Mourinho Félix: “Acelerar a redução do défice seria um erro” – O Jornal Económico

07-12-2019
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Mourinho Félix: “Acelerar a redução do défice seria um erro” – O Jornal Económico

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Mourinho Félix: “Acelerar a redução do défice seria um erro”

João Madeira Secretário de Estado contesta a ideia de que o crescimento do último ano deveria acelerar a redução do défice. Os pagamentos antecipados ao FMI são para manter, mas sem pôr em causa a margem de segurança: “Não voltaremos a um mundo em que se vive sem almofada financeira”.
Cristina BernardoRicardo Mourinho Félix recebeu o Jornal Económico depois de uma deslocação a Washington para os encontros anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. A viagem serviu também para fazer contactos com investidores e agências de rating e apresentar as opções do Orçamento do Estado para o próximo ano. A reação foi positiva, diz o secretário de Estado.O Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) é apresentado numa conjuntura favorável de crescimento. Este dinamismo é sustentável? As projeções para o próximo ano já são de desaceleração.
O crescimento que tivemos no último ano deu-se com um crescimento muito forte do investimento, que traduz alguma reposição de stock de capital que foi adiada durante um período muito prolongado de recessão. O que as empresas sentiram é que havia uma política económica sustentada, equilibrada, e que tinham possibilidade de fazer negócio futuro e repuseram parte do investimento que adiaram durante alguns anos, devido à incerteza. Um crescimento do investimento de 8% para um crescimento do PIB de 2,6% é muito elevado. O que considerámos nas projeções para 2018 é algo prudente. Tipicamente o investimento cresce o dobro do produto e o que considerámos foi algo mais próximo disso. Considerámos também uma previsão prudente nas exportações: em linha com o crescimento dos mercados para onde exportamos e com uma hipótese técnica de crescimento nulo de quota de mercado. E também um abrandamento do consumo privado, em linha com o rendimento disponível. Mas diria que os riscos são ascendentes. É possível que haja mais investimento e mais exportações. Em política económica, é preferível ter um cenário prudente e ser surpreendido pela positiva, ter resultados melhores e ganhar flexibilidade na gestão orçamental, do que passar o tempo todo a rever o cenário em baixa, porque isso é que tira confiança aos agentes económicos.Há quem defenda que o dinamismo económico deveria ter sido aproveitado para uma correção estrutural mais vincada das contas públicas. Como reage?
A primeira reação a esse tipo de afirmação é que as pessoas devem aprender com os erros. Achar que a mesma receita nas mesmas condições vai dar um resultado diferente do passado…

Mourinho Félix: “Acelerar a redução do défice seria um erro” – O Jornal Económico
Mourinho Félix: “Acelerar a redução do défice seria um erro”

João Madeira Secretário de Estado contesta a ideia de que o crescimento do último ano deveria acelerar a redução do défice. Os pagamentos antecipados ao FMI são para manter, mas sem pôr em causa a margem de segurança: “Não voltaremos a um mundo em que se vive sem almofada financeira”.
Cristina BernardoRicardo Mourinho Félix recebeu o Jornal Económico depois de uma deslocação a Washington para os encontros anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. A viagem serviu também para fazer contactos com investidores e agências de rating e apresentar as opções do Orçamento do Estado para o próximo ano. A reação foi positiva, diz o secretário de Estado.Este conteúdo é de acesso exclusivo para assinantes. Para ter acesso escolha uma das seguintes assinaturas Jornal Económico Digital, ou faça log in aqui.


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João Madeira Secretário de Estado contesta a ideia de que o crescimento do último ano deveria acelerar a redução do défice. Os pagamentos antecipados ao FMI são para manter, mas sem pôr em causa a margem de segurança: “Não voltaremos a um mundo em que se vive sem almofada financeira”.
Cristina BernardoRicardo Mourinho Félix recebeu o Jornal Económico depois de uma deslocação a Washington para os encontros anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. A viagem serviu também para fazer contactos com investidores e agências de rating e apresentar as opções do Orçamento do Estado para o próximo ano. A reação foi positiva, diz o secretário de Estado.O Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) é apresentado numa conjuntura favorável de crescimento. Este dinamismo é sustentável? As projeções para o próximo ano já são de desaceleração.
O crescimento que tivemos no último ano deu-se com um crescimento muito forte do investimento, que traduz alguma reposição de stock de capital que foi adiada durante um período muito prolongado de recessão. O que as empresas sentiram é que havia uma política económica sustentada, equilibrada, e que tinham possibilidade de fazer negócio futuro e repuseram parte do investimento que adiaram durante alguns anos, devido à incerteza. Um crescimento do investimento de 8% para um crescimento do PIB de 2,6% é muito elevado. O que considerámos nas projeções para 2018 é algo prudente. Tipicamente o investimento cresce o dobro do produto e o que considerámos foi algo mais próximo disso. Considerámos também uma previsão prudente nas exportações: em linha com o crescimento dos mercados para onde exportamos e com uma hipótese técnica de crescimento nulo de quota de mercado. E também um abrandamento do consumo privado, em linha com o rendimento disponível. Mas diria que os riscos são ascendentes. É possível que haja mais investimento e mais exportações. Em política económica, é preferível ter um cenário prudente e ser surpreendido pela positiva, ter resultados melhores e ganhar flexibilidade na gestão orçamental, do que passar o tempo todo a rever o cenário em baixa, porque isso é que tira confiança aos agentes económicos.Há quem defenda que o dinamismo económico deveria ter sido aproveitado para uma correção estrutural mais vincada das contas públicas. Como reage?
A primeira reação a esse tipo de afirmação é que as pessoas devem aprender com os erros. Achar que a mesma receita nas mesmas condições vai dar um resultado diferente do passado…

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João Madeira Secretário de Estado contesta a ideia de que o crescimento do último ano deveria acelerar a redução do défice. Os pagamentos antecipados ao FMI são para manter, mas sem pôr em causa a margem de segurança: “Não voltaremos a um mundo em que se vive sem almofada financeira”.
Cristina BernardoRicardo Mourinho Félix recebeu o Jornal Económico depois de uma deslocação a Washington para os encontros anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. A viagem serviu também para fazer contactos com investidores e agências de rating e apresentar as opções do Orçamento do Estado para o próximo ano. A reação foi positiva, diz o secretário de Estado.Este conteúdo é de acesso exclusivo para assinantes. Para ter acesso escolha uma das seguintes assinaturas Jornal Económico Digital, ou faça log in aqui.

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