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03-11-2020
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Banco de Fomento arranca sem estrutura e sem nova gestão November 3rd, 7:10am November 3rd, 11:02pm Mónica SilvaresJornalista de uma vida, mas sempre com muito para aprender. Comecei numa pequena revista para médicos, ainda no terceiro ano do Curso de Ciências da Comunicação da Universidade Nova de Lisboa, mas foi no Diário Económico que começou a aventura mais a sério. Fiz de tudo. Do Internacional, num tempo em que nem havia internet, até à televisão que entretanto o grupo criou. Foram 18 anos de enriquecimento contínuo. Até porque sempre foram complementados com trabalhos noutras publicações (como a Negócios&Franchising) ou traduções de livros de Economia/gestão. Agora inicia-se um novo capítulo... Vamos a isso. Leonor Mateus Ferreiraleonor.ferreira@eco.pt

"Temos uma grande esperança naquilo que o Banco de Fomento pode vir a fazer", disse ao ECO o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes.

A data de nascimento do Banco Português de Fomento foi assinalada em Diário da República logo no início de setembro. Quarenta dias depois, a instituição que resulta da fusão na Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM), da Instituição Financeira de Desenvolvimento e da PME Investimentos vai ver a luz do dia. Mas para já não há nada de novo, com exceção de um logótipo que já está definido.

As expectativas em torno do banco de fomento, que esteve prometido para os primeiros cem dias de Governo, são grandes. “Temos uma grande esperança naquilo que o Banco de Fomento pode vir a fazer”, disse ao ECO o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes. “Parte daquilo que são as realidades que o país já tem do ponto de vista da atuação junto das empresas, como os instrumentos de garantia mútua, tem experiência acumulada ao nível do interface com instituições como o Banco Europeu de Investimento (BEI), vai ter uma função que tem a ver com agência de crédito à exportação, vai poder dedicar-se aquilo que são falhas de mercado e sobretudo vamos poder também reunir um conjunto de profissionais que têm desenvolvido experiência e know how, e de certeza forma aproveitar as suas capacidades de forma mais concentrada”, explicou o responsável.

“Esta capacidade acrescida da União Europeia de disponibilizar instrumentos financeiros, como tem feito através do BEI, e as capacidades acrescidas do BEI, poderão vir a, em função das decisões tomadas para fazer face a esta crise, potenciar a atividade do Banco de Fomento. Temos uma perspetiva muito positiva, especialmente de complementaridade e alavancagem, e não naturalmente de concorrência ao setor bancário. Está a ocupar um espaço que não estava ocupado e pode fazê-lo de uma forma mais eficaz e produtiva. O Ministério das Finanças e o Ministério da Economia têm colaborado muito para o Banco de Fomento”, sublinhou ainda João Nuno Mendes, em entrevista ao ECO.

Mas essa colaboração não tem resultados práticos para as empresas, para já. Tal como o ministro da Economia anunciou aos quadros dirigentes das três instituições que se vão fundir, numa reunião há duas semanas, o dia 3 de novembro será um dia como todos os outros. Não há uma nova estrutura montada, nem uma nova administração para entrar em funções.

A nova administração do banco de fomento é tema que tem feito correr tinta. São vários os nomes que têm vindo a público, como por exemplo o ex-secretário de Estado e adjunto do ministro das Infraestruturas, Alberto Souto Miranda, que terá abandonado o Governo para ocupar um cargo no novo Banco Português de Fomento. Mas também José António Barros, antigo presidente da AEP, ou o antigo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, foram nomes ventilados, mas nunca confirmados. Aliás, o silêncio do Executivo sobre esta matéria é total e o Banco de Portugal também não esclarece se já está a analisar a idoneidade de personalidades que poderão vir a integrar a administração do BPF, remetendo quaisquer quaisquer esclarecimentos para o Ministério da Economia.

Nos últimos meses, foi sendo preparado terreno para o nascimento do banco. A Globaz foi contratada para fazer o “estudo, definição de estratégia, design, desenvolvimento criativo e gráfico tendentes à conceção de um novo logótipo, identidade visual e branding” do BPF.

O processo de fusão das esquipas está a ser conduzido pela Mercer, enquanto a definição da estrutura propriamente dita do banco está nas mãos da Oliver Wyman. O portal que permita aos seus clientes do BPF apresentarem candidaturas de forma ágil, simples e autónoma está a ser desenvolvida pela Unipartner It Services. A Franca Arquitetura é o atelier que vai fazer a remodelação das suas instalações. Finalmente, a comunicação está a cargo da Cunha Vaz e a assessoria e consultoria jurídica de Pedro Acácio Cruz e Silva.

De acordo com o decreto-lei que já foi publicado em Diário da República e com as orientações da Comissão Europeia isto é aquilo que já se sabe do Banco:

Banco de Fomento arranca sem estrutura e sem nova gestão November 3rd, 7:10am November 3rd, 11:02pm Mónica SilvaresJornalista de uma vida, mas sempre com muito para aprender. Comecei numa pequena revista para médicos, ainda no terceiro ano do Curso de Ciências da Comunicação da Universidade Nova de Lisboa, mas foi no Diário Económico que começou a aventura mais a sério. Fiz de tudo. Do Internacional, num tempo em que nem havia internet, até à televisão que entretanto o grupo criou. Foram 18 anos de enriquecimento contínuo. Até porque sempre foram complementados com trabalhos noutras publicações (como a Negócios&Franchising) ou traduções de livros de Economia/gestão. Agora inicia-se um novo capítulo... Vamos a isso. Leonor Mateus Ferreiraleonor.ferreira@eco.pt

"Temos uma grande esperança naquilo que o Banco de Fomento pode vir a fazer", disse ao ECO o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes.

A data de nascimento do Banco Português de Fomento foi assinalada em Diário da República logo no início de setembro. Quarenta dias depois, a instituição que resulta da fusão na Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua (SPGM), da Instituição Financeira de Desenvolvimento e da PME Investimentos vai ver a luz do dia. Mas para já não há nada de novo, com exceção de um logótipo que já está definido.

As expectativas em torno do banco de fomento, que esteve prometido para os primeiros cem dias de Governo, são grandes. “Temos uma grande esperança naquilo que o Banco de Fomento pode vir a fazer”, disse ao ECO o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes. “Parte daquilo que são as realidades que o país já tem do ponto de vista da atuação junto das empresas, como os instrumentos de garantia mútua, tem experiência acumulada ao nível do interface com instituições como o Banco Europeu de Investimento (BEI), vai ter uma função que tem a ver com agência de crédito à exportação, vai poder dedicar-se aquilo que são falhas de mercado e sobretudo vamos poder também reunir um conjunto de profissionais que têm desenvolvido experiência e know how, e de certeza forma aproveitar as suas capacidades de forma mais concentrada”, explicou o responsável.

“Esta capacidade acrescida da União Europeia de disponibilizar instrumentos financeiros, como tem feito através do BEI, e as capacidades acrescidas do BEI, poderão vir a, em função das decisões tomadas para fazer face a esta crise, potenciar a atividade do Banco de Fomento. Temos uma perspetiva muito positiva, especialmente de complementaridade e alavancagem, e não naturalmente de concorrência ao setor bancário. Está a ocupar um espaço que não estava ocupado e pode fazê-lo de uma forma mais eficaz e produtiva. O Ministério das Finanças e o Ministério da Economia têm colaborado muito para o Banco de Fomento”, sublinhou ainda João Nuno Mendes, em entrevista ao ECO.

Mas essa colaboração não tem resultados práticos para as empresas, para já. Tal como o ministro da Economia anunciou aos quadros dirigentes das três instituições que se vão fundir, numa reunião há duas semanas, o dia 3 de novembro será um dia como todos os outros. Não há uma nova estrutura montada, nem uma nova administração para entrar em funções.

A nova administração do banco de fomento é tema que tem feito correr tinta. São vários os nomes que têm vindo a público, como por exemplo o ex-secretário de Estado e adjunto do ministro das Infraestruturas, Alberto Souto Miranda, que terá abandonado o Governo para ocupar um cargo no novo Banco Português de Fomento. Mas também José António Barros, antigo presidente da AEP, ou o antigo ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, foram nomes ventilados, mas nunca confirmados. Aliás, o silêncio do Executivo sobre esta matéria é total e o Banco de Portugal também não esclarece se já está a analisar a idoneidade de personalidades que poderão vir a integrar a administração do BPF, remetendo quaisquer quaisquer esclarecimentos para o Ministério da Economia.

Nos últimos meses, foi sendo preparado terreno para o nascimento do banco. A Globaz foi contratada para fazer o “estudo, definição de estratégia, design, desenvolvimento criativo e gráfico tendentes à conceção de um novo logótipo, identidade visual e branding” do BPF.

O processo de fusão das esquipas está a ser conduzido pela Mercer, enquanto a definição da estrutura propriamente dita do banco está nas mãos da Oliver Wyman. O portal que permita aos seus clientes do BPF apresentarem candidaturas de forma ágil, simples e autónoma está a ser desenvolvida pela Unipartner It Services. A Franca Arquitetura é o atelier que vai fazer a remodelação das suas instalações. Finalmente, a comunicação está a cargo da Cunha Vaz e a assessoria e consultoria jurídica de Pedro Acácio Cruz e Silva.

De acordo com o decreto-lei que já foi publicado em Diário da República e com as orientações da Comissão Europeia isto é aquilo que já se sabe do Banco:

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