App StayAway Covid foi apresentada com um apelo para que todos a utilizem: “Descarregar a aplicação é um dever cívico”, diz Costa

08-09-2020
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CoronavírusApp StayAway Covid foi apresentada com um apelo para que todos a utilizem: “Descarregar a aplicação é um dever cívico”, diz Costa01-09-2020Rui Duarte SilvaAntónio Costa, Marta Temido e Manuel Heitor apelaram ao uso generalizado e sem medos da aplicação para detetar possíveis contágios por covid-19Joana AscensãoRui Duarte SilvaDesde "ontem à noite" que António Costa tem um ícone novo no telemóvel. O primeiro-ministro garante ter descarregado a aplicação StayAway Covid e que, até ter entrado esta terça-feira no Instituto Superior de Engenharia do Porto, ainda não tinha sido notificado de nenhum contacto próximo com alguém infetado. Uma boa notícia para o chefe de Estado, mas também para o anfiteatro cheio que o ouvia, onde dirigiu uma primeira palavra de agradecimento ao INESC TEC, ao ISPUP e aos parceiros que, durante meses, foram responsáveis por criar e ter pronta esta ferramenta, “um auxiliar precioso de memória”, como lhe chamou Marta Temido. A aplicação já está disponível e até já conta com mais de 70 mil downloads. É gratuita, é voluntária e confidencial - significa isto que não serão partilhados nenhuns dados pessoais dos utilizadores. De forma automática, usa bluetooth de baixa energia para reconhecer se nos últimos 14 dias, o utilizador esteve durante mais de 15 minutos a menos de dois metros de distância de alguém infetado (diagnosticado por um médico).A tecnologia para colmatar o erro humano da memória Setembro é mês anunciador de algum regresso à normalidade, pelo menos aquela a que a pandemia nos habituou. “Até haver um tratamento eficaz, como uma vacina, a doença não desapareceu. O vírus vai continuar entre nós”, frisou António Costa. “Temos de lavar muitas vezes as mãos durante o dia, temos de usar a máscara sempre que ela é necessária e temos de manter as distâncias de segurança entre nós, sem darmos beijinhos, ou apertar a mão ou dar um abraço. Esta é a melhor ajuda que podemos dar a todos os profissionais de saúde”, reforçou, ao mesmo tempo que também apelou à utilização da aplicação, “uma ferramenta, e de enorme responsabilidade”, sobretudo porque “um dos elementos mais perigosos da disseminação desta pandemia da covid é que a generalidade das pessoas contaminadas não tem tido sintomas”. Marta Temido, ministra da Saúde, foi quem abriu as hostilidades da apresentação oficial daquilo a que chamou um “auxiliar precioso” da memória humana, que tem falhas. E apesar de não ter ainda a aplicação instalada, porque se deparou com problemas técnicos, apelou a que todos tentassem utilizá-la e a alguma calma no momento em que os utilizadores poderão ser informados de um contacto próximo com alguém infetado: “a exposição não significa infeção”, sublinhou. A vantagem é, na opinião da ministra, que a tecnologia regista os “acontecimentos quase imperceptíveis” aos quais a memória humana, tantas vezes, não consegue chegar.“A aplicação não cura, mas previne” Manuel Heitor, ministro da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior, virou-se ainda para a comunidade estudantil para “uma utilização massiva desta aplicação”, necessária para cumprir o ensino presencial. “Como a Marta explicou, a app não cura, mas previne”, e deixou três notas: a importância dos laboratórios associados, como o INESC TEC, “para apoiar as políticas públicas”, a importância dos consórcios - e deste em particular, que juntou o Serviço Nacional de Saúde com um laboratório público e com empresas privadas, e, por último, a relevância do país em ter integrado, desde o princípio, a crista da onda das investigações europeias para uma aplicação deste tipo. E, de facto, “desde março de 2020, muitos dos mais de 800 investigadores do INESC TEC lançaram mãos à obra e começaram a fazer projetos por sua própria iniciativa”, nos quais se inclui o da app StayAway Covid. Desde então que o objetivo era criar uma ferramenta e adaptá-la a uma “tecnologia massificada e que as pessoas não tivessem de comprar, daí o telemóvel e os sensores do telemóvel. Que sensores tem? Tem GPS, mas está proibido por causa da privacidade, daí se ter escolhido o bluetooth de baixa energia”, explica José Manuel Mendonça, presidente do INESC TEC, garantindo que a app não só não tem quaisquer dados pessoais como “está blindada do resto das outras apps dos telemóveis”. O objetivo é “ajudar, com uma tecnologia digital, o rastreio físico feito pelas autoridades de saúde para identificar as cadeias de transmissão”, admite também. “Toda a gente tem os telemóveis a trocar identificadores anónimos com números aleatórios, que não significam nada, e se um [utilizador] está infetado, recebe do médico um código ligado ao Trace Covid - que só o médico pode dar”, que mais tarde é integrado num servidor único. Duas vezes por dia, cada telemóvel vai ao servidor verificar se algum destes códigos aleatórios (das pessoas infetadas) é igual a algum dos códigos que recolheu durante os últimos 14 dias. Se se der um “match”, há possibilidade de o utilizador estar doente e é aconselhado a ir fazer um exame de diagnóstico. Quando a pessoa é avisada, o SNS não sabe, o médico não sabe, “só a própria pessoa é que sabe e não onde nem com quem. Só sabe quando, porque é importante essa informação”, escrutina José Manuel Mendonça. A aplicação depende diretamente da boa vontade dos utilizadores em utilizá-la convenientemente. No limite, um utilizador que saiba que esteve em contacto próximo com alguém infetado pode escolher não informar ninguém nem, tão pouco, ir fazer teste para confirmar a possibilidade.RelacionadosStayAway Covid: há 800 mil telemóveis em Portugal que não conseguem descarregar a app de rastreio de contágios01-09-2020Hugo SénecaÚltimasA mulher que nunca se cala e nem se deixa "atrofiar". As denúncias de Ana GomesHá 8 minutosRosa Pedroso LimaBrexit. Presidente do Parlamento Europeu "muito preocupado" e Santos Silva esperançosoHá 15 minutosSusana Frexes, correspondente em BruxelasDevedores escondidos e compradores de ativos por descobrir: um resumo da auditoria que mostra falhas no BES mas também no Novo BancoHá uma horaDiogo CavaleiroMinsk propõe reforma constitucional e eleições presidenciais para 202219:12LusaCovid-19. SNS24 já recebeu contactos de pessoas alertadas pela ‘app’ de rastreio18:43Lusa“Somos uma sociedade decente ao nível do cumprimento fiscal”, diz António Mendonça Mendes18:40Ana Sofia SantosPGR não trava futuras vendas de ativos do Novo Banco como pedido por António Costa (após críticas de Rio)18:21Diogo Cavaleiro10 notícias que marcaram o dia18:19ExpressoGoverno, BE e PCP querem nova prestação social. O que estará em cima da mesa?17:59Liliana ValenteMarcelo sobre Vicente Jorge Silva: “Guardo a impressão que se guarda sempre dos que mudam a nossa vida”17:45

CoronavírusApp StayAway Covid foi apresentada com um apelo para que todos a utilizem: “Descarregar a aplicação é um dever cívico”, diz Costa01-09-2020Rui Duarte SilvaAntónio Costa, Marta Temido e Manuel Heitor apelaram ao uso generalizado e sem medos da aplicação para detetar possíveis contágios por covid-19Joana AscensãoRui Duarte SilvaDesde "ontem à noite" que António Costa tem um ícone novo no telemóvel. O primeiro-ministro garante ter descarregado a aplicação StayAway Covid e que, até ter entrado esta terça-feira no Instituto Superior de Engenharia do Porto, ainda não tinha sido notificado de nenhum contacto próximo com alguém infetado. Uma boa notícia para o chefe de Estado, mas também para o anfiteatro cheio que o ouvia, onde dirigiu uma primeira palavra de agradecimento ao INESC TEC, ao ISPUP e aos parceiros que, durante meses, foram responsáveis por criar e ter pronta esta ferramenta, “um auxiliar precioso de memória”, como lhe chamou Marta Temido. A aplicação já está disponível e até já conta com mais de 70 mil downloads. É gratuita, é voluntária e confidencial - significa isto que não serão partilhados nenhuns dados pessoais dos utilizadores. De forma automática, usa bluetooth de baixa energia para reconhecer se nos últimos 14 dias, o utilizador esteve durante mais de 15 minutos a menos de dois metros de distância de alguém infetado (diagnosticado por um médico).A tecnologia para colmatar o erro humano da memória Setembro é mês anunciador de algum regresso à normalidade, pelo menos aquela a que a pandemia nos habituou. “Até haver um tratamento eficaz, como uma vacina, a doença não desapareceu. O vírus vai continuar entre nós”, frisou António Costa. “Temos de lavar muitas vezes as mãos durante o dia, temos de usar a máscara sempre que ela é necessária e temos de manter as distâncias de segurança entre nós, sem darmos beijinhos, ou apertar a mão ou dar um abraço. Esta é a melhor ajuda que podemos dar a todos os profissionais de saúde”, reforçou, ao mesmo tempo que também apelou à utilização da aplicação, “uma ferramenta, e de enorme responsabilidade”, sobretudo porque “um dos elementos mais perigosos da disseminação desta pandemia da covid é que a generalidade das pessoas contaminadas não tem tido sintomas”. Marta Temido, ministra da Saúde, foi quem abriu as hostilidades da apresentação oficial daquilo a que chamou um “auxiliar precioso” da memória humana, que tem falhas. E apesar de não ter ainda a aplicação instalada, porque se deparou com problemas técnicos, apelou a que todos tentassem utilizá-la e a alguma calma no momento em que os utilizadores poderão ser informados de um contacto próximo com alguém infetado: “a exposição não significa infeção”, sublinhou. A vantagem é, na opinião da ministra, que a tecnologia regista os “acontecimentos quase imperceptíveis” aos quais a memória humana, tantas vezes, não consegue chegar.“A aplicação não cura, mas previne” Manuel Heitor, ministro da Ciência, da Tecnologia e do Ensino Superior, virou-se ainda para a comunidade estudantil para “uma utilização massiva desta aplicação”, necessária para cumprir o ensino presencial. “Como a Marta explicou, a app não cura, mas previne”, e deixou três notas: a importância dos laboratórios associados, como o INESC TEC, “para apoiar as políticas públicas”, a importância dos consórcios - e deste em particular, que juntou o Serviço Nacional de Saúde com um laboratório público e com empresas privadas, e, por último, a relevância do país em ter integrado, desde o princípio, a crista da onda das investigações europeias para uma aplicação deste tipo. E, de facto, “desde março de 2020, muitos dos mais de 800 investigadores do INESC TEC lançaram mãos à obra e começaram a fazer projetos por sua própria iniciativa”, nos quais se inclui o da app StayAway Covid. Desde então que o objetivo era criar uma ferramenta e adaptá-la a uma “tecnologia massificada e que as pessoas não tivessem de comprar, daí o telemóvel e os sensores do telemóvel. Que sensores tem? Tem GPS, mas está proibido por causa da privacidade, daí se ter escolhido o bluetooth de baixa energia”, explica José Manuel Mendonça, presidente do INESC TEC, garantindo que a app não só não tem quaisquer dados pessoais como “está blindada do resto das outras apps dos telemóveis”. O objetivo é “ajudar, com uma tecnologia digital, o rastreio físico feito pelas autoridades de saúde para identificar as cadeias de transmissão”, admite também. “Toda a gente tem os telemóveis a trocar identificadores anónimos com números aleatórios, que não significam nada, e se um [utilizador] está infetado, recebe do médico um código ligado ao Trace Covid - que só o médico pode dar”, que mais tarde é integrado num servidor único. Duas vezes por dia, cada telemóvel vai ao servidor verificar se algum destes códigos aleatórios (das pessoas infetadas) é igual a algum dos códigos que recolheu durante os últimos 14 dias. Se se der um “match”, há possibilidade de o utilizador estar doente e é aconselhado a ir fazer um exame de diagnóstico. Quando a pessoa é avisada, o SNS não sabe, o médico não sabe, “só a própria pessoa é que sabe e não onde nem com quem. Só sabe quando, porque é importante essa informação”, escrutina José Manuel Mendonça. A aplicação depende diretamente da boa vontade dos utilizadores em utilizá-la convenientemente. No limite, um utilizador que saiba que esteve em contacto próximo com alguém infetado pode escolher não informar ninguém nem, tão pouco, ir fazer teste para confirmar a possibilidade.RelacionadosStayAway Covid: há 800 mil telemóveis em Portugal que não conseguem descarregar a app de rastreio de contágios01-09-2020Hugo SénecaÚltimasA mulher que nunca se cala e nem se deixa "atrofiar". As denúncias de Ana GomesHá 8 minutosRosa Pedroso LimaBrexit. Presidente do Parlamento Europeu "muito preocupado" e Santos Silva esperançosoHá 15 minutosSusana Frexes, correspondente em BruxelasDevedores escondidos e compradores de ativos por descobrir: um resumo da auditoria que mostra falhas no BES mas também no Novo BancoHá uma horaDiogo CavaleiroMinsk propõe reforma constitucional e eleições presidenciais para 202219:12LusaCovid-19. 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