Novo Banco. Carteira de malparado vendida por 37 milhões de euros

30-12-2020
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O Novo Banco vendeu por 37 milhões de euros uma carteira de crédito malparado com um valor bruto de 79 milhões de euros. Ainda assim, teve um impacto direto “marginalmente positivo” nos resultados e no capital. “A carteira alienada inclui cerca de 12 mil empréstimos, nenhum abrangido pelo Mecanismo de Capital Contingente”, acrescenta.

A instituição financeira liderada por António Ramalho explica que a carteira de créditos não produtivos (non-performing loans) e ativos relacionados (no seu conjunto, projeto carter) foi vendida a uma sociedade detida por sociedades afiliadas e aconselhadas pela AGG Capital Management Limited e Christofferson, Robb & Company, LLC.

Esta transação, adianta o Novo banco, “representa mais um marco relevante no processo de desinvestimento de ativos não produtivos”, permitindo ao banco prosseguir a sua estratégia de “foco no negócio bancário doméstico”.

Audiências

O anúncio foi feito no mesmo dia em que o PSD entregou uma lista de 76 entidades que quer ouvir no Parlamento sobre o Novo Banco, entre elas o ministro das Finanças, João Leão, o ex-ministro Mário Centeno e a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.

Num requerimento dirigido ao presidente da comissão parlamentar de inquérito às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, o deputado Fernando Negrão, do PSD, listou um conjunto de entidades “que considera fundamentais serem ouvidas” para “a descoberta da verdade material sobre a gestão do Novo Banco, desde o momento da sua Resolução até aos dias de hoje”.

Também o grupo parlamentar do PAN quer chamar ao Parlamento 32 personalidades para serem ouvidas na comissão de inquérito ao Novo Banco e solicita ainda o acesso a 17 dossiês de documentação referentes à instituição bancária.

“Pretendemos com estes pedidos procurar esclarecer tudo aquilo que neste momento não é claro quanto à gestão do Novo Banco”, começa por dizer André Silva, citado em comunicado enviado às redações. Para o deputado do PAN, “mais do que andar numa luta política, é importante procurar esclarecer, de forma séria e consequente, todas as dúvidas quanto a estes negócios, as suas ligações e os seus beneficiários efetivos”.

A lista de personalidades inclui “nomes que, direta ou indiretamente, têm estado ligados aos negócios de venda dos ativos ‘tóxicos’ do Novo Banco”, refere o partido. É o caso de Carlos Costa, António Ramalho, Byron Haynes, Luís Máximo dos Santos, Maria Luís Albuquerque, Mário Centeno e Ricardo Mourinho Félix, mas a lista inclui ainda responsáveis do Lone Star, uma ex-funcionária do Novo Banco e o hacker Rui Pinto.

Já o Bloco de Esquerda vai requerer a audição de 18 personalidades na comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco. A lista inclui o atual presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o ex-administrador e sócio da Ongoing Nuno Vasconcellos.

O Novo Banco vendeu por 37 milhões de euros uma carteira de crédito malparado com um valor bruto de 79 milhões de euros. Ainda assim, teve um impacto direto “marginalmente positivo” nos resultados e no capital. “A carteira alienada inclui cerca de 12 mil empréstimos, nenhum abrangido pelo Mecanismo de Capital Contingente”, acrescenta.

A instituição financeira liderada por António Ramalho explica que a carteira de créditos não produtivos (non-performing loans) e ativos relacionados (no seu conjunto, projeto carter) foi vendida a uma sociedade detida por sociedades afiliadas e aconselhadas pela AGG Capital Management Limited e Christofferson, Robb & Company, LLC.

Esta transação, adianta o Novo banco, “representa mais um marco relevante no processo de desinvestimento de ativos não produtivos”, permitindo ao banco prosseguir a sua estratégia de “foco no negócio bancário doméstico”.

Audiências

O anúncio foi feito no mesmo dia em que o PSD entregou uma lista de 76 entidades que quer ouvir no Parlamento sobre o Novo Banco, entre elas o ministro das Finanças, João Leão, o ex-ministro Mário Centeno e a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde.

Num requerimento dirigido ao presidente da comissão parlamentar de inquérito às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, o deputado Fernando Negrão, do PSD, listou um conjunto de entidades “que considera fundamentais serem ouvidas” para “a descoberta da verdade material sobre a gestão do Novo Banco, desde o momento da sua Resolução até aos dias de hoje”.

Também o grupo parlamentar do PAN quer chamar ao Parlamento 32 personalidades para serem ouvidas na comissão de inquérito ao Novo Banco e solicita ainda o acesso a 17 dossiês de documentação referentes à instituição bancária.

“Pretendemos com estes pedidos procurar esclarecer tudo aquilo que neste momento não é claro quanto à gestão do Novo Banco”, começa por dizer André Silva, citado em comunicado enviado às redações. Para o deputado do PAN, “mais do que andar numa luta política, é importante procurar esclarecer, de forma séria e consequente, todas as dúvidas quanto a estes negócios, as suas ligações e os seus beneficiários efetivos”.

A lista de personalidades inclui “nomes que, direta ou indiretamente, têm estado ligados aos negócios de venda dos ativos ‘tóxicos’ do Novo Banco”, refere o partido. É o caso de Carlos Costa, António Ramalho, Byron Haynes, Luís Máximo dos Santos, Maria Luís Albuquerque, Mário Centeno e Ricardo Mourinho Félix, mas a lista inclui ainda responsáveis do Lone Star, uma ex-funcionária do Novo Banco e o hacker Rui Pinto.

Já o Bloco de Esquerda vai requerer a audição de 18 personalidades na comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco. A lista inclui o atual presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e o ex-administrador e sócio da Ongoing Nuno Vasconcellos.

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