Orçamento. Governo cada vez mais nas mãos do PCP

08-11-2020
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O discurso oficial é claro: o Governo quer deixar a porta aberta a um entendimento com o BE no Orçamento do Estado e António Costa prometeu ontem, em entrevista à Antena 1, “analisar” as propostas do partido. Na prática, o acordo está longe de acontecer e há no Governo quem o considere “impossível”. Os bloquistas mantêm as suas áreas prioritárias e apresentaram um pacote minimalista para as alterações na especialidade, mas no Executivo só se dá por certo a existência de margem para satisfazer as exigências relativas à nova prestação social. Tudo o resto, incluindo questões relativas às carreiras no SNS — ponto fulcral para o BE — parece estar fora de causa, o que dificulta um caminho comum. No Governo, garante-se que é “impensável” que o Orçamento possa chumbar, sobretudo nas atuais circunstâncias, mas há limites para as cedências: “Temos de pensar que há um amanhã”, e que “não podemos sair desta crise como saímos da anterior”, avisava ontem o primeiro-ministro. Caso o PCP passe da abstenção para o voto contra (as exigências são muitas), a única possibilidade é Rui Rio fazer um “brilharete” em nome do interesse nacional, à última hora, para salvar o OE, já comenta uma fonte do Executivo com o Expresso.

Na nova prestação social, fontes do Governo olham para as hipóteses de entendimento com otimismo, garantindo que há uma “margem enorme” para alargarem a abrangência da prestação — um caminho que foi sendo feito mas que para o BE não chega, uma vez que continua a deixar a descoberto muitos trabalhadores. Mas no resto das áreas consideradas essenciais pelo BE, não há progressos. Desde logo, nas carreiras do SNS, que os bloquistas querem tornar mais atrativas para fixar, de forma estrutural e não temporária, mais profissionais no sector público. A proposta da dedicação plena consta do programa do PS, mas para os socialistas não se devem abrir negociações sobre carreiras a meio de uma crise aguda — a imagem usada no Governo é que não se remodela o quartel dos bombeiros enquanto se está a acudir a um incêndio. Quanto à contratação de pessoal — BE e PS divergem na interpretação dos números —, António Costa anunciou reforços quando comunicou as medidas de combate à pandemia.

O discurso oficial é claro: o Governo quer deixar a porta aberta a um entendimento com o BE no Orçamento do Estado e António Costa prometeu ontem, em entrevista à Antena 1, “analisar” as propostas do partido. Na prática, o acordo está longe de acontecer e há no Governo quem o considere “impossível”. Os bloquistas mantêm as suas áreas prioritárias e apresentaram um pacote minimalista para as alterações na especialidade, mas no Executivo só se dá por certo a existência de margem para satisfazer as exigências relativas à nova prestação social. Tudo o resto, incluindo questões relativas às carreiras no SNS — ponto fulcral para o BE — parece estar fora de causa, o que dificulta um caminho comum. No Governo, garante-se que é “impensável” que o Orçamento possa chumbar, sobretudo nas atuais circunstâncias, mas há limites para as cedências: “Temos de pensar que há um amanhã”, e que “não podemos sair desta crise como saímos da anterior”, avisava ontem o primeiro-ministro. Caso o PCP passe da abstenção para o voto contra (as exigências são muitas), a única possibilidade é Rui Rio fazer um “brilharete” em nome do interesse nacional, à última hora, para salvar o OE, já comenta uma fonte do Executivo com o Expresso.

Na nova prestação social, fontes do Governo olham para as hipóteses de entendimento com otimismo, garantindo que há uma “margem enorme” para alargarem a abrangência da prestação — um caminho que foi sendo feito mas que para o BE não chega, uma vez que continua a deixar a descoberto muitos trabalhadores. Mas no resto das áreas consideradas essenciais pelo BE, não há progressos. Desde logo, nas carreiras do SNS, que os bloquistas querem tornar mais atrativas para fixar, de forma estrutural e não temporária, mais profissionais no sector público. A proposta da dedicação plena consta do programa do PS, mas para os socialistas não se devem abrir negociações sobre carreiras a meio de uma crise aguda — a imagem usada no Governo é que não se remodela o quartel dos bombeiros enquanto se está a acudir a um incêndio. Quanto à contratação de pessoal — BE e PS divergem na interpretação dos números —, António Costa anunciou reforços quando comunicou as medidas de combate à pandemia.

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