João Leão e nova equipa das Finanças já tomou posse: quem são os novos governantes

14-12-2020
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Autor: Redação

João Leão, o novo ministro das Finanças, e toda a sua equipa – inclui três novos secretários de estado – tomaram posse esta segunda-feira (15 de junho de 2020) de manhã, na sequência da demissão de Mário Centeno. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu posse aos governantes no Palácio de Belém, em Lisboa, “numa cerimónia restrita e sem outros convidados, dadas as atuais regras de saúde pública”, lê-se numa nota publicada no portal da Presidência da República. Uma cerimónia, de resto, que decorreu sem máscaras e com vénias em vez de apertos de mão.

Quem são os novos governantes? Nesta recomposição, que não altera a dimensão do Governo, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, é promovido a Adjunto do novo ministro e também tomará posse desse novo cargo, escreve a Lusa, acrescentando que tomarão posse como novos secretários de Estado Cláudia Joaquim, com a pasta do Orçamento, João Nuno Mendes, com as Finanças, e Miguel Cruz, com o Tesouro.

Além de Mário Centeno, saem do Governo Ricardo Mourinho Félix, o seu secretário de Estado Adjunto e das Finanças, e Álvaro Novo, secretário de Estado do Tesouro.

A saída de Mário Centeno do cargo de ministro de Estado e das Finanças, a seu pedido, foi conhecida dia 9 de junho de 2020, em simultâneo com a sua substituição por João Leão, até agora secretário de Estado do Orçamento.

Segundo o primeiro-ministro, António Costa, está assegurada a “continuidade” da política orçamental do Governo com a “tranquila passagem de testemunho” para João Leão, numa conjuntura “desafiante” de crise económica e social.

Quem é quem na nova equipa das Finanças:

João Leão

O novo ministro de Estado e das Finanças nasceu em Lisboa em 1974. É doutorado em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), EUA, e licenciado em Economia e Mestre em Economia pela Universidade Nova de Lisboa. É professor de Economia no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa desde 2008.

Foi Secretário de Estado do Orçamento entre 2015 e 2019 no XXI Governo da República, função que manteve desde 2019 no XXII Governo da República.

Foi Diretor do Gabinete de Estudos do Ministério da Economia entre 2010 e 2014 e assessor do Secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento entre 2009 e 2010.

Desempenhou as funções de presidente da Comissão Científica do Departamento de Economia do ISCTE entre 2009 e 2010 e de diretor do Doutoramento em Economia (2011-2012).

Foi membro dos Conselho Económico e Social e Conselho Superior de Estatística entre 2010 e 2014. Integrou a delegação portuguesa no Comité de Política Económica da OCDE em 2010 e 2012 e integrou grupos de trabalho no âmbito da OCDE.

António Mendonça Mendes

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Mário Centeno mantém-se no cargo e é promovido, na medida em que passa tam bém a ser adjunto do novo ministro das Finanças, João Leão. António Mendonça Mendes pertence à máquina do PS e lidera a federação de Setúbal, uma das mais importantes a nível nacional. É advogado, licenciado em Coimbra, e já antes tinha passado pelo Executivo, nos governos de José Sócrates, escreve o Jornal de Negócios.

Cláudia Joaquim

A ex-secretária de Estado da Segurança Social de Vieira da Silva regressa ao Governo, desta vez para liderar a secretaria do Orçamento. Cláudia Joaquim substitui João Leão, que sobe a ministro. Licenciada em Economia e mestre em Políticas Públicas, Cláudia Joaquim é, desde 2001, técnica superior do Instituto da Segurança Social. Recentemente, tem sido vogal da mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, refere a publicação.

João Nuno Mendes

O novo secretário de Estado das Finanças liderava desde maio as negociações da ajuda de Estado ao Grupo TAP. No seu percurso político, destaca-se o exercício das funções de secretário de Estado do Planeamento entre 1999 e 2002 no XIV Governo da República. Neste segundo Governo liderado por António Guterres, João Nuno Mendes assumiu responsabilidades no domínio do terceiro quadro comunitário de apoio, explica o jornal.

Miguel Cruz

O novo secretário de Estado do Tesouro é o único membro da equipa de João Leão sem qualquer experiência governativa. Doutorado em Economia pela London Business School, licenciado e mestre em Gestão pela Universidade Católica, Miguel Cruz foi presidente da Parpública e do IAPMEI. É atualmente embaixador em Portugal para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS das Nações Unidas/Global Compact Portugal, escreve o Negócios.

Costa coloca Centeno no radar do BdP

Entretanto, António Cista afirmou, esta segunda-feira, que Mário Centeno é uma hipótese para desempenhar as funções de governador do Banco de Portugal (BdP), dizendo que tem todas as competências pessoais e profissionais para o exercício desse cargo.

De acordo com o primeiro-ministro, que falava no Palácio de Belém após a breve cerimónia de posse de João Leão, Mário Centeno “tem todas as competências para exercer as funções de governador do BdP”. “O próprio governador do BdP [Carlos Costa] já o reconheceu. Ninguém tem dúvidas sobre essa matéria”, disse, citado pela Lusa.

De referir que Centeno vai também abandonar o cargo de presidente do Eurogrupo, tendo sido o terceiro a liderá-lo, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker (2005-2013) e do holandês Jeroen Dijsselbloem (2013-2018).

A sua sucessora poderá ser a espanhola Nadia Calviño. O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, disse, este domingo, que vai “tentar amadurecer” a ideia de uma candidatura da vice-presidente do seu Executivo.

Segundo o Sánchez, é “uma honra” que se fale “com muita força” sobre a possibilidade de a ministra dos Assuntos Económicos e Transformação Digital de Espanha vir a ocupar o cargo que pertenceu ao português. “O Governo de Espanha está muito interessado neste tipo de responsabilidade” e, por isso, falará nos próximos dias “com todos os colegas para tentar amadurecer essa candidatura” antes de 25 de junho, data limite para a sua apresentação, adiantou.

Autor: Redação

João Leão, o novo ministro das Finanças, e toda a sua equipa – inclui três novos secretários de estado – tomaram posse esta segunda-feira (15 de junho de 2020) de manhã, na sequência da demissão de Mário Centeno. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu posse aos governantes no Palácio de Belém, em Lisboa, “numa cerimónia restrita e sem outros convidados, dadas as atuais regras de saúde pública”, lê-se numa nota publicada no portal da Presidência da República. Uma cerimónia, de resto, que decorreu sem máscaras e com vénias em vez de apertos de mão.

Quem são os novos governantes? Nesta recomposição, que não altera a dimensão do Governo, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, é promovido a Adjunto do novo ministro e também tomará posse desse novo cargo, escreve a Lusa, acrescentando que tomarão posse como novos secretários de Estado Cláudia Joaquim, com a pasta do Orçamento, João Nuno Mendes, com as Finanças, e Miguel Cruz, com o Tesouro.

Além de Mário Centeno, saem do Governo Ricardo Mourinho Félix, o seu secretário de Estado Adjunto e das Finanças, e Álvaro Novo, secretário de Estado do Tesouro.

A saída de Mário Centeno do cargo de ministro de Estado e das Finanças, a seu pedido, foi conhecida dia 9 de junho de 2020, em simultâneo com a sua substituição por João Leão, até agora secretário de Estado do Orçamento.

Segundo o primeiro-ministro, António Costa, está assegurada a “continuidade” da política orçamental do Governo com a “tranquila passagem de testemunho” para João Leão, numa conjuntura “desafiante” de crise económica e social.

Quem é quem na nova equipa das Finanças:

João Leão

O novo ministro de Estado e das Finanças nasceu em Lisboa em 1974. É doutorado em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), EUA, e licenciado em Economia e Mestre em Economia pela Universidade Nova de Lisboa. É professor de Economia no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa desde 2008.

Foi Secretário de Estado do Orçamento entre 2015 e 2019 no XXI Governo da República, função que manteve desde 2019 no XXII Governo da República.

Foi Diretor do Gabinete de Estudos do Ministério da Economia entre 2010 e 2014 e assessor do Secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento entre 2009 e 2010.

Desempenhou as funções de presidente da Comissão Científica do Departamento de Economia do ISCTE entre 2009 e 2010 e de diretor do Doutoramento em Economia (2011-2012).

Foi membro dos Conselho Económico e Social e Conselho Superior de Estatística entre 2010 e 2014. Integrou a delegação portuguesa no Comité de Política Económica da OCDE em 2010 e 2012 e integrou grupos de trabalho no âmbito da OCDE.

António Mendonça Mendes

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de Mário Centeno mantém-se no cargo e é promovido, na medida em que passa tam bém a ser adjunto do novo ministro das Finanças, João Leão. António Mendonça Mendes pertence à máquina do PS e lidera a federação de Setúbal, uma das mais importantes a nível nacional. É advogado, licenciado em Coimbra, e já antes tinha passado pelo Executivo, nos governos de José Sócrates, escreve o Jornal de Negócios.

Cláudia Joaquim

A ex-secretária de Estado da Segurança Social de Vieira da Silva regressa ao Governo, desta vez para liderar a secretaria do Orçamento. Cláudia Joaquim substitui João Leão, que sobe a ministro. Licenciada em Economia e mestre em Políticas Públicas, Cláudia Joaquim é, desde 2001, técnica superior do Instituto da Segurança Social. Recentemente, tem sido vogal da mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, refere a publicação.

João Nuno Mendes

O novo secretário de Estado das Finanças liderava desde maio as negociações da ajuda de Estado ao Grupo TAP. No seu percurso político, destaca-se o exercício das funções de secretário de Estado do Planeamento entre 1999 e 2002 no XIV Governo da República. Neste segundo Governo liderado por António Guterres, João Nuno Mendes assumiu responsabilidades no domínio do terceiro quadro comunitário de apoio, explica o jornal.

Miguel Cruz

O novo secretário de Estado do Tesouro é o único membro da equipa de João Leão sem qualquer experiência governativa. Doutorado em Economia pela London Business School, licenciado e mestre em Gestão pela Universidade Católica, Miguel Cruz foi presidente da Parpública e do IAPMEI. É atualmente embaixador em Portugal para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS das Nações Unidas/Global Compact Portugal, escreve o Negócios.

Costa coloca Centeno no radar do BdP

Entretanto, António Cista afirmou, esta segunda-feira, que Mário Centeno é uma hipótese para desempenhar as funções de governador do Banco de Portugal (BdP), dizendo que tem todas as competências pessoais e profissionais para o exercício desse cargo.

De acordo com o primeiro-ministro, que falava no Palácio de Belém após a breve cerimónia de posse de João Leão, Mário Centeno “tem todas as competências para exercer as funções de governador do BdP”. “O próprio governador do BdP [Carlos Costa] já o reconheceu. Ninguém tem dúvidas sobre essa matéria”, disse, citado pela Lusa.

De referir que Centeno vai também abandonar o cargo de presidente do Eurogrupo, tendo sido o terceiro a liderá-lo, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker (2005-2013) e do holandês Jeroen Dijsselbloem (2013-2018).

A sua sucessora poderá ser a espanhola Nadia Calviño. O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, disse, este domingo, que vai “tentar amadurecer” a ideia de uma candidatura da vice-presidente do seu Executivo.

Segundo o Sánchez, é “uma honra” que se fale “com muita força” sobre a possibilidade de a ministra dos Assuntos Económicos e Transformação Digital de Espanha vir a ocupar o cargo que pertenceu ao português. “O Governo de Espanha está muito interessado neste tipo de responsabilidade” e, por isso, falará nos próximos dias “com todos os colegas para tentar amadurecer essa candidatura” antes de 25 de junho, data limite para a sua apresentação, adiantou.

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