a realização de uma avaliação independente à operação de alienação da seguradora GNB Vida pelo Novo Banco. Em causa está a “manifesta situação de conflito de interesses” dado que foi a Deloitte Espanha quem assessorou o Novo Banco nesta operação, que se revelou ruinosa para o banco e custos milhões aos contribuintes.

“O grupo parlamentar do PAN vem por este meio requerer que a Comissão de Orçamento e Finanças interpele o Banco de Portugal para que tome as diligências necessárias para assegurar, com carácter de urgência, a realização de uma avaliação independente da operação de alienação da seguradora GNB Vida pelo Novo Banco, S.A”, lê-se num requerimento enviado pelo PAN ao presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, Filipe Neto Brandão.

O pedido surge depois de o Jornal Económico ter noticiado, na edição desta sexta-feira, que a Deloitte Espanha assessorou financeiramente o Novo Banco na venda da seguradora GNB Vida ao fundo britânico Apax. A operação foi desencadeada em 2017 e concluída em outubro de 2019, tendo gerado perdas de 250 milhões para o banco liderado por António Ramalho.

Apesar de serem instituições juridicamente independentes, as duas empresas (Deloitte e Deloitte Espanha) pertencem à rede global da Deloitte, o que poderá ter levado a auditora a ter de analisar potenciais constrangimentos na avaliação aos atos de gestão do Novo Banco.

Segundo o PAN, o relatório final da auditoria da Deloitte ao Novo Banco omite “um conjunto de aspetos considerados relevantes”, como o facto de “esta operação ter gerado perdas de 250 milhões de euros para o Novo Banco, o facto de o Novo Banco ter emprestado cerca de 60 milhões de euros ao investidor que comprou a seguradora, além da ligação ao gestor Greg Lindberg, condenado no ano passado, nos Estados Unidos, por corrupção e fraude fiscal”.

“O PAN considera ainda que a Deloitte & Associados SROC, S.A., como representante portuguesa da Deloitte Touche Tohmatsu Limited, não tinha a idoneidade e independência necessárias para analisar esta operação de alienação, uma vez que estava em manifesta situação de conflito de interesses, dado que foi a Deloitte España, representante espanhola da Deloitte Touche Tohmatsu Limited, quem assessorou o Novo Banco nesta operação”, sublinha.

Também o Bloco de Esquerda (BE) já veio reagir a esta notícia, dizendo que a auditoria da Deloitte ao Novo Banco “não garante seriedade, rigor, independência, nem a defesa do interesse público”. A deputada do BE Mariana Mortágua defendeu ainda que a auditoria deve ser considerada “nula”, porque “valida as operações do Novo Banco” e não garante o devido escrutínio à gestão do Novo Banco.

O PAN – Pessoas, Animais, Natureza pede, com carácter de urgência, a realização de uma avaliação independente à operação de alienação da seguradora GNB Vida pelo Novo Banco. Em causa está a “manifesta situação de conflito de interesses” dado que foi a Deloitte Espanha quem assessorou o Novo Banco nesta operação, que se revelou ruinosa para o banco e custos milhões aos contribuintes.

“O grupo parlamentar do PAN vem por este meio requerer que a Comissão de Orçamento e Finanças interpele o Banco de Portugal para que tome as diligências necessárias para assegurar, com carácter de urgência, a realização de uma avaliação independente da operação de alienação da seguradora GNB Vida pelo Novo Banco, S.A”, lê-se num requerimento enviado pelo PAN ao presidente da Comissão de Orçamento e Finanças, Filipe Neto Brandão.

O pedido surge depois de o Jornal Económico ter noticiado, na edição desta sexta-feira, que a Deloitte Espanha assessorou financeiramente o Novo Banco na venda da seguradora GNB Vida ao fundo britânico Apax. A operação foi desencadeada em 2017 e concluída em outubro de 2019, tendo gerado perdas de 250 milhões para o banco liderado por António Ramalho.

Apesar de serem instituições juridicamente independentes, as duas empresas (Deloitte e Deloitte Espanha) pertencem à rede global da Deloitte, o que poderá ter levado a auditora a ter de analisar potenciais constrangimentos na avaliação aos atos de gestão do Novo Banco.

Segundo o PAN, o relatório final da auditoria da Deloitte ao Novo Banco omite “um conjunto de aspetos considerados relevantes”, como o facto de “esta operação ter gerado perdas de 250 milhões de euros para o Novo Banco, o facto de o Novo Banco ter emprestado cerca de 60 milhões de euros ao investidor que comprou a seguradora, além da ligação ao gestor Greg Lindberg, condenado no ano passado, nos Estados Unidos, por corrupção e fraude fiscal”.

“O PAN considera ainda que a Deloitte & Associados SROC, S.A., como representante portuguesa da Deloitte Touche Tohmatsu Limited, não tinha a idoneidade e independência necessárias para analisar esta operação de alienação, uma vez que estava em manifesta situação de conflito de interesses, dado que foi a Deloitte España, representante espanhola da Deloitte Touche Tohmatsu Limited, quem assessorou o Novo Banco nesta operação”, sublinha.

Também o Bloco de Esquerda (BE) já veio reagir a esta notícia, dizendo que a auditoria da Deloitte ao Novo Banco “não garante seriedade, rigor, independência, nem a defesa do interesse público”. A deputada do BE Mariana Mortágua defendeu ainda que a auditoria deve ser considerada “nula”, porque “valida as operações do Novo Banco” e não garante o devido escrutínio à gestão do Novo Banco.

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