EDP defende expansão da rede elétrica para novos projetos solares – O Jornal Económico

15-10-2020
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O grupo EDP, que detém 82% da EDP Renováveis, defende a expansão da rede elétrica em Portugal para permitir acomodar as novas centrais de energia solar.

“A ligação à rede é um ativo escasso”, disse Rui Teixeira, administrador do grupo EDP, defendendo a sua “expansão” para que permita uma “maior penetração da matriz energética das renováveis”.

“Entendemos que é um dos fatores que está a delimitar o crescimento das renováveis”, afirmou o também presidente interino da EDP Renováveis durante a conferência anual da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).

A rede de muito alta tensão é gerida em Portugal pela Redes Energéticas Nacionais (REN) e tem registado uma grande procura devido aos projetos para novas centrais solares.

A REN revelou na quarta-feira que já recebeu pedidos para ligar centrais solares à sua rede que atingem os 270 gigawatts (GW). Um valor que contrasta com a meta de construir nove gigawatts de nova capacidade solar fotovoltaica até 2030.

“A principal restrição está na capacidade das redes de absorver estes pedidos. Na REN, para o caso dos projetos solares, houve 4.400 pedidos no total de 270 gigawatts”, disse o administrador da REN, João Conceição, que apontou para a “desproporcionalidade de pedidos face à capacidade. Há mais pedidos do que a rede consegue absorver”.

A REN diz que procura dar resposta a estes pedidos através dos “desenvolvimentos de redes de forma tradicional, através dos planos de desenvolvimento de rede”, mas também através de uma “nova modalidade” os “acordos diretos” entre a REN e os produtores para “tentar otimizar as necessidades de rede versus pedidos apresentados”.

Apesar da grande procura por ligações à rede elétrica por parte de promotores de energia solar, em particular no Alentejo e Algarve, na sua avaliação ao plano mais recente da REN para a sua rede de transporte de eletricidade para o período 2020-2029, a Entidade Reguladora dos Serviços Energético (ERSE) defendeu em maio que a REN deve reduzir o seu investimento previsto dos 743 milhões de euros para os 502 milhões de euros. No plano anterior, datado de 2017, a REN previa fazer investimentos de 942 milhões.

“Num contexto em que são mais as incertezas do que as certezas quanto ao futuro do sistema elétrico, agravado pela atual conjuntura que o país atravessa e cujos efeitos sobre a economia se poderão prolongar por bastante tempo, a prudência obriga a não considerar aceitável que, da aprovação da proposta de PDIRT-E 2019, resulte qualquer aumento dos custos a suportar pelos consumidores em sede de tarifas de acesso às redes elétricas”, disse a ERSE no seu parecer divulgado a 13 de maio.

Também a EDP Distribuição, empresa responsável pelo transporte de eletricidade em baixa e média tensão, assume que tem recebido muitos pedidos para ligar centrais solares à sua rede.

“Há uma pressão muito grande sobre a nossa organização, as pessoas são impacientes com os prazos, temos a organização sob muita pressão. Trabalhamos diariamente com a Direção-Geral de Energia (DGEG) e REN. Estamos preparados, é um tema que preocupa, mas que vamos ultrapassar, vamos dar conta do recado”, afirmou o presidente da EDP Distribuição, João Torres, na conferência da APREN.

O grupo EDP, que detém 82% da EDP Renováveis, defende a expansão da rede elétrica em Portugal para permitir acomodar as novas centrais de energia solar.

“A ligação à rede é um ativo escasso”, disse Rui Teixeira, administrador do grupo EDP, defendendo a sua “expansão” para que permita uma “maior penetração da matriz energética das renováveis”.

“Entendemos que é um dos fatores que está a delimitar o crescimento das renováveis”, afirmou o também presidente interino da EDP Renováveis durante a conferência anual da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).

A rede de muito alta tensão é gerida em Portugal pela Redes Energéticas Nacionais (REN) e tem registado uma grande procura devido aos projetos para novas centrais solares.

A REN revelou na quarta-feira que já recebeu pedidos para ligar centrais solares à sua rede que atingem os 270 gigawatts (GW). Um valor que contrasta com a meta de construir nove gigawatts de nova capacidade solar fotovoltaica até 2030.

“A principal restrição está na capacidade das redes de absorver estes pedidos. Na REN, para o caso dos projetos solares, houve 4.400 pedidos no total de 270 gigawatts”, disse o administrador da REN, João Conceição, que apontou para a “desproporcionalidade de pedidos face à capacidade. Há mais pedidos do que a rede consegue absorver”.

A REN diz que procura dar resposta a estes pedidos através dos “desenvolvimentos de redes de forma tradicional, através dos planos de desenvolvimento de rede”, mas também através de uma “nova modalidade” os “acordos diretos” entre a REN e os produtores para “tentar otimizar as necessidades de rede versus pedidos apresentados”.

Apesar da grande procura por ligações à rede elétrica por parte de promotores de energia solar, em particular no Alentejo e Algarve, na sua avaliação ao plano mais recente da REN para a sua rede de transporte de eletricidade para o período 2020-2029, a Entidade Reguladora dos Serviços Energético (ERSE) defendeu em maio que a REN deve reduzir o seu investimento previsto dos 743 milhões de euros para os 502 milhões de euros. No plano anterior, datado de 2017, a REN previa fazer investimentos de 942 milhões.

“Num contexto em que são mais as incertezas do que as certezas quanto ao futuro do sistema elétrico, agravado pela atual conjuntura que o país atravessa e cujos efeitos sobre a economia se poderão prolongar por bastante tempo, a prudência obriga a não considerar aceitável que, da aprovação da proposta de PDIRT-E 2019, resulte qualquer aumento dos custos a suportar pelos consumidores em sede de tarifas de acesso às redes elétricas”, disse a ERSE no seu parecer divulgado a 13 de maio.

Também a EDP Distribuição, empresa responsável pelo transporte de eletricidade em baixa e média tensão, assume que tem recebido muitos pedidos para ligar centrais solares à sua rede.

“Há uma pressão muito grande sobre a nossa organização, as pessoas são impacientes com os prazos, temos a organização sob muita pressão. Trabalhamos diariamente com a Direção-Geral de Energia (DGEG) e REN. Estamos preparados, é um tema que preocupa, mas que vamos ultrapassar, vamos dar conta do recado”, afirmou o presidente da EDP Distribuição, João Torres, na conferência da APREN.

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