Prefiro não dizer nomes, mas que os há…ai, se há.
Órgãos de comunicação social que não explicitam a real motivação dos conteúdos publicados.
Conteúdos em vídeo, áudio ou texto que parecem mesmo mesmo
só informação, mas que no fundo (às vezes não muito escondidos) são
peças/publicações pagas por entidades exteriores e, por isso, influenciadas.
Não, não estou a dizer que todas as peças pagas são
publicidade a produtos/organizações. Quero sobretudo alertar para a existência
de publicidade em diferentes formatos e que demasiadas vezes não tem nem uma
discreta identificação de “conteúdo comercial”, indo por isso contra o próprio
Código da Publicidade. Podem aparecer em blogues ou noutras plataformas
digitais, mas se aparecerem em órgãos de comunicação social violam o Estatuto
do Jornalista português.
Esquecem-se os dirigentes desses órgãos informativos
que o povo – onde me incluo – nem sempre tem capacidade para decifrar a real
intenção dos conteúdos que, mais do que informar, visam influenciar a compra de
produtos ou sobretudo a maior identificação ou aproximação do público às
organizações/produtos referidos nas peças. Andamos nós a ler/ouvir/ver
conteúdos publicitários sem sequer questionarmos. E é aqui, neste parágrafo,
que vemos dois erros: o dos órgãos de comunicação social que não identificam
conteúdos patrocinados e o “lapso de formação” do público consumidor para o
questionamento do que vê/lê/ouve.
Eu sou um caso à parte. Quando um familiar meu me apresenta
alguém, faz logo questão de dizer “ela (ou seja, eu) é de jornalismo”, porque,
diz o meu familiar, eu faço muitas perguntas. Na verdade, a capacidade de
interrogar e duvidar deveria fazer parte de todos. A minha capacidade despertou
com a universidade, ou seja, com a educação, daí defender a necessidade de
formação para os meios de comunicação social dirigida a todos os públicos.
Ao me confrontar com informações, questiono, indago: porquê?
Como? Como assim? Então mas não explicam? Faço muitas perguntas porque fui
educada pela escola para isso. Apesar de, muitas vezes, a sociedade preferir
que se façam menos perguntas.
Porém, não é suposto que só quem estuda num curso específico
como Ciências da Comunicação tenha esta vontade de não aceitar todos os factos
à primeira, sem questionar. Esta TEM DE SER PARA TODAS AS PESSOAS. É uma
obrigatoriedade da escola formar-nos para sermos mentes questionadoras, até
porque:
·
a maioria dos pais já não teve essa formação para os media, logo não a irá transmitir;
·
de nada vale à sociedade formar apenas robots e
pessoas que apenas sabem coisas de cor;
·
uma parte dos estudantes não ingressa na
universidade, não devendo ser por isso necessário esperar que só a academia
forme os cidadãos para o mundo futuro, recheado de desafios que põem à prova a
nossa capacidade de argumentar, questionar, fazer diferente e sermos criativos.
Por tudo isto, é na escola e para todas as idades que se tem
de dotar os cidadãos com capacidades de questionamento, visões críticas e
também de literacia mediática. Isto se queremos um público + consciente e
+ capaz de lidar com as decisões políticas, económicas, etc. com que somos
confrontados Todos Os Dias. Todos.
Categorias
Entidades
Prefiro não dizer nomes, mas que os há…ai, se há.
Órgãos de comunicação social que não explicitam a real motivação dos conteúdos publicados.
Conteúdos em vídeo, áudio ou texto que parecem mesmo mesmo
só informação, mas que no fundo (às vezes não muito escondidos) são
peças/publicações pagas por entidades exteriores e, por isso, influenciadas.
Não, não estou a dizer que todas as peças pagas são
publicidade a produtos/organizações. Quero sobretudo alertar para a existência
de publicidade em diferentes formatos e que demasiadas vezes não tem nem uma
discreta identificação de “conteúdo comercial”, indo por isso contra o próprio
Código da Publicidade. Podem aparecer em blogues ou noutras plataformas
digitais, mas se aparecerem em órgãos de comunicação social violam o Estatuto
do Jornalista português.
Esquecem-se os dirigentes desses órgãos informativos
que o povo – onde me incluo – nem sempre tem capacidade para decifrar a real
intenção dos conteúdos que, mais do que informar, visam influenciar a compra de
produtos ou sobretudo a maior identificação ou aproximação do público às
organizações/produtos referidos nas peças. Andamos nós a ler/ouvir/ver
conteúdos publicitários sem sequer questionarmos. E é aqui, neste parágrafo,
que vemos dois erros: o dos órgãos de comunicação social que não identificam
conteúdos patrocinados e o “lapso de formação” do público consumidor para o
questionamento do que vê/lê/ouve.
Eu sou um caso à parte. Quando um familiar meu me apresenta
alguém, faz logo questão de dizer “ela (ou seja, eu) é de jornalismo”, porque,
diz o meu familiar, eu faço muitas perguntas. Na verdade, a capacidade de
interrogar e duvidar deveria fazer parte de todos. A minha capacidade despertou
com a universidade, ou seja, com a educação, daí defender a necessidade de
formação para os meios de comunicação social dirigida a todos os públicos.
Ao me confrontar com informações, questiono, indago: porquê?
Como? Como assim? Então mas não explicam? Faço muitas perguntas porque fui
educada pela escola para isso. Apesar de, muitas vezes, a sociedade preferir
que se façam menos perguntas.
Porém, não é suposto que só quem estuda num curso específico
como Ciências da Comunicação tenha esta vontade de não aceitar todos os factos
à primeira, sem questionar. Esta TEM DE SER PARA TODAS AS PESSOAS. É uma
obrigatoriedade da escola formar-nos para sermos mentes questionadoras, até
porque:
·
a maioria dos pais já não teve essa formação para os media, logo não a irá transmitir;
·
de nada vale à sociedade formar apenas robots e
pessoas que apenas sabem coisas de cor;
·
uma parte dos estudantes não ingressa na
universidade, não devendo ser por isso necessário esperar que só a academia
forme os cidadãos para o mundo futuro, recheado de desafios que põem à prova a
nossa capacidade de argumentar, questionar, fazer diferente e sermos criativos.
Por tudo isto, é na escola e para todas as idades que se tem
de dotar os cidadãos com capacidades de questionamento, visões críticas e
também de literacia mediática. Isto se queremos um público + consciente e
+ capaz de lidar com as decisões políticas, económicas, etc. com que somos
confrontados Todos Os Dias. Todos.