Contra suspensão da democracia interna, ex-líder do PSD/Porto pede a Rio reunião urgente do Conselho Nacional

08-09-2020
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Hugo Neto enviou, no início desta semana, uma carta a Rui Rio a solicitar que o Conselho Nacional reúna muito em breve, o que já não acontece desde novembro 2019, apesar de os estatutos do partido determinaram reuniões ordinárias deste órgão aconteçam de dois em dois meses. Na missiva, à qual ainda não obteve resposta, o ex-líder concelhio do PSD/Porto lamenta a falta de debate interno, embora ainda esteja “esperançado” que o PSD mantenha “viva a sua tradição de discussão de ideias e pluralismo”.

Apesar achar “estranho” que o Conselho Nacional não se realize há quase um ano, o conselheiro do PSD, que optou por não se recandidatar à Comissão Política concelhia em junho por ter entrado em rota de colisão com o líder do partido antes da últimas legislativas, lembra a Rui Rio que o país irá entrar em Estado de Contingência a partir de 15 de setembro, o que levará a limitações adicionais na organização de eventos. Embora suspeite que a carta ficará sem resposta e tema que o pretendido encontro do Conselho Nacional continue sem data à vista, Hugo Neto remeteu ao líder do partido um conjunto de sete propostas que pretende defender, “se e quando o órgão reunir”. Recorde-se que em resposta à pandemia a direção nacional do PSD deu instruções às estruturas locais para não se reunirem.

Além da realização periódica de Conselhos Nacionais temáticos, descentralizados e ao fim de semana para permitir maior participação, o ex-líder do PSD do Porto advoga o reforço de autonomia da JSD, que sustenta não pode vista como “mão-de-obra barata das campanhas do partido”, quando deve ser uma voz ativa dos anseios dos novos militantes.

Abertura da porta a Ventura é tiro no pé

A um ano das autárquicas, Hugo Neto defende que o partido inicie contactos com todas as forças partidárias do Centro Direita e da Direita Democrática para a construção de uma alternativa ao Governo “da geringonça encapotada”, afastando, contudo liminarmente qualquer aproximação ao Chega, antes ou pós-eleições. “Abrir a porta a André Ventura é um tiro no pé e um erro sem retorno por colocar dentro do sistema um partido radical e populista", salienta, alertando que as ideias do Chega “não são em circunstância alguma compatíveis com a social-democracia”.

Hugo Neto defende ainda a realização no verão de 2021 duma Convenção Autárquica Nacional com a presença de independentes e simpatizantes desavindos do PSD, “de forma a mostra o nosso pluralismo”. Na questão da eutanásia, Neto exorta que é preciso cumprir a moção aprovada pelo partido no Congresso Nacional de fevereiro, em defesa da realização de um referendo nacional

Na carta, o conselheiro nacional sugere ainda a Rio que aproveite as eleições do Grupo Parlamentar, sem data à vista, para dar mais um sinal de união, “não excluindo aqueles que, na boa tradição do nosso partido, expressam pontualmente a sua discordância com a liderança parlamentar”.

Este é o segundo pedido urgente de agendamento de um Conselho Nacional feito por Hugo Neto, que em finais de julho apelara nesse sentido em email endereçado a Paulo Mota Pinto, presidente da Mesa do congresso do PSD, com conhecimento ao secretário-geral do partido, José Silvano. O conselheiro nacional lamenta ter ficado até agora sem resposta, razão que o levou agora a reiterar o pedido.

O adjunto de Rui Rio na Câmara do Porto, crítico da liderança “absolutista” do atual líder social-democrata, saúda a recente constituição do Conselho Consultivo do CEN, que irá reunir pela primeira vez no próximo dia 12 de setembro, mas insiste que este organismo consultivo não se substitui ao Conselho Nacional, que “é o órgão competente na fiscalização da ação política do partido”.

Hugo Neto enviou, no início desta semana, uma carta a Rui Rio a solicitar que o Conselho Nacional reúna muito em breve, o que já não acontece desde novembro 2019, apesar de os estatutos do partido determinaram reuniões ordinárias deste órgão aconteçam de dois em dois meses. Na missiva, à qual ainda não obteve resposta, o ex-líder concelhio do PSD/Porto lamenta a falta de debate interno, embora ainda esteja “esperançado” que o PSD mantenha “viva a sua tradição de discussão de ideias e pluralismo”.

Apesar achar “estranho” que o Conselho Nacional não se realize há quase um ano, o conselheiro do PSD, que optou por não se recandidatar à Comissão Política concelhia em junho por ter entrado em rota de colisão com o líder do partido antes da últimas legislativas, lembra a Rui Rio que o país irá entrar em Estado de Contingência a partir de 15 de setembro, o que levará a limitações adicionais na organização de eventos. Embora suspeite que a carta ficará sem resposta e tema que o pretendido encontro do Conselho Nacional continue sem data à vista, Hugo Neto remeteu ao líder do partido um conjunto de sete propostas que pretende defender, “se e quando o órgão reunir”. Recorde-se que em resposta à pandemia a direção nacional do PSD deu instruções às estruturas locais para não se reunirem.

Além da realização periódica de Conselhos Nacionais temáticos, descentralizados e ao fim de semana para permitir maior participação, o ex-líder do PSD do Porto advoga o reforço de autonomia da JSD, que sustenta não pode vista como “mão-de-obra barata das campanhas do partido”, quando deve ser uma voz ativa dos anseios dos novos militantes.

Abertura da porta a Ventura é tiro no pé

A um ano das autárquicas, Hugo Neto defende que o partido inicie contactos com todas as forças partidárias do Centro Direita e da Direita Democrática para a construção de uma alternativa ao Governo “da geringonça encapotada”, afastando, contudo liminarmente qualquer aproximação ao Chega, antes ou pós-eleições. “Abrir a porta a André Ventura é um tiro no pé e um erro sem retorno por colocar dentro do sistema um partido radical e populista", salienta, alertando que as ideias do Chega “não são em circunstância alguma compatíveis com a social-democracia”.

Hugo Neto defende ainda a realização no verão de 2021 duma Convenção Autárquica Nacional com a presença de independentes e simpatizantes desavindos do PSD, “de forma a mostra o nosso pluralismo”. Na questão da eutanásia, Neto exorta que é preciso cumprir a moção aprovada pelo partido no Congresso Nacional de fevereiro, em defesa da realização de um referendo nacional

Na carta, o conselheiro nacional sugere ainda a Rio que aproveite as eleições do Grupo Parlamentar, sem data à vista, para dar mais um sinal de união, “não excluindo aqueles que, na boa tradição do nosso partido, expressam pontualmente a sua discordância com a liderança parlamentar”.

Este é o segundo pedido urgente de agendamento de um Conselho Nacional feito por Hugo Neto, que em finais de julho apelara nesse sentido em email endereçado a Paulo Mota Pinto, presidente da Mesa do congresso do PSD, com conhecimento ao secretário-geral do partido, José Silvano. O conselheiro nacional lamenta ter ficado até agora sem resposta, razão que o levou agora a reiterar o pedido.

O adjunto de Rui Rio na Câmara do Porto, crítico da liderança “absolutista” do atual líder social-democrata, saúda a recente constituição do Conselho Consultivo do CEN, que irá reunir pela primeira vez no próximo dia 12 de setembro, mas insiste que este organismo consultivo não se substitui ao Conselho Nacional, que “é o órgão competente na fiscalização da ação política do partido”.

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