Plano de desconfinamento na Saúde: reabertura pela cirurgia e com ajuda dos privados

08-09-2020
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Dois meses depois de fechar a porta a doentes sem urgência ou carácter prioritário, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai voltar a receber todos os portugueses a partir de segunda-feira. O primeiro-ministro avisa que o caminho será feito "de forma gradual e progressiva", com "pequenos passos", alguns com ajuda do sector privado, disse já a ministra da Saúde, Marta Temido.

O plano ministerial prevê a cirurgia de ambulatório como área preferencial para a fase inicial da reabertura e um aumento significativo da telesaúde, desde logo das consultas à distância. Ir ao médico de família ou ao hospital vai implicar um ritual de proteção para doentes e profissionais. Por exemplo, a entrada só poderá ser feita com máscara e será necessário um despiste da infeção antes de serem prestados cuidados onde o risco de exposição ao vírus é maior.

As unidades de saúde vão deixar de ser espaços com grandes aglomerados. A atividade passa a ser escalonada para garantir a menor permanência possível nas instalações. Alguns dos maiores hospitais têm já planos traçados, com medidas concretas. No Santa Maria, no Centro Hospitalar de Lisboa Norte, por exemplo, os gabinetes médicos vão ser desinfetados a cada três horas.

Lá fora

Na generalidade dos países, sobretudo na Europa, a estratégia tem sido global, seguindo orientações comuns. Foram poucos os governos que improvisaram respostas alternativas, e a preparação dos cuidados de saúde é um exemplo claro. A resposta foi concentrada na infeção, cancelando toda a assistência dispensável ou sem urgência, tal como Portugal também fez.

Consultas, exames, cuidados de rotina, por exemplo dentários, tratamentos em hospitais de dia ou outra assistência eletiva, passiva de programação, foram suspensos. Ir à fisioterapia ou ao dentista, por exemplo, passou a ser possível somente em situações de urgência. Com o progressivo controlo da propagação do vírus, a estratégia foi indo em sentido contrário, com a reabertura progressiva do que fora fechado. A obstetrícia, a pediatria e a cirurgia de ambulatório têm sido das áreas na primeira linha.

A todo o programa de confinamento, a Suécia manteve-se como a principal exceção. As medidas de restrição foram modestas e o enfoque foi feito na higienização e no distanciamento físico. Assim, tendo assegurados os dois requisitos, a Suécia entendeu não 'estancar' a Saúde aos cuidados urgentes ou indispensáveis, como o cancro. Igualmente com uma resposta diferente da maioria dos países desenvolvidos, os EUA e o Brasil ainda mantêm alguns cuidados programados, isto é, fora do âmbito covid-19.

Dois meses depois de fechar a porta a doentes sem urgência ou carácter prioritário, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai voltar a receber todos os portugueses a partir de segunda-feira. O primeiro-ministro avisa que o caminho será feito "de forma gradual e progressiva", com "pequenos passos", alguns com ajuda do sector privado, disse já a ministra da Saúde, Marta Temido.

O plano ministerial prevê a cirurgia de ambulatório como área preferencial para a fase inicial da reabertura e um aumento significativo da telesaúde, desde logo das consultas à distância. Ir ao médico de família ou ao hospital vai implicar um ritual de proteção para doentes e profissionais. Por exemplo, a entrada só poderá ser feita com máscara e será necessário um despiste da infeção antes de serem prestados cuidados onde o risco de exposição ao vírus é maior.

As unidades de saúde vão deixar de ser espaços com grandes aglomerados. A atividade passa a ser escalonada para garantir a menor permanência possível nas instalações. Alguns dos maiores hospitais têm já planos traçados, com medidas concretas. No Santa Maria, no Centro Hospitalar de Lisboa Norte, por exemplo, os gabinetes médicos vão ser desinfetados a cada três horas.

Lá fora

Na generalidade dos países, sobretudo na Europa, a estratégia tem sido global, seguindo orientações comuns. Foram poucos os governos que improvisaram respostas alternativas, e a preparação dos cuidados de saúde é um exemplo claro. A resposta foi concentrada na infeção, cancelando toda a assistência dispensável ou sem urgência, tal como Portugal também fez.

Consultas, exames, cuidados de rotina, por exemplo dentários, tratamentos em hospitais de dia ou outra assistência eletiva, passiva de programação, foram suspensos. Ir à fisioterapia ou ao dentista, por exemplo, passou a ser possível somente em situações de urgência. Com o progressivo controlo da propagação do vírus, a estratégia foi indo em sentido contrário, com a reabertura progressiva do que fora fechado. A obstetrícia, a pediatria e a cirurgia de ambulatório têm sido das áreas na primeira linha.

A todo o programa de confinamento, a Suécia manteve-se como a principal exceção. As medidas de restrição foram modestas e o enfoque foi feito na higienização e no distanciamento físico. Assim, tendo assegurados os dois requisitos, a Suécia entendeu não 'estancar' a Saúde aos cuidados urgentes ou indispensáveis, como o cancro. Igualmente com uma resposta diferente da maioria dos países desenvolvidos, os EUA e o Brasil ainda mantêm alguns cuidados programados, isto é, fora do âmbito covid-19.

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