Blog de um Bombeiro: Nove unidades móveis vão percorrer 708 aldeias e lugares afetados pelos incêndios

20-06-2020
marcar artigo

Nove unidades móveis vão percorrer 708 aldeias e lugares da região
Centro afetados pelos incêndios para sinalização das necessidades das
famílias e esclarecimento dos cidadãos, agricultores e empresários,
anunciou hoje o Governo.

A primeira unidade móvel arrancou hoje em
Arganil, distrito de Coimbra, indo de porta a porta na aldeia de Vale de
Moinho para esclarecer a população e sinalizar situações de necessidade
social ou médica.

Na sexta-feira, começam também a funcionar
unidades no distrito de Viseu e da Guarda, e, na próxima semana, estarão
todas as nove unidades a funcionar, disse a secretária de Estado da
Segurança Social, Cláudia Joaquim, que falava aos jornalistas antes de
acompanhar o início dos trabalhos da unidade móvel, em Arganil.

Além de Coimbra, Viseu e Guarda, a iniciativa abrange também concelhos dos distritos de Aveiro e Leiria.

As
nove unidades, que vão contar com técnicos da Segurança Social,
Notariado e Direção Regional de Agricultura, vão percorrer 18 concelhos
em cinco dos 11 distritos afetados pelos fogos de 15 de outubro,
acrescentou, sublinhando que poderá haver ajustes nos municípios
abrangidos por esta medida "ao longo do tempo".

O Governo, explanou Cláudia Joaquim, optou por dividir o plano de intervenção em três níveis.
No
primeiro nível, 18 concelhos terão unidades móveis que vão "porta a
porta" pelas aldeias a sinalizar e esclarecer as populações.

No segundo nível, estão
concelhos que vão ter um "reforço do atendimento" nos espaços cidadão
dos municípios, mas também nas próprias juntas de freguesia, e, no
terceiro nível de intervenção, estão os territórios com "um pouco menos
de necessidade" de um apoio tão próximo, estando previsto um reforço do
atendimento, informou.

Para além dos reforços de atendimento e
deslocações porta a porta dos técnicos, vai estar disponível a partir de
segunda-feira "uma linha telefónica específica" para cada distrito
"para contacto direto e sinalização imediata".

Segundo Cláudia
Joaquim, esta medida - implementada com uma lógica semelhante àquela que
foi adotada após os incêndios de Pedrógão Grande - permite identificar
as famílias que tenham sido mais afetadas, perceber os bens que perderam
e as necessidades que têm, por forma a fazer-se um acompanhamento das
pessoas e a estabelecer-se um plano de apoio.

As unidades, para
além de esclarecerem as famílias sobre as prestações ou apoios sociais a
que têm direito, vão também prestar informação sobre as ajudas
disponíveis às empresas afetadas e agricultores, bem como tirar dúvidas
sobre veículos ardidos ou emissão de certidões.

Na aldeia de Vale
de Moinho, Maria América Carvalho, de 73 anos, ouviu a explicação da
equipa da Segurança Social, depois de falar do que tinha perdido no
incêndio.

"Muita
força", pediu a vogal do Instituto de Segurança Social, Sofia Pereira.
"É pouca", respondeu Maria América, cujo marido tinha ainda dificuldade
em falar com os técnicos, no terraço da casa que ficou queimada.

António
Martins, também habitante da aldeia, contou à agência Lusa que
aproveitou para "tirar uns apontamentos" e esclarecer algumas dúvidas.

Tinham-lhe
dito antes que não poderia ter apoio para o trator, mas os técnicos da
unidade móvel esclareceram-lhe que afinal podia.

"Já é uma ajuda", notou, sublinhando, porém, que ainda é tudo "muito confuso".
A idade pesa e as pessoas sentem-se "desamparadas", disse à Lusa António Martins.
Alice
Santos, que olha para a casa destruída onde "nem uma agulha ficou",
dorme todos os dias na casa de uma prima, mas durante o dia vai para um
pátio, onde almoça e faz a sua vida.

"Ainda ninguém nos disse
nada, mas espero que nos deem alguma coisinha", frisa Alice, de 73 anos,
frisando que tem valido a ajuda de desconhecidos, amigos, vizinhos e
familiares.

In Sapo24

Nove unidades móveis vão percorrer 708 aldeias e lugares da região
Centro afetados pelos incêndios para sinalização das necessidades das
famílias e esclarecimento dos cidadãos, agricultores e empresários,
anunciou hoje o Governo.

A primeira unidade móvel arrancou hoje em
Arganil, distrito de Coimbra, indo de porta a porta na aldeia de Vale de
Moinho para esclarecer a população e sinalizar situações de necessidade
social ou médica.

Na sexta-feira, começam também a funcionar
unidades no distrito de Viseu e da Guarda, e, na próxima semana, estarão
todas as nove unidades a funcionar, disse a secretária de Estado da
Segurança Social, Cláudia Joaquim, que falava aos jornalistas antes de
acompanhar o início dos trabalhos da unidade móvel, em Arganil.

Além de Coimbra, Viseu e Guarda, a iniciativa abrange também concelhos dos distritos de Aveiro e Leiria.

As
nove unidades, que vão contar com técnicos da Segurança Social,
Notariado e Direção Regional de Agricultura, vão percorrer 18 concelhos
em cinco dos 11 distritos afetados pelos fogos de 15 de outubro,
acrescentou, sublinhando que poderá haver ajustes nos municípios
abrangidos por esta medida "ao longo do tempo".

O Governo, explanou Cláudia Joaquim, optou por dividir o plano de intervenção em três níveis.
No
primeiro nível, 18 concelhos terão unidades móveis que vão "porta a
porta" pelas aldeias a sinalizar e esclarecer as populações.

No segundo nível, estão
concelhos que vão ter um "reforço do atendimento" nos espaços cidadão
dos municípios, mas também nas próprias juntas de freguesia, e, no
terceiro nível de intervenção, estão os territórios com "um pouco menos
de necessidade" de um apoio tão próximo, estando previsto um reforço do
atendimento, informou.

Para além dos reforços de atendimento e
deslocações porta a porta dos técnicos, vai estar disponível a partir de
segunda-feira "uma linha telefónica específica" para cada distrito
"para contacto direto e sinalização imediata".

Segundo Cláudia
Joaquim, esta medida - implementada com uma lógica semelhante àquela que
foi adotada após os incêndios de Pedrógão Grande - permite identificar
as famílias que tenham sido mais afetadas, perceber os bens que perderam
e as necessidades que têm, por forma a fazer-se um acompanhamento das
pessoas e a estabelecer-se um plano de apoio.

As unidades, para
além de esclarecerem as famílias sobre as prestações ou apoios sociais a
que têm direito, vão também prestar informação sobre as ajudas
disponíveis às empresas afetadas e agricultores, bem como tirar dúvidas
sobre veículos ardidos ou emissão de certidões.

Na aldeia de Vale
de Moinho, Maria América Carvalho, de 73 anos, ouviu a explicação da
equipa da Segurança Social, depois de falar do que tinha perdido no
incêndio.

"Muita
força", pediu a vogal do Instituto de Segurança Social, Sofia Pereira.
"É pouca", respondeu Maria América, cujo marido tinha ainda dificuldade
em falar com os técnicos, no terraço da casa que ficou queimada.

António
Martins, também habitante da aldeia, contou à agência Lusa que
aproveitou para "tirar uns apontamentos" e esclarecer algumas dúvidas.

Tinham-lhe
dito antes que não poderia ter apoio para o trator, mas os técnicos da
unidade móvel esclareceram-lhe que afinal podia.

"Já é uma ajuda", notou, sublinhando, porém, que ainda é tudo "muito confuso".
A idade pesa e as pessoas sentem-se "desamparadas", disse à Lusa António Martins.
Alice
Santos, que olha para a casa destruída onde "nem uma agulha ficou",
dorme todos os dias na casa de uma prima, mas durante o dia vai para um
pátio, onde almoça e faz a sua vida.

"Ainda ninguém nos disse
nada, mas espero que nos deem alguma coisinha", frisa Alice, de 73 anos,
frisando que tem valido a ajuda de desconhecidos, amigos, vizinhos e
familiares.

In Sapo24

marcar artigo