Meados de Junho. Palestra nos Açores. Descanso e trabalho
para o projecto Investigador FCT nos restantes dias. Há muito queria conhecer o
arquipélago. Sempre me senti fascinada, nem sei bem qual a razão. Sempre achei
que estava muito preservada da mão humana. Não me enganei. Primeiro de tudo, o
mar está sempre presente. A maresia, também. O clima é do melhor que há. Nem
quente nem frio, ameno. Chove e no momento a seguir está sol. A imagem que
tinha dos Açores com vaquinhas e um verde imenso correspondeu. Depois, tem
óptimas estradas. Eu que não sou muito de natureza fiquei rendida. Até trilhos
fiz. Andei minutos seguidos para ver imagens de cortar a respiração. Comi a
melhor carne do mundo. E o melhor peixe, também. Queijos, perdi a conta. Ilha,
S. Jorge, S. Miguel. Todos, muitos. Os micaelenses são simpáticos. O tempo
deles e a velocidade é diferente. Tudo devagarinho. Mas a simpatia e a
disponibilidade superam tudo. Conheci muita coisa. Tenho fraca memória. Mas
nunca vou esquecer as escarpas e o mar sem fim. A cor escura do Atlântico. As
praias rochosas, vulcânicas e escuras. A areia escura. O clima ameno. O cozido
das Furnas com sabor à morcela com canela e pimenta da terra. A kima maracujá.
A Especial da Melo Abreu. O queijo fresco com pimenta da terra. A carne de vaca
dos Açores. O chá verda da Gorreana. Os tremoços com alho e pimenta da terra.
Os chicharrinhos fritos a saber a mar. As plantações de chá a perderem de
vista. A flora. Os fetos gigantes. As baleisas. Os golfinhos. As gaivotas. A
marina. As praias. As termas. A lagoa das Sete Cidades. Os jacarandás. A lagoa
do Fogo. A Ferraria. As praias tão desconhecidas e tão inesperadas. As cores.
Os ossos de baleia. O Parque Terra Nostra e o seu magnífico jardim botânico. E
como o melhor guarda-se para o fim, nunca esquecerei da sensação de entrar na
piscina natural de água termal a 40ºC naquele fim de tarde. A temperatura de
fim de tarde a contrastar com a temperatura da água, superior à do corpo. Não
há palavras para descrever a sensação. A lagoa das Furnas. As fumarolas. O bolo
lêvedo. O atum fresco. As bolachas moçor. Tudo ficou para sempre na minha
memória e quero lá voltar. A ilha de S. Miguel ficou empreguenada em mim sem
que eu contasse. Sabia que ia ser bom, não imaginava que seria tanto.
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Meados de Junho. Palestra nos Açores. Descanso e trabalho
para o projecto Investigador FCT nos restantes dias. Há muito queria conhecer o
arquipélago. Sempre me senti fascinada, nem sei bem qual a razão. Sempre achei
que estava muito preservada da mão humana. Não me enganei. Primeiro de tudo, o
mar está sempre presente. A maresia, também. O clima é do melhor que há. Nem
quente nem frio, ameno. Chove e no momento a seguir está sol. A imagem que
tinha dos Açores com vaquinhas e um verde imenso correspondeu. Depois, tem
óptimas estradas. Eu que não sou muito de natureza fiquei rendida. Até trilhos
fiz. Andei minutos seguidos para ver imagens de cortar a respiração. Comi a
melhor carne do mundo. E o melhor peixe, também. Queijos, perdi a conta. Ilha,
S. Jorge, S. Miguel. Todos, muitos. Os micaelenses são simpáticos. O tempo
deles e a velocidade é diferente. Tudo devagarinho. Mas a simpatia e a
disponibilidade superam tudo. Conheci muita coisa. Tenho fraca memória. Mas
nunca vou esquecer as escarpas e o mar sem fim. A cor escura do Atlântico. As
praias rochosas, vulcânicas e escuras. A areia escura. O clima ameno. O cozido
das Furnas com sabor à morcela com canela e pimenta da terra. A kima maracujá.
A Especial da Melo Abreu. O queijo fresco com pimenta da terra. A carne de vaca
dos Açores. O chá verda da Gorreana. Os tremoços com alho e pimenta da terra.
Os chicharrinhos fritos a saber a mar. As plantações de chá a perderem de
vista. A flora. Os fetos gigantes. As baleisas. Os golfinhos. As gaivotas. A
marina. As praias. As termas. A lagoa das Sete Cidades. Os jacarandás. A lagoa
do Fogo. A Ferraria. As praias tão desconhecidas e tão inesperadas. As cores.
Os ossos de baleia. O Parque Terra Nostra e o seu magnífico jardim botânico. E
como o melhor guarda-se para o fim, nunca esquecerei da sensação de entrar na
piscina natural de água termal a 40ºC naquele fim de tarde. A temperatura de
fim de tarde a contrastar com a temperatura da água, superior à do corpo. Não
há palavras para descrever a sensação. A lagoa das Furnas. As fumarolas. O bolo
lêvedo. O atum fresco. As bolachas moçor. Tudo ficou para sempre na minha
memória e quero lá voltar. A ilha de S. Miguel ficou empreguenada em mim sem
que eu contasse. Sabia que ia ser bom, não imaginava que seria tanto.