Regras: objetivo ou castigo?

20-06-2020
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Dizem que as regras são
para cumprir. E têm razão. Se não existissem regras e todos fizessemos o que
nos viesse à cabeça, a sociedade seria uma verdadeira barafunda. Mas também há
quem defenda que as regras existem para ser quebradas. De vez em quando, também
é preciso. E é esta contradição entre cumprir e não cumprir que faz a sociedade
avançar.

As regras foram criadas
para manter a ordem numa sociedade. Quando criamos regras, o objetivo é
cuidar/proteger alguma coisa e educar quem as segue. Há quem as respeite, há
quem prefira quebrá-las. Mas, no fundo, há momentos em que quebrá-las é
legítimo. Há momentos das nossas vidas em que sentimos que as regras criadas
não foram as mais adequadas a determinadas situações. E, por esse motivo, é
legítimo que manifestemos a nossa opinião e lutemos pela mudança, mesmo que
isso implique quebrar uma ou outra regra. Mas não só. Quando se trata da vida
humana e daqueles que amamos, esquecemos as regras. Quebramos tudo o que houver
para quebrar porque, no fim, o amor é a coisa mais sem regra que existe. E é
esse mesmo amor o maior motivo para infringirmos qualquer imposição.

Por outro lado, as regras
são muitas vezes entendidas como uma arma para a educação. A prova disso são os
pais. Um pai ou uma mãe tem sempre de colocar regras aos seus filhos. “Não
chegues depois desta hora” ou “não deixes os brinquedos por arrumar” e se,
eventualmente, a criança não cumpre a regra que lhe é dada, então sofrerá as
consequências (castigos). A isto chama-se preparação para o futuro. Uma geração
ensina à outra a importância de seguir regras por saber que aquela criança que
nasce vai conviver com elas para o resto da sua vida. E, se não as souber
seguir, será punida por isso. No fundo, são estas imposições que nos são
ensinadas desde que nascemos, que comandam a vida e permitem que ela seja
minimamente organizada. Porque sem regras, nada faria sentido. Afinal, se assim
somos individualistas, o que seríamos se elas não existissem?

Grande parte da
população, cumpre as regras por recear o castigo. Tal como a criança que faz os
trabalhos de casa por saber que, se não os fizer, não vai brincar a seguir.
Desta forma, nem sempre respeitamos os limites da velocidade por zelarmos pelo
nosso bem ou pelo do veículo ao lado. Às vezes, só o fazemos por temermos a
consequência que surgirá se não o fizermos. A questão que fica no ar é “se as
regras foram inventadas para proteger a sociedade, porque é que não as
encaramos como um objetivo ao invés de um caminho para a punição?”

Publicado em: Repórter Sombra.

Dizem que as regras são
para cumprir. E têm razão. Se não existissem regras e todos fizessemos o que
nos viesse à cabeça, a sociedade seria uma verdadeira barafunda. Mas também há
quem defenda que as regras existem para ser quebradas. De vez em quando, também
é preciso. E é esta contradição entre cumprir e não cumprir que faz a sociedade
avançar.

As regras foram criadas
para manter a ordem numa sociedade. Quando criamos regras, o objetivo é
cuidar/proteger alguma coisa e educar quem as segue. Há quem as respeite, há
quem prefira quebrá-las. Mas, no fundo, há momentos em que quebrá-las é
legítimo. Há momentos das nossas vidas em que sentimos que as regras criadas
não foram as mais adequadas a determinadas situações. E, por esse motivo, é
legítimo que manifestemos a nossa opinião e lutemos pela mudança, mesmo que
isso implique quebrar uma ou outra regra. Mas não só. Quando se trata da vida
humana e daqueles que amamos, esquecemos as regras. Quebramos tudo o que houver
para quebrar porque, no fim, o amor é a coisa mais sem regra que existe. E é
esse mesmo amor o maior motivo para infringirmos qualquer imposição.

Por outro lado, as regras
são muitas vezes entendidas como uma arma para a educação. A prova disso são os
pais. Um pai ou uma mãe tem sempre de colocar regras aos seus filhos. “Não
chegues depois desta hora” ou “não deixes os brinquedos por arrumar” e se,
eventualmente, a criança não cumpre a regra que lhe é dada, então sofrerá as
consequências (castigos). A isto chama-se preparação para o futuro. Uma geração
ensina à outra a importância de seguir regras por saber que aquela criança que
nasce vai conviver com elas para o resto da sua vida. E, se não as souber
seguir, será punida por isso. No fundo, são estas imposições que nos são
ensinadas desde que nascemos, que comandam a vida e permitem que ela seja
minimamente organizada. Porque sem regras, nada faria sentido. Afinal, se assim
somos individualistas, o que seríamos se elas não existissem?

Grande parte da
população, cumpre as regras por recear o castigo. Tal como a criança que faz os
trabalhos de casa por saber que, se não os fizer, não vai brincar a seguir.
Desta forma, nem sempre respeitamos os limites da velocidade por zelarmos pelo
nosso bem ou pelo do veículo ao lado. Às vezes, só o fazemos por temermos a
consequência que surgirá se não o fizermos. A questão que fica no ar é “se as
regras foram inventadas para proteger a sociedade, porque é que não as
encaramos como um objetivo ao invés de um caminho para a punição?”

Publicado em: Repórter Sombra.

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