Gestão da TAP reage à polémica com novo plano de rotas (e mais viagens para o Porto)

02-06-2020
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A onda de contestação que desde segunda-feira se virou contra a gestão da TAP e o seu plano de voos para junho e julho, liderada pelos autarcas de Norte, levou a que hoje o conselho de administração da companhia viesse dizer que irá haver um novo plano. Houve uma espécie de todos contra a TAP, que obrigou a transportadora a repensar a estratégia.

Em comunicado enviado às redações, o conselho de administração da TAP, liderado por Miguel Frasquilho, veio afirmar que a "companhia está empenhada e vai de imediato colaborar com todos os agentes económicos, nomeadamente associações empresariais e entidades regionais do turismo, para viabilizar o maior número de oportunidades, adicionar e ajustar os planos de rota anunciados para este momento de retoma".

O conselho de administração, onde estão sentados os administradores nomeados pelo Estado, esclarece ainda que o objetivo "é ter ainda um serviço melhor e mais próximo a partir de todos os aeroportos nacionais onde a TAP opera". A transportadora alerta no entanto que dado "o período difícil que Portugal atravessa, ficará, naturalmente subordinado aos constrangimentos legais que existem quanto à mobilidade de as pessoas e ao transporte aéreo".

Nada é dito no comunicado do conselho de administração sobre o novo plano de rotas, mas o Expresso sabe que haverá uma ampliação de voos para o Porto e um maior número também para o resto do pais. O plano anunciado na segunda-feira previa apenas três voos com origem no Porto.

Esta mudança de planos rota decorreu já no âmbito do grupo de trabalho que está a preparar as medidas de auxílio de Estado, e que é liderado por João Nuno Mendes. Foi este grupo, nomeado pelo governo, que fez uma proposta para a reunião da gestão da TAP com os vários interlocutores da transportadora: autarcas, representantes do sector do turismo e outros. O objetivo, sabe o Expresso, é definir um plano mais ajustado às necessidades do país e das diferentes regiões.

Tudo trabalhado no meio de uma enorme polémica, onde participou o primeiro-ministro. António Costa veio criticar duramente esta quarta-feira a Comissão Executiva da TAP, liderada por Antonoaldo Neves, tem o dever legal de "gestão prudente". E foi mais longe dizendo que "não tem credibilidade" um plano de rotas sem prévia informação sobre a estratégia de reabertura de fronteiras de Portugal. "Não tem credibilidade qualquer plano de rotas definido pela TAP, sem a prévia informação sobre a estratégia de reabertura de fronteiras definida pela República Portuguesa". António Costa falou à Lusa, e a mensagem foi depois republicada no Twitter do primeiro-ministro.

A TAP está agora não só sob grande pressão financeira, como também política. O Expresso noticiou esta semana que a gestão estima que a companhia precise, no cenário mais depressivo, até 1,2 mil milhões de euros. Há uma guerra aberta à gestão privada da TAP, e o poder político está alinhado: o plano de rotas pós-Covid-19, anunciado esta quinta-feira foi um argumento de peso.

A onda de contestação que desde segunda-feira se virou contra a gestão da TAP e o seu plano de voos para junho e julho, liderada pelos autarcas de Norte, levou a que hoje o conselho de administração da companhia viesse dizer que irá haver um novo plano. Houve uma espécie de todos contra a TAP, que obrigou a transportadora a repensar a estratégia.

Em comunicado enviado às redações, o conselho de administração da TAP, liderado por Miguel Frasquilho, veio afirmar que a "companhia está empenhada e vai de imediato colaborar com todos os agentes económicos, nomeadamente associações empresariais e entidades regionais do turismo, para viabilizar o maior número de oportunidades, adicionar e ajustar os planos de rota anunciados para este momento de retoma".

O conselho de administração, onde estão sentados os administradores nomeados pelo Estado, esclarece ainda que o objetivo "é ter ainda um serviço melhor e mais próximo a partir de todos os aeroportos nacionais onde a TAP opera". A transportadora alerta no entanto que dado "o período difícil que Portugal atravessa, ficará, naturalmente subordinado aos constrangimentos legais que existem quanto à mobilidade de as pessoas e ao transporte aéreo".

Nada é dito no comunicado do conselho de administração sobre o novo plano de rotas, mas o Expresso sabe que haverá uma ampliação de voos para o Porto e um maior número também para o resto do pais. O plano anunciado na segunda-feira previa apenas três voos com origem no Porto.

Esta mudança de planos rota decorreu já no âmbito do grupo de trabalho que está a preparar as medidas de auxílio de Estado, e que é liderado por João Nuno Mendes. Foi este grupo, nomeado pelo governo, que fez uma proposta para a reunião da gestão da TAP com os vários interlocutores da transportadora: autarcas, representantes do sector do turismo e outros. O objetivo, sabe o Expresso, é definir um plano mais ajustado às necessidades do país e das diferentes regiões.

Tudo trabalhado no meio de uma enorme polémica, onde participou o primeiro-ministro. António Costa veio criticar duramente esta quarta-feira a Comissão Executiva da TAP, liderada por Antonoaldo Neves, tem o dever legal de "gestão prudente". E foi mais longe dizendo que "não tem credibilidade" um plano de rotas sem prévia informação sobre a estratégia de reabertura de fronteiras de Portugal. "Não tem credibilidade qualquer plano de rotas definido pela TAP, sem a prévia informação sobre a estratégia de reabertura de fronteiras definida pela República Portuguesa". António Costa falou à Lusa, e a mensagem foi depois republicada no Twitter do primeiro-ministro.

A TAP está agora não só sob grande pressão financeira, como também política. O Expresso noticiou esta semana que a gestão estima que a companhia precise, no cenário mais depressivo, até 1,2 mil milhões de euros. Há uma guerra aberta à gestão privada da TAP, e o poder político está alinhado: o plano de rotas pós-Covid-19, anunciado esta quinta-feira foi um argumento de peso.

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