Atualidades by: Cláudia Pereira

01-01-2020
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Parte 1 - AQUI.

2 de fevereiro de 2016

Hoje a Mãe trouxe-me um pastel de nata. Ela não se justificou mas, para
mim, foi um "parabéns" expresso num bolo delicioso. Ontem passei no
código. Sim, passei no exame teórico no qual chumbei há uns meses a esta parte.
Dessa outra vez, quando entrei na sala de exames comecei a tremer literalmente
dos pés à cabeça. Não conseguia ler cuidadosamente as questões nem as opções de
resposta e, claro, o meu perfeccionismo deu azo a um "reprovou". Vim
o caminho do centro de exames à escola de condução com um peso nos ombros,
as ideias enroladas em pensamentos negativos e o corpo sem reação. A viagem
parecia não ter fim. Depois da chegada à escola, fui de bicicleta até casa,
durante uns longos 16 km, a chorar. Era de noite.

Vim o caminho todo a pensar como contava à minha Mãe. Quando cheguei, ainda
a chorar, expliquei que tinha ido a exame e dei-lhe o papel a dizer
"reprovou".

Depois de uma longa conversa com a minha Mãe, abri os olhos. Foi bastante
difícil reerguer a cabeça, colocar as costas direitas e olhar em frente. Porém,
depois de pensar em tudo, agradeço o abanão que me deram porque me ensinou
muito.

Após ter chumbado, as
aulas começaram 6 dias depois e ainda nem tinha recuperado do abanão. Ninguém
sabia que eu estava a tirar a carta, muito menos que eu tinha feito exame
de código. Esforcei-me imenso para passar nos exames todos à primeira, na época
contínua e com boas notas. Assim tive um mês em casa. Passei a maioria dessas
"férias" na escola de condução. Ia para lá bem cedinho fazer os
testes no computador, chegava a casa e estudava código. A professora de código
sempre que passava por mim dava-me uma palavra amiga e dizia que era melhor eu
fazer uma pausa. Duas semanas depois a professora viu-me no computador e
desafiou-me ir a uma aula. Eu fui mas já não era tão bom ir àquelas aulas
porque já não conhecia aqueles colegas. 

Dediquei um mês tempo ao código, fazia desporto e procurei ter
uma alimentação saudável. Também não tinha outras grandes tarefas em
simultâneo, para além do blogue, pelo que andava muito focada em passar no
código.

Em casa, o meu estudo
consistia em ler o livro, passar a limpo os apontamentos gatafunhados que tinha
feito há uns meses nas aulas, e depois reescrevia as perguntas e respostas dos
testes de exame. Todos os dias estudava as partes mais difíceis, como sendo as
cedências de passagem. Marquei exame uma semana antes e, desta vez, contei à minha
Mãe que ia a exame pelo que tudo foi bem mais fácil com o apoio de alguém.

Fui mais confiante para o
centro de exames. Quando entrei naquele centro os nervos ainda começaram a
aflorar mas eu expulsei-os com pensamentos positivos porque, afinal, tinha cumprido
todas as recomendações anti-stress.

Parte 1 - AQUI.

2 de fevereiro de 2016

Hoje a Mãe trouxe-me um pastel de nata. Ela não se justificou mas, para
mim, foi um "parabéns" expresso num bolo delicioso. Ontem passei no
código. Sim, passei no exame teórico no qual chumbei há uns meses a esta parte.
Dessa outra vez, quando entrei na sala de exames comecei a tremer literalmente
dos pés à cabeça. Não conseguia ler cuidadosamente as questões nem as opções de
resposta e, claro, o meu perfeccionismo deu azo a um "reprovou". Vim
o caminho do centro de exames à escola de condução com um peso nos ombros,
as ideias enroladas em pensamentos negativos e o corpo sem reação. A viagem
parecia não ter fim. Depois da chegada à escola, fui de bicicleta até casa,
durante uns longos 16 km, a chorar. Era de noite.

Vim o caminho todo a pensar como contava à minha Mãe. Quando cheguei, ainda
a chorar, expliquei que tinha ido a exame e dei-lhe o papel a dizer
"reprovou".

Depois de uma longa conversa com a minha Mãe, abri os olhos. Foi bastante
difícil reerguer a cabeça, colocar as costas direitas e olhar em frente. Porém,
depois de pensar em tudo, agradeço o abanão que me deram porque me ensinou
muito.

Após ter chumbado, as
aulas começaram 6 dias depois e ainda nem tinha recuperado do abanão. Ninguém
sabia que eu estava a tirar a carta, muito menos que eu tinha feito exame
de código. Esforcei-me imenso para passar nos exames todos à primeira, na época
contínua e com boas notas. Assim tive um mês em casa. Passei a maioria dessas
"férias" na escola de condução. Ia para lá bem cedinho fazer os
testes no computador, chegava a casa e estudava código. A professora de código
sempre que passava por mim dava-me uma palavra amiga e dizia que era melhor eu
fazer uma pausa. Duas semanas depois a professora viu-me no computador e
desafiou-me ir a uma aula. Eu fui mas já não era tão bom ir àquelas aulas
porque já não conhecia aqueles colegas. 

Dediquei um mês tempo ao código, fazia desporto e procurei ter
uma alimentação saudável. Também não tinha outras grandes tarefas em
simultâneo, para além do blogue, pelo que andava muito focada em passar no
código.

Em casa, o meu estudo
consistia em ler o livro, passar a limpo os apontamentos gatafunhados que tinha
feito há uns meses nas aulas, e depois reescrevia as perguntas e respostas dos
testes de exame. Todos os dias estudava as partes mais difíceis, como sendo as
cedências de passagem. Marquei exame uma semana antes e, desta vez, contei à minha
Mãe que ia a exame pelo que tudo foi bem mais fácil com o apoio de alguém.

Fui mais confiante para o
centro de exames. Quando entrei naquele centro os nervos ainda começaram a
aflorar mas eu expulsei-os com pensamentos positivos porque, afinal, tinha cumprido
todas as recomendações anti-stress.

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