Eurico Brilhante Dias: Produzir a vacina da Covid-19 em Portugal? “Isso é um trabalho que estamos a fazer” – O Jornal Económico

16-11-2020
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Portugal está a desenvolver os contactos necessários para que a vacina da Covid-19 possa ser produzida também no mercado nacional. Quem o diz é o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, em declarações ao Jornal Económico (JE). “Isso é um trabalho que estamos a fazer. Vamos ter várias vacinas. Há algumas que estão na ‘fase 3’, que é a fase prévia à possibilidade de fazer a sua distribuição. Portanto, aquilo que nós, desde o ponto de vista político-diplomático, no quadro da diplomacia económica, temos de fazer, e que é a nossa obrigação, é posicionar a indústria portuguesa como uma indústria que, com experiência, capacidade e competências, é capaz de dar um contributo na produção dessa vacina”.

“Esta concentração na vacina do Covid-19 é uma concentração, pela atenção que lhe damos, que também acontece em outros países. Nós temos perfeita consciência que há visões sobre a cadeia de valor farmacêutica nas outras vacinas, e nos medicamentos, que levará a mais decisões empresariais. E essas decisões empresariais devem ser aproveitadas por Portugal também para poder captar o investimento no sector farmacêutico”, defende Brilhante Dias.

“Nós fazemos o nosso trabalho nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Suíça, na Alemanha, em França, na República Popular da China, ou seja, onde há empresas que estão a desenvolver vacinas – e muitas delas ainda estão a investigar ou a testar –, nessas, temos a obrigação de fazer o nosso trabalho”, adianta o secretário de Estado, referindo que “estamos a posicionar Portugal para essa oportunidade, sabendo que, pelo menos no caso da vacina da Pfizer que foi apresentada, essa vacina não nos dará uma imunidade permanente, pois obrigará à sua repetição, para garantir imunidades. Pelo menos no caso da Pfizer, aquilo que é apresentado é uma imunidade de aproximadamente um ano, o que significa que a produção da vacina será recorrente para abastecer um mercado de enorme escala, de enorme dimensão”.

“Portanto, é para isso que nós temos de nos posicionar. Como nos posicionamos para outros sectores, percebendo que aqui há uma oportunidade objetiva para poder ter Portugal como uma localização de investimento”, considera Brilhante Dias. Além do potencial investimento no sector da industria farmacêutica, a questão da vacina é fundamental para restabelecer a normalidade na atividade económica, em especial no sector do Turismo, considera o governante.

“Grande parte da atual incerteza na sociedade e na economia “diz respeito ao facto das pessoas não terem um nível de certeza mínimo quanto à normalidade da sua vida. Isso afeta muito a mobilidade, o transporte e o turismo. Estamos a falar de segurança e da mobilidade das pessoas. Acho que continuamos muito colados à confiança de termos uma vacina ou um medicamento. Quanto à vacina, temos tido boas notícias”.

“Acreditamos que 2021 pode ser um momento em que podemos começar a ter vacinas e que pelo menos uma vacina chegue à população mais vulnerável. Mas para nós, para o turismo e para o transporte aéreo isso é um elemento central. Portugal, para continuar a crescer nas exportações de bens e de serviços e no PIB, precisa do regresso do turismo. Nessa medida, penso que 2021, se for um ano com boas notícias quanto à vacina, será seguramente um ano que também pode ser importante para um retomar progressivo do turismo. Se assim for, creio que 2022 e 2023 poderão ser anos melhores, sendo já 2021 um ano de recuperação”, refere o secretário de Estado da Internacionalização ao JE.

Portugal está a desenvolver os contactos necessários para que a vacina da Covid-19 possa ser produzida também no mercado nacional. Quem o diz é o secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, em declarações ao Jornal Económico (JE). “Isso é um trabalho que estamos a fazer. Vamos ter várias vacinas. Há algumas que estão na ‘fase 3’, que é a fase prévia à possibilidade de fazer a sua distribuição. Portanto, aquilo que nós, desde o ponto de vista político-diplomático, no quadro da diplomacia económica, temos de fazer, e que é a nossa obrigação, é posicionar a indústria portuguesa como uma indústria que, com experiência, capacidade e competências, é capaz de dar um contributo na produção dessa vacina”.

“Esta concentração na vacina do Covid-19 é uma concentração, pela atenção que lhe damos, que também acontece em outros países. Nós temos perfeita consciência que há visões sobre a cadeia de valor farmacêutica nas outras vacinas, e nos medicamentos, que levará a mais decisões empresariais. E essas decisões empresariais devem ser aproveitadas por Portugal também para poder captar o investimento no sector farmacêutico”, defende Brilhante Dias.

“Nós fazemos o nosso trabalho nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Suíça, na Alemanha, em França, na República Popular da China, ou seja, onde há empresas que estão a desenvolver vacinas – e muitas delas ainda estão a investigar ou a testar –, nessas, temos a obrigação de fazer o nosso trabalho”, adianta o secretário de Estado, referindo que “estamos a posicionar Portugal para essa oportunidade, sabendo que, pelo menos no caso da vacina da Pfizer que foi apresentada, essa vacina não nos dará uma imunidade permanente, pois obrigará à sua repetição, para garantir imunidades. Pelo menos no caso da Pfizer, aquilo que é apresentado é uma imunidade de aproximadamente um ano, o que significa que a produção da vacina será recorrente para abastecer um mercado de enorme escala, de enorme dimensão”.

“Portanto, é para isso que nós temos de nos posicionar. Como nos posicionamos para outros sectores, percebendo que aqui há uma oportunidade objetiva para poder ter Portugal como uma localização de investimento”, considera Brilhante Dias. Além do potencial investimento no sector da industria farmacêutica, a questão da vacina é fundamental para restabelecer a normalidade na atividade económica, em especial no sector do Turismo, considera o governante.

“Grande parte da atual incerteza na sociedade e na economia “diz respeito ao facto das pessoas não terem um nível de certeza mínimo quanto à normalidade da sua vida. Isso afeta muito a mobilidade, o transporte e o turismo. Estamos a falar de segurança e da mobilidade das pessoas. Acho que continuamos muito colados à confiança de termos uma vacina ou um medicamento. Quanto à vacina, temos tido boas notícias”.

“Acreditamos que 2021 pode ser um momento em que podemos começar a ter vacinas e que pelo menos uma vacina chegue à população mais vulnerável. Mas para nós, para o turismo e para o transporte aéreo isso é um elemento central. Portugal, para continuar a crescer nas exportações de bens e de serviços e no PIB, precisa do regresso do turismo. Nessa medida, penso que 2021, se for um ano com boas notícias quanto à vacina, será seguramente um ano que também pode ser importante para um retomar progressivo do turismo. Se assim for, creio que 2022 e 2023 poderão ser anos melhores, sendo já 2021 um ano de recuperação”, refere o secretário de Estado da Internacionalização ao JE.

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